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Março de 2015PEP - Profilaxia Pós Exposição - É Emergência Médica!PREPS3x0SexualidadeSexualidade HIV/AIDS e outras DSTs

Relações Sexuais seguras sem preservativos? O estudo PARTNER e as eventuais ilações

Cancer cell infecting the bloodDesde que o estudo HPTN 052, concluímos que ter uma carga viral HIV indetectável reduz fortemente o risco de transmissão do HIV. Mas o quão seguro é o sexo sem preservativo, se um dos parceiros tem carga viral indetectável?

O estudo PARTNER é um estudo europeu de grande extensão com o fito de examinar a transmissão do HIV entre os soronegativos (homens que fazem sexo com homens) heterossexuais ou HSH casais que expressamente não usam regularmente preservativos, nem tomam Profilaxia pré-exposição (PrEP ou profilaxia pós-exposição (PEP, do Inglês Post Exposition Profilaxy). O parceiro positivo tinha que ter uma carga viral de HIV com contagem menor que 200 cópias/ml no início do estudo.

Setecentos e setenta e seis casais estão atualmente matriculados, com dados já contribuíram em cerca de 900 casais/ anos e um número estimado de 44.400 atos sexuais. Cerca de 30% dos atos sexuais foram relatados como sem ter havido uso de preservativos. Não houve eventos de transmissão de HIV entre os parceiros no estudo, tanto entre heterossexuais ou homossexuais. Os autores foram cautelosos em suas conclusões, mas afirmaram que a maior estimativa de risco para o HIV (ou seja, o intervalo de confiança de 95%) foi de 0,45% ao ano e para o sexo anal 1% ao ano. Os investigadores especulam que estas taxas se traduzem em um máximo de 5% de chance de transmissão ao longo de um período de 10 anos.

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Embora seja importante ter em mente que o sexo sem preservativo ainda traz consigo o risco de outras infecções sexualmente transmissíveis, as conclusões deste estudo são profundamente importantes. O Estudo PARTNER confirma o simples fato de que o tratamento do HIV é a prevenção. No mundo real, onde o uso do preservativo é imperfeito, os soropositivos em tratamento podem prevenir a transmissão do HIV para seus parceiros do mesmo sexo ou de sexos diferentes.

HIV VirusDados do parceiro também têm implicações importantes em aconselhamento a parceiros sorodivergentes que desejam a gravidez, especialmente em lugares onde a gravidez assistida ou a lavagem de esperma possam não estar disponíveis. Há também as possíveis implicações legais para os sistemas jurídicos que criminalizam as relações sexuais entre pessoas sorodiscordantes, uma questão que foi pioneira por declarações governamentais suíças. Junto com HPTN 052, este estudo dá o maior apoio ao tratamento como um componente essencial para os programas de prevenção do HIV.

Por Josep M. Llibre, MD, e Benjamin Young, MD, Ph.D.

Copyright © 2014 Remedy Saúde Media, LLC. Todos os direitos reservados.

Este artigo foi fornecido por TheBodyPRO.com.

É uma parte da publicação A 21ª Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI 2014).

De TheBodyPRO.com

claudiusNota do editor de Soropositivo Web Site: Observe que o texto é claro e esta postura, a postura do tratamento como prevenção não é 100% segura (como tudo na medicina) e que, na minha opinião, com base na minha experiência pessoal ao longo de vinte anos, a proposta é boa como um modo de incrementar segurança. Ou seja, o ideal é que haja, sim, a relação sexual, mas que ela seja segura, com o uso do preservativo, deixando o tratamento como prevenção como uma segunda zona de defesa, em termos bélicos, porque é disso que se trata, de uma guerra entre um vírus e a raça humana; Mormente eu mesmo ter publicado diversos textos sobre o problema em si, tais como este texto, este outro texto e ainda mais este mostram resultados excelentes, é preciso levar em conta que mesmo entre os mais “caxias”no tratamento, o que inclui a mim, a aderência pode não ser total e, em alguns casos, pode haver a migração, de um organismo para o outro, de um vírus modificado e resistente a PrEP e a PEP. Neste caso, haveria a transmissão, para um sujeito que pode desconhecer o fato de estar sendo infectado por um vírus resistente e, o que é pior, ele pode transmiti a outra pessoa e esta a outra e a outra e outra e assim por diante e, no final, teríamos uma epidemia completamente “nova” com um vírus resistente ao truvada e, por tabela, a outros antirretrovirais (leia, em outra janela, em outro site sobre resistência cruzada.

Traduzido e adaptado para o português do Brasil por Cláudio Souza com apoio do Babylon revisado por M. *. M.


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