Home AIDSAção Anti-AIDS Os casais sorodiscordantes – O amor vence todas as barreiras? E o sexo casual, como lidar Com isso?

Os casais sorodiscordantes – O amor vence todas as barreiras? E o sexo casual, como lidar Com isso?

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noite enluaradaCasais com uma pessoa que é HIV positiva e a outra que é HIV negativa são às vezes chamados de “sorodiscordantes” ou “sorodivergentes”. “Soropositividade” refere-se a saber se alguém está vivendo, ou não uma vida em na condição de portador do HIV, vírus causador da AIDS.

O HIV não é o primeiro tópico que surge quando a maioria dos casais começa a namorar. Você pode não saber o status sorológico para HIV de seu parceiro. Você pode até não ter sido testado para o HIV. Pode ser muito difícil falar sobre soropositividade positiva para o HIV. Consulte  a página contanto aos outros que você é soropositivo Para algumas ideias.

Quais são as questões em especial para casais sorodiscordantes?

Pessoas em relacionamentos de sorodiscordantes tem de enfrentar todas as mesmas coisas que outros casais. Mas há algumas questões extras:

  • O parceiro HIV positivo deve se concentrar em não contaminar seus parceiros. O parceiro HIV negativo deve se concentrar em cuidar da outra pessoa. Isto pode causar uma grave falta de equilíbrio na relação.
  • O HIV pode causar alterações no corpo (consulte Folha de facto 553.) Medicamentos antirretrovirais podem ter efeitos colaterais desagradáveis. Isso pode dar ao parceiro HIV positivo sentimentos negativos sobre o seu corpo e a sua saúde. Pode ser difícil que eles se sintam atraentes e acreditar que podem ter um relacionamento romântico normal.
  • Medo de transmitir o HIV pode causar um excesso de cautela. Isto pode até mesmo parar todas as atividades sexuais. Revise as seguintes fichas:
    150: Stopping the Spread of HIV
    151: Safer Sex Guidelines
    152: How Risky Is It?
  • Tentar abrir a discussão sobre os seus desejos, seus medos e seus limites. Chegar a um acordo sobre as formas de expressão sexual que se encaixam com o nível de risco em que você se sinta confortável em se posicionar. Conversar sobre o relacionamento sexual pode ajudar.

Redução dos riscos

Medicamentos ARVs (terapia antiretroviral ou TARV de controle da infecção pelo HIV) podem muito bem ajudar a exercer a atividade sexual, utilizando-se da PrEP. Folha de facto 403 Tem mais informações sobre TARV.

As boas notícias sobre a TARV sobre tomar a PrEP e como ela funciona. Não há cura para a AIDS e a TARV com BOA ADESÃO pode livrar você de se infectar com o HIV e pode ajudar você a viver uma vida sexual plena e saudável com um parceiro/parceira.

TARV também pode tornar muito pouco provável que você possa transmitir o HIV ao seu parceiro. Se você mantiver a carga viral indetectável (consulte Folha de facto 125), existirão chances mínima de transmitir o HIV ao seu parceiro. No entanto, existem várias coisas importantes para se recordar:

  • Você tem que manter a adesão à TARV rigorosamente, para que ele funcione e não haja a transmissão para seu parceiro e para evitar que o vírus ganhe acesso a possibilidade de gerar uma mutação que o torne resistente a TARV, o que invalidaria mais de dez anos de estudos que permitiram que chegássemos à estas conclusões. A Folha de facto 405 tem mais informações sobre a adesão ao tratamento.
  • Uma “carga viral indetectável” não significa zero. Isto significa que não há uma quantidade suficiente do HIV em sua amostra de sangue para ser detectado pelos testes que temos no momento (nota do tradutor: no ano de 2016 a capacidade de detecção para o uso clínico tem a capacidade de detectar quantidades superiores a quarenta cópias do RNA Viral.)
  • O teste de carga viral avalia a quantidade de vírus no sangue. Não informa sobre vírus em fluidos sexuais (esperma ou fluidos vaginais).
  • O resultado do teste de carga viral foi para quando a sua amostra foi tomada, não hoje. A carga viral pode alterar rapidamente, especialmente se você ficar doente com uma constipação ou gripe, ou até mesmo se você tomar vacinas.

Mesmo com todos esses avisos, é muito raro para alguém que está sob TARV ter a carga viral indetectável e infectar um/uma parceiro/parceira.

Usando um preservativo

É raro um parceiro com carga viral indetectável possa transmitir o HIV. No entanto, ainda faz sentido tomar medidas adicionais como o uso de um preservativo (consulte Folha de facto 153.) Os preservativos são muito eficazes em prevenir a propagação do HIV. Eles devem ser usados corretamente, um a cada vez que houver uma transa. Se você tem acesso aos preservativos, você pode relaxar e desfrutar de uma tranquilidade ainda maior durante a atividade sexual.

Outras formas de reduzir o risco

  • O risco é menor se o parceiro infectado está a tomar medicamentos antirretrovirais (TARV, consulte Folha de facto 403.)
  • Em caso afirmativo, tome todas as doses regulares de medicamentos.
  • Evitar a atividade sexual durante qualquer infecção: uma doença sexualmente transmissível ou mesmo um resfriado ou gripe.
  • Evitar a atividade sexual dentro de duas semanas depois de tomar qualquer vacina.

