Convivendo com amigas travestis e transexuais garotas de programas percebi que muitas delas tem medo de se dirigir a uma unidade de saúde por vários motivos…
A maioria delas alegam que não querem passar constrangimentos por causa do nome de registro de nascimento…
Outras também discutem que não gostam de se dirigir a um UPA 24Hs mesmo passando mal ou não se dirigem a um posto de saúde por não quererem ser vistas como pessoas doentes…
uma amiga minha um dia relatou que as pessoas ainda associam a sexualidade vigente de Travestis e Transexuais as doenças sexualmente transmissíveis como o HIV/AIDS.
Um grupo de meninas de um ponto de prostituição me relatou que tem medo de fazer o exame de HIV/AIDS e relatam que quando chegam em um hospital os médicos querem logo fazer o testes rápidos para diagnosticarem a causa de um possível sintoma
como a Pneumonia, resfriados fortes, entre outros sintomas que nem sempre estão relacionados ao HIV/AIDS.
Com relação ao nome Social muitas já sabem que esse já não é mais um problema pois desde 13 de Agosto de 2009 o Ministério da Saúde lançou a Portaria 1.820 que dispõe sobre os direitos e
deveres dos usuários de saúde, entre eles o direito do uso do nome social.
Quando solicitei meu cartão com nome social na unidade de saúde próximo a minha residencia tive uma grande resistência por parte da gerente da unidade, pois a mesma estava totalmente desinformada e despreparada para tal cargo.
Fui Orientada pelo Carlos Alexandre Assessor Jurídico da Coordenadoria especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio de Janeiro que é um direito de qualquer pessoas o uso do nome social caso a pessoa se sinta constrangida mesmo não sendo travesti ou transexual.
Um detalhe técnico é que o cartão do SUS deve apresentar apenas o Nome Social sem nome de registro de nascimento.
fazendo uma pesquisa pessoal descobri que poucas garotas de programas travestis e transexuais fazem os testes de DST’s alias quase que nenhuma delas, algumas que voltaram da Europa e
foram garotas de programa lá, buscam tratamento no Brasil mas relatam que não usam camisinha com os clientes.
Algumas relatam que tinha a ideia de que Tratamento hormonal deixava Imune as DST’s o que não é verdade…
tratamento hormonal nada tem haver com tratamento antirretroviral ou anti HIV/ AIDS.
O governo pouco tem feito para mobilizar travestis e transexuais que estão vivendo de prostituição.
A Maioria delas estão ali nas esquinas de um bairro não por querem mas sim porque necessitam, porque foram um dia expulsas de casa pelos pais, deixaram de ir a escola por serem tratadas
como pessoas estranhas e não respeitarem nome social e gênero aparente / informado, e por não conseguirem um emprego formal no mercado de trabalho!
País Sem Violência é País sem LGBTFobia!
Natasha Roxy
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