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TUBERCULOSE

O que é tuberculose (TB)?

A tuberculose

(TB) é uma doença causada por uma bactéria (germe) que se espalha pelo ar, em geral quando alguém que sofre dessa doença tosse ou espirra. Qualquer pessoa pode ser infectada pelos bacilos da TB, porém as que são HIV positivas correm risco maior de contrair a doença. Embora a TB possa ocorrer em qualquer lugar do corpo, apenas a TB pulmonar e da garganta são contagiosas. A TB pode ocorrer em qualquer faixa de contagem das células CD4, acima ou abaixo de 200.

Qual é a diferença entre infecção TB e doença TB?

A infecção TB (TB latente) significa apenas que os bacilos da TB penetraram em seu corpo. As pessoas infectadas pela TB geralmente não apresentam sintomas, e a maior parte delas não desenvolve a doença e nem a transmite.
Ter a doença TB (TB ativa) significa que os bacilos da TB entraram em atividade em seu corpo e farão com que você adoeça. Apenas as pessoas com TB ativa podem transmiti-la aos outros. Esta doença pode ser evitada ou curada, mas sem tratamento pode ser fatal.

Quais são os sinais e sintomas de doença TB?

Os sintomas gerais da doença TB são febre, suores noturnos, perda de peso, fadiga e anorexia. A TB pulmonar provoca tosse persistente e, às vezes, sangue na expectoração (catarro). A doença TB pode acontecer junto com outras infecções, especialmente pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e micobacteriose (Mycobacterium avium complex – MAC).

Como um médico pode dizer se tenho TB?

Para se diagnosticar a infecção TB é necessário fazer um teste especial na pele, chamado PPD (teste de Mantoux), que provoca inchaço por vários dias, caso você esteja infectado. Um teste positivo indica que a pessoa tem infecção TB. Para saber se você tem a doença TB ativa, é preciso fazer raio x de tórax e cultura da expectoração. Caso você tenha HIV, o teste PPD talvez não funcione.

TB pode ser evitada?

A isoniazida, também chamada INH, é um antibiótico em pílulas aprovado para a prevenção da doença. (nota do editor: como eu morei numa casa de apoio que era considerada um “foco de tuberculose” tive de passar por este aí também). Deve ser tomado durante pelo menos um ano e é indicado para todas as pessoas com HIV que sejam positivas para o teste de PPD. As pessoas com HIV e também com infecção TB apresentam 10% de risco de desenvolver a doença TB ativa. Seu médico deve fazer acompanhamento mensal dos efeitos colaterais da INH. Caso você esteja infectado e não possa tomar remédio para evitar a doença TB, é muito importante fazer consultas médicas com regularidade e entrar em contato com seu médico logo que comece a apresentar sinais da doença TB ativa. Lembre-se: sempre que tossir ou espirrar use lenços de papel e peça às outras pessoas para fazerem o mesmo.

Há tratamento para TB?

Sim. A doença TB pode ser tratada e curada com medicação. O tratamento de TB começa com pelo menos quatro medicamentos, mas esse número pode ser reduzido após dois meses. As pessoas com HIV precisam tomar os remédios por tempo mais prolongado que as outras. É importante que você tome toda a medicação até o médico garantir que a TB está curada. Pular alguns horários ou interromper a medicação porque se sente melhor pode fazer com que sua TB volte a ficar contagiosa. Também pode ficar mais difícil de ser tratada, e talvez você piore.

Alguns medicamentos geralmente usados para tratar TB:

ISONIAZIDA (INH) – efeitos colaterais:

Problemas de fígado, dor ou formigamento nas mãos e pés (neuropatia), febre e erupções cutâneas. Dicas: às vezes deve ser tomada em jejum, e outras com alimentação para reduzir problemas de estômago; tome vitamina B6 para reduzir a neuropatia; não tome bebidas alcoólicas (aumentam os problemas de fígado); não faça uso de antiácidos que contenham alumínio, nem de laxantes (reduz a absorção do INH).
RIFAMPICINA – efeitos colaterais: problemas de fígado, febre, sintomas parecidos com os de gripe, pode tornar os líquidos do seu corpo alaranjados (urina, fezes, secreções) e provocar manchas permanentes em lentes de contato gelatinosas. Os pacientes em tratamento com metadona podem precisar de um aumento de até 50% para evitar sintomas de suspensão. Dicas: não tome bebidas alcoólicas; não tome com alimentação; pular horários da medicação pode provocar sintomas parecidos com os de gripe.
ETAMBUTOL – efeitos colaterais: náusea, vômito, problemas oculares e erupções cutâneas.
PIRAZINAMIDA – efeitos colaterais: náusea, vômito, erupções cutâneas, problemas de fígado, dores nas articulações. Dicas: tome bastante líquido diariamente.
ESTREPTOMICINA (injetável) – efeitos colaterais: problemas renais, de audição e sang&uumlaut;íneos.Dicas: avise seu médico em caso de qualquer febre, náusea, vômito, erupção cutânea, reação alérgica, tontura, perda de audição ou respiração difícil.
ÁCIDO P-AMINOSSALICÍLICO (PAS) – efeitos colaterais: reação alérgica severa, náusea, problemas de fígado, deficiência de vitamina B12 e problemas sang&uumlaut;íneos. Dicas: tome com alimentação para reduzir os problemas estomacais; avise seu médico em caso de erupção cutânea, febre, inflamação da garganta, sangramento fora do comum ou hematoma.

O que é tuberculose resistente (TBR)?

A TBR é a tuberculose resistente ao tratamento por, pelo menos, duas das drogas normalmente usadas no tratamento da TB (INH e rifampicina). Sua TB pode se tornar resistente caso você não receba tratamento por tempo suficiente, não tome os medicamentos corretos ou os tome de forma inadequada. Você também pode se infectar diretamente com a TBR. Como a TBR muitas vezes causa a morte de pessoas com HIV em poucas semanas, o tratamento preventivo de suspeitas de infecções TBR é altamente recomendável. O tratamento da doença TBR exige o uso de cinco ou seis medicamentos, que variam de acordo com o padrão de resistência ao medicamento em sua área geográfica.

Mais Informações: “Guia de Condutas Clínicas em DST/AIDS”, do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde.

Este material foi editado no Brasil pela Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) a partir da série “TREATMENT ISSUES, FACT SHEET – GMHC”.

Revisão Médica: Dra. Rosana del Bianco, infectologista do I.I. Emílio Ribas de São Paulo e Dr. Dráuzio Varella.

 


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