Como foi mencionado no texto anterior, qualquer número de fatores pode tornar as pessoas mais susceptíveis de terem doenças e condições relacionadas com a idade em taxas mais elevadas em pessoas jovens. As pessoas com HIV têm maior probabilidade de apresentar alguns desses fatores de risco que pessoas HIV-negativas – por exemplo, se são fumantes, são mais susceptíveis de serem infectados com outros vírus prejudiciais e, com isso, levando-os a terem piores condições de saúde à medida que envelhecem. Os pesquisadores também se perguntaram como ou se o HIV, por si só, é um fator de risco para doenças e condições relacionadas com a idade.
Não há dúvidas de que muitas das doenças associadas com o envelhecimento ocorrem em taxas mais elevadas em pessoas com HIV e em pessoas muito mais jovens do que em pessoas não infectadas com o HIV. Aqui estão apenas algumas das condições:
- Osteoporose
- Perda de Massa Muscular ou má redistribuição da gordura corporal – (Lipodistrofia)
- Doença Cardiovascular
- Doenças do Fígado
- Doenças renais
O que alguns especialistas argumentam, no entanto, é que uma série de fatores para além do HIV, podem contribuir de forma significativa para estes problemas.
Considere o seguinte:
- As pessoas com HIV tomam drogas antirretrovirais (ARV) e algumas delas(truvada por exemplo – Abre em outra aba do navegador), podem contribuir para a perda de massa óssea dano renal, redistribuição de gordura e colesterol e triglicérides elevados (dislipidemia).
As pessoas que vivem com HIV são muito mais propensas que a população em geral a serem co-infectadas com Hepatite B ou C e, às vezes todos as três, que aumentam o risco de câncer do fígado, insuficiência hepática, doença renal e diabetes.
- As pessoas que vivem com HIV são muitas vezes mais propensas a serem cronicamente infectadas com vírus papiloma humano (HPV), que provoca câncer cervical e anal, bem como dos cânceres da cabeça, do pescoço e da garganta.
- As pessoas que vivem com HIV são até três vezes mais susceptíveis de fumar o tabaco (cigarro – esta coisa mata-), que é uma das principais causas de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, câncer de pulmão e enfisema.
- As pessoas com HIV têm taxas de doença mental e abuso de substâncias que são muitas vezes mais elevadas do que as pessoas que não têm o HIV, e essas doenças aumentam o risco de inúmeras outras doenças.
- O HIV pode infectar diretamente nos tecidos essenciais nos ossos, cérebro, sistema circulatório e em outros lugares, e isso pode causar inflamação e danos relacionados ao coração, sistema nervoso, fígado e rins.
Esses fatores, bem provavelmente, desempenham papéis importantes no aumento das taxas de doenças relacionadas com o envelhecimento e as condições observadas em pessoas com HIV. O ponto em que os peritos ainda não chegaram a um denominador comum é como a própria infecção pelo HIV pode agravar ainda mais fatores de risco subjacentes por meio inflamação e possui imunossenescência relacionada à idade conhecida para contribuir com o processo de envelhecimento e problemas relacionados.
Os pesquisadores estão trabalhando, arduamente, para tentar compreender a rapidez com que a inflamação age e conduz à imunossenescência relacionada à idade em pessoas com HIV, depois de se tornarem infectados. Não há provas que possam permitir a conclusão de que isso vai acontecer brevemente, ou logo após uma pessoa contrair o HIV, e também não há provas que um bom controle do vírus (seja porque porque uma pessoa naturalmente controla o HIV bem [Controladores de Elite] ou porque ele ou ela iniciou a terapia antirretroviral – TARV) possa este processo um pouco mais lento ou não.
Os especialistas ainda não eliminaram as dúvidas referentes à melhor maneira de avaliar a inflamação crônica por HIV e/ou avaliar se o paciente possui imunossenescência relacionada à idade. E nós ainda não sabemos o quanto estas condições contribuem, independentemente, para o envelhecimento e para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao envelhecimento, quer em pacientes HIV-negativos quer em pessoas com HIV. Estão em curso trabalhos de investigação, no entanto, buscando meios para responder a essas perguntas. Entretanto, existem muitas intervenções que podem permitir que a pessoa vivendo com HIV possa reduzir o risco de muitas doenças e condições relacionadas com a idade. E é isso que se verá no próximo post, a ser publicado na próxima segunda-feira, dia dezesseis de novembro de 2015.
Tradução: Cláudio Santos de Souza
Ainda a ser revisado
A fonte do texto será publicada quando todos os artigos estiverem traduzidos.
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