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Abuso sexual de crianças e adolescentes: Pessoas acima de qualquer suspeita

 

Foram três casos em seis dias. Agressores são casados e têm filhos

Damn sick bastard my father

Gabriela Coelho, com agências

Em menos de uma semana, o DF registrou três crimes de abuso sexual contra crianças, adolescentes e mulheres. O que chama a atenção é que nestes casos recentes, os supostos abusadores têm uma vida aparentemente normal. São casados e têm filhos -a princípio, acima de qualquer suspeita. Nestes últimos registros, as vítimas não conheciam os criminosos. A característica vai na contramão das estatísticas, uma vez que na maioria dos abusos, os agressores são conhecidos. Muitas vezes, familiares.

Prohibit Corporal Punishment by LawNa quinta-feira passada, um funcionário de uma empresa de telecomunicações foi detido suspeito de estuprar um adolescente que estava sozinho em casa, no Recanto das Emas. No mesmo dia, um pastor de 36 anos foi preso por abusar de quatro crianças em Águas Lindas (GO). Na última segunda, um homem foi preso por estuprar quatