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Pedófilo é flagrado pela polícia


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Vinte reais. Era essa a quantia que um comerciante de 55 anos pagava a uma criança de 10 para manter relações sexuais com  ele. O crime foi flagrado por agentes da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) na manhã de ontem. Por volta das 8h, uma denúncia anônima levou os policiais à casa do acusado, na Quadra 102 do Recanto das Emas. “Ele abriu a porta, fingiu que nada estava acontecendo. Desconfiados, os policiais fizeram uma busca e encontraram a garota na garagem da casa, escondida dentro do carro. Ele disse que era avô da menina, mas logo os pais dela foram localizados”, conta o delegado-chefe da 27ª DP, Pablo Aguiar. Na delegacia, a irmã mais velha da vítima, de 14 anos, revelou que também mantinha relações sexuais com o suspeito por dinheiro. De acordo com a mãe das vítimas, o dinheiro, considerado doação pelos pais, era usado para comprar comida.

O acusado conheceu a família das vítimas em uma igreja evangélica da cidade. “Ele parecia um bom amigo. Nos ajudava muito, toda semana ia para o culto com a gente”, conta o pai das duas crianças, que sustenta a casa com bicos na construção civil. A renda da família é, em média, de R$ 300 por mês. De acordo com o patriarca, o comerciante prestava diversos favores à família. “Houve mês em que ele pagou a conta de luz e o botijão de gás”, conta. O caso corrobora as pesquisas nacionais do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, divulgada em 1º de maio, e do Ministério da Saúde com dados do Sistema Viva (Vigilância de Violências e Acidentes), de 22 de maio. De acordo com os levantamentos, em 85% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescente, os agressores conhecem as vítimas (veja quadro).

Agressão

O acusado chegou a dar presentes caros às duas meninas, como um computador e celulares. A adolescente de 14 anos revelou ao delegado Pablo Aguiar o que aconteceu antes de o comerciante presenteá-la com o computador: “Ele me agarrou, arrancou minha roupa, me bateu. No outro dia, me deu o notebook.” A mãe das crianças afirma que considerava estranha a dedicação do homem à família. “Eu achava esquisito, mas preferia acreditar que ele era um anjo nos ajudando, ele parecia tão religioso”, diz a mãe.

Os pais das duas meninas afirmam que não sabiam que as garotas frequentavam a casa do suspeito. “Ele aparecia aqui e oferecia carona para as meninas. Como a escola é longe, elas sempre aceitavam e nós achávamos que ele estava fazendo um favor. Eu não sabia que elas faltavam aula e iam para lá”, relata a mãe das vítimas.

A menina de 10 anos seria vítima de abusos há cerca de dois meses. “Segundo ela, no começo, eram carícias. Hoje (ontem), foi a primeira relação sexual”, explica o delegado-chefe. Já a menina de 14 anos era abusada há mais tempo. A primeira vez teria sido no início do ano passado, segundo o delegado Pablo Aguiar. O comerciante nega os crimes.

No início de 2011, o suspeito foi denunciado por outra garota de 14 anos pelo mesmo crime. Segundo registro da ocorrência, o pai da menina começou a desconfiar quando o comerciante ofereceu dinheiro para o seu filho mais velho, irmão da vítima, levar garotas até sua casa. “Ná época, o suspeito alegou que o pai da menina devia muito dinheiro a ele e que a denúncia era apenas para prejudicá-lo”, revela Pablo Aguiar. O caso ainda não foi julgado. Pelo flagrante de ontem, o comerciante será indiciado por estupro de vulnerável. A pena prevista é de 5 a 15 para cada um dos casos.

Em perigo

Levantamentos divulgados em maio detalham a violência sofrida por crianças e adolescentes e traçam o perfil dos agressores:

» 35% dos crimes sexuais são cometidos contra crianças

» Abuso sexual é o segundo tipo de agressão mais comum contra crianças brasileiras

» A maior parte das agressões ocorre na residência da criança (64,5%)

» Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o meio mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%).

» 73% dos casos de violências têm vítimas do sexo feminino

» Em 85% dos casos, os agressores conhecem as vítimas

» Em 68% dos casos, os agressores são parentes

» Em 80% dos casos, os agressores não têm antecendentes penais.

» Em 58% dos casos, os agressores se negam a receber tratamento

» Na maioria dos casos, os agressores não possuem transtornos psiquiátricos, mas têm transtornos de personalidade e, algumas vezes, transtornos psicopáticos

» 90% dos agressores têm capacidade de controlar o próprio comportamento

» 90% dos abusos não são detectados

Fontes: Pesquisa do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais,

divulgada em 1º de maio, e Pesquisa do Ministério da Saúde com dados do Sistema Viva (Vigilância de Violências e Acidentes), divulgada em 22 de maio.

 CORREIO BRAZILIENSE – DF | CIDADES


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