Se você estiver exposto ao HIV …

Se um preservativo estoura ou se você se esquecer de usar um medicamento anti-HIV você ainda pode impedir a transmissão. Fale com o seu médico sobre PEP, “profilaxia pós exposição” (consulte Folha de facto 156.) Esta é uma comprovada ação para evitar a transmissão entre parceiros sexuais. Não basta ter algumas  doses de medicação do seu parceiro! Que pode não ser o tratamento adequado. Para PEP trabalhar, deve ser iniciada muito em breve após a exposição ao HIV. Discutir PEP com o seu médico com antecedência para que você saiba quais serão suas opções caso aconteça algo que exponha o parceiro negativo para HIV.

Nota do tradutor: Eu traduzo como PEP porque é “voz corrente dizer PEP para o que seria, em bom português Profilaxia Pós Exposição e, assim, o acrônimo correto seria PPE. Embora algumas pessoas tenham tentado, de todos os modos, me convencer que é mais fácil lembrar-se de PEP do que PPE eu não consigo ver um grande consumo de energia por parte do cérebro para fixar e pronunciar PPE. Sei que isso foge ao escopo da tradução, mas insisto neste ponto porque tenho visto, ao longo dos meus pouco mais de cinquenta anos, uma verdadeira mutilação da língua portuguesa (Este é um “fenômeno linguístico” quase que exclusivo do Brasil) que é belíssima e riquíssima no que tange ao léxico e, se uma pessoa pode andar de “Mountain Bike”, ele poderia facilmente falar bicicleta para trilhas, sem que isso desmerecesse o esporte praticado, privilegiando nosso idioma, que é nossa base de comunicação e é aquela coisa sutil que faz com que você perceba em plena “New York” que aquelas pessoas que estão de passagem por você são, como você, brasileiros. O idioma é a identidade da sua origem e eu não terminaria de falar sobre isso. Voltemos à tradução

Você nem precisa gerar. Há tantos a serem adotados...

Você nem precisa gerar. Há tantos a serem adotados…

Tendo filhos se o homem tem HIV

Estudos recentes mostram que é possível “wash” (…) o esperma de um homem infectados pelo HIV para que ele possa ser usado para fertilizar uma mulher e produzir um bebê saudável. Estes procedimentos são eficazes, mas muito caros. Uma recente estimativa de custo foi de cerca de US$ 10.000, planos de saúde provavelmente não irão cobrir o custo. Pode ser muito difícil encontrar um lugar para lavagem de esperma.

Ter filhos se a mulher tem HIV

Sem tratamento, até 35% das gestantes com HIV podem passar a infecção para seus recém-nascidos. Com o tratamento adequado, o risco de transmissão do HIV a recém-nascidos cai para 2% (ver Folha de facto 611.) (Na cidade de Santos, no ano de 2014, havia uma nota importantíssima que informava que já havia se passado quatro anos sem nascimentos de crianças soropositivas, com a exceção de uma, cuja mãe desmiolada recusou-se a tratar-se pelo menos durante à gestação)

A inseminação artificial, um procedimento simples, coloca o esperma do homem na vagina da mulher. Isto permite gravidez sem expor o homem ao HIV (observe-se que a relação sexual sem o preservativo com a TARV praticamente liquida com a possibilidade de contágio e que a mulher é dez vezes mais vulnerável ao HIV do que o homem).

Se uma mulher com HIV fica grávida, ela deve ter muito cuidado para permanecer saudável durante a gravidez. Certifique-se de discutir a gravidez com o seu médico, de preferência antes de engravidar. Seu médico vai ajudar você com o tratamento que você precisa para reduzir a chance de o seu bebé nascer sem ser infectado. Evite também a amamentação a um recém-nascido. Isso pode transmitir HIV. A Folha de facto 611 tem mais informações sobre a gravidez de mulheres HIV positivas.

Há Vida com HIC

Há Vida com HIC

Traduzido por Cláudio Souza do original em inglês em Couples With Mixed HIV Status (abre em outra aba ou janela de seu navegador) a partir de AIDS InfoNet. Revisado por Mara Macedo

Nota do Tradutor: Em tempo: O léxico pode ser considerado como o patrimônio vocabular de uma comunidade linguística através de sua história, um acervo que é transmitido de uma geração para a geração seguinte.

O usuário da língua utiliza o léxico, esse inventário aberto de palavras disponíveis no seu idioma, para a formação do seu vocabulário, para sua própria expressão no momento da fala e para a efetivação do processo comunicativo. Assim, o vocabulário de um indivíduo caracteriza-se pela seleção e pelos empregos pessoais que ele faz do léxico. Quanto maior for o vocabulário do usuário, maior a possibilidade de escolha da palavra mais adequada ao seu intento expressivo


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1 comment

Cláudio S. Souza 27 de abril de 2016 - 23:32

Você quer determinar os rumos da minha linha editorial? Faça você o seu blog e escreva lá tudo o que vc pensa. Este é um pais livre com liberdde de expressão. Não está bom para você? FuckOff

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