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Remissão Viral Sustentada da infecção por HIV

abstract grey background with hiv virus
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Muitas pessoas que vivem com o HIV que aderem à terapia anti-retroviral regular (TARV) têm níveis indetectáveis do HIV em seu sangue. No entanto, enquanto estes indivíduos são muito menos susceptíveis de propagar o vírus ou vivem a maioria dos sintomas e complicações, eles ainda têm o HIV latente em determinados tecidos do corpo, um fenômeno conhecido como “reservatório de HIV”. Se as pessoas com HIV com supressão por TARV pare de tomar a medicação, níveis nocivos de HIV originarão um “rebote”.

Remissão viral sustentada , também conhecida como uma cura funcional, refere-se ao tratamento ou vacinação que resultaria em prolongada níveis indetectáveis do HIV sem terapia regular.

 TARV eficaz permite ao HIV para permanecer suprimido no sangue e tecidos sem replicação para níveis elevados. No entanto, este tratamento eficaz não resulta em cura para a doença porque o HIV pode evitar esses fármacos e a resposta natural do sistema imune, permanecendo latente em um pequeno número de células imunes de longa vida. Essa pequena quantidade de HIV que persiste nas pessoas em TARV é chamada de reservatório de HIV.

Enquanto indivíduos em TARV com a reprodução do hiv suprimida são muito menos susceptível de propagar o vírus ou sofrer com a maioria dos sintomas e complicações decorrentes da infecção por HIV, como, por exemplo, o nível de HIV no seu sangue conhecido como carga viral, reverterá a níveis prejudiciais se eles interrompem a TARV por conta do reservatório viral. Muitas pessoas que estão em regime de TARV com cargas virais indetectáveis podem viver plenamente, com vidas saudáveis e sem apresentarem risco de transmissão do vírus para outros, mas manter este estado requer tratamento regular e disciplina draconiana.

Uma cura que trouxesse a remissão viral sustentada permitiria que uma pessoa vivendo com HIV pudesse manter a carga viral indetectável sem tratamento regular ou esquemas terapêuticos complexos, como muitas vezes se faz necessário em pessoas que vivem com HIV há muito tempo, ou mesmo pessoas recém infectadas, que podem contrair cepas virais já resistentes, pois teriam sido propagadas por, num exemplo, numa relação sexual em que a camisinha escapou ou arrebentou e nenhum dos parceiros, no frenesi do momento, não pode perceber. Uma pessoa em remissão viral sustentada seria considerada funcionalmente curadas da infecção por HIV; ele ou ela teria ainda de ser infectado com um nível muito baixo de vírus, mas seria capaz de viver a sua vida com o mínimo de risco de propagação do HIV e sem a necessidade de tomar a medicação diariamente. Embora existam ainda muitos desafios existentes, tanto a pesquisa para o tratamento e cura estão trabalhando com vistas a este objetivo.

Otimização da terapia anti-HIV

Porque a TARV é tão eficaz em reduzir os níveis de HIV no sangue, alguns pesquisadores teorizaram que a introdução da medicação o mais rapidamente possível após a infecção poderia impedir que o HIV a partir da construção de reservatórios virais e isso gerasse uma forma de cura formidável e que de poderia deixar de tornar a TARV. Especialistas acreditaram inicialmente que este tinha sido o caso em uma criança no Mississippi nascido em 2010. A criança foi infectada com HIV da mãe ao nascimento mas começou com ua TARV agressiva 30 horas mais tarde. Ela continuou a TARV de dezoito primeiros meses de sua vida antes de parar a medicação. Ela não compareceu a nenhuma clínica especializada até os cinco meses após a sua última dose de TARV, mas, notavelmente, os médicos descobriram que ela não tinha uma  carga viral detectável. Ela continuou a permanecer em remissão viral sustentada por dois anos quando, em 2014, pesquisadores anunciaram que a criança tinha níveis detectáveis de HIV. Enquanto este era um desenvolvimento infeliz, este estudo de caso acendeu a uma pesquisa fundamental em matéria de perguntas e mostrou que os períodos de quiescência (Nota do tradutor: parada temporária do desenvolvimento ou de outra atividade de um organismo devido a condições ambientais desfavoráveis) do HIV na ausência de terapia pode ser possível. Uma grande quantidade de trabalhos está sendo realizada para tentar entender onde o vírus foi “esconder-se” nesta menina e o que conduziu ao eventual rebote da sua carga viral.

Além de selecionar o momento correto de entrar com a administração de TARV, os pesquisadores estão também tentando otimizar a TARV de desenvolvimento de longa ação terapêutica que será capaz de suprimir a carga viral por longos períodos de tempo.

TARV de longa ação terapêutica poderia oferecer conveniência, redução de custos e facilidade de uso para os milhões de pessoas em todo o mundo que devem tomar múltiplas medicações diariamente, ou várias vezes ao dia, para manter uma baixa carga viral. Enquanto esses avanços no tratamento não substituem a necessidade de uma cura funcional, precoce e de longa ação a TARV poderia agir como um dos componentes críticos capazes de alcançar a completa supressão viral e reduzir o tamanho dos reservatórios virais persistentes, para melhorar o sucesso da remissão viral e erradicação viral completa em estratégias de cura.

 Medicação de longa ação anti-HIV também está sendo testado para uso preventivo.

Reforçando o sistema imunológico

Scheme of virus replication cycle. Vector illustration

A maioria das abordagens para alcançar a remissão viral sustentada envolvem alterações no sistema imune para induzir o controle a longo prazo do HIV. Os pesquisadores tentam manipular o sistema imunológico com anticorpos e vacinas terapêuticas que visam o HIV e células infectadas pelo HIV e com terapias que alterar o comportamento de células imunes para lidar melhor com a infecção.

Ao anticorpos amplamente  neutralizantes, ou bNAbs, são potentes proteínas que bloqueiam a infecção de uma elevada percentagem de cepas globais do HIV de infectar células humanas e precipitar a morte de células que já tenham sido infectadas.

Embora eles possam se desenvolver naturalmente em algumas pessoas com HIV ao longo do tempo, eles normalmente o fazem em quantidades demasiadamente pequenas para proporcionar um benefício significativo, ou eles se desenvolvem demasiadamente tarde para controlar o vírus, uma vez que o HIV passa por uma mutações ao longo do tempo que os colocam sempre um passo à frente na “corrida armamentista” que parece se dar. Os pesquisadores estão explorando formas de levar vários tipos de bNAbs a ocorrrem naturalmente em quantidades adequadas capazes de controlar o HIV e levar a uma remissão viral.

Potente bNAbs, vários dos quais já foram testadas em ensaios clínicos poderão, algum dia,  a indução da remissão viral sustentada. Alternativamente, uma vacina terapêutica que induz o sistema imune a produzir bNAbs pode  conduzir um dia para o controle a longo prazo do vírus.

Os pesquisadores também estão explorando a forma como células imunes podem ser manipuladas para controle do HIV no longo prazo.

Infecções virais crônicas como a infecção por HIV levam as células T  ao esgotamento em que células imunes chamados “células T”, que passam a não executar adequadamente suas funções normais de identificar e matar células infectadas por vírus. Os cientistas desenvolveram anticorpos conhecida como anti-PD1 ou anti-PD-L1 que foram observados no combate ao esgotamento de células T in vitro e em ensaios clínicos de câncer por bloquearem uma célula com receptor-ligante que interage letando estas células à atrofia e à morrer. Os pesquisadores estão agora verificando se essas drogas podem ser capazes de ajudar a controlar os níveis de HIV no sangue. Saiba mais sobre um recente estudo clínico de anti-PD-L1 terapia para HIV (link externo).

Usando outra estratégia, em 2015, os cientistas escorvado (Nota do traduror: ver aqui) células TK (células imunológicas especializadas em destruir células orgânicas “defeituosas”, “potencialmente perigosas” ou inadequadas ao bom funcionamento do “organismo” Uma espécie de Gestapo) de células T com fragmentos de proteínas do HIV. Os cientistas descobriram que estas células devidamente impulsionadas eliminaram células infectadas por HIV em placas de Petri e em camundongos geneticamente modificados para terem sistemas imunológico humanos Nota: Uma placa de Petri, ou caixa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico que os profissionais de laboratório utilizam para a cultura de microrganismos. O nome foi dado a este instrumento de laboratório em honra do bacteriologista alemão Julius Richard Petri (1852-1921) que a inventou em 1877 quando trabalhava como assistente de Robert Koch (nota do tradutor: Apesar das reservas que a wikipédia fez ao texto, eu não pude simplismente ignorar a menção de tal homem). O estudo sugere que uma vacina terapêutica pode, da mesma forma aumentar a resposta de células T para o HIV podem ser bem-sucedidas na realização sustentada remissão viral.

Traduzido do originam em Inglês em Sustained HIV Viral Remission na revisão June 20, 2016 de junho de  por Cláudio S. Souza


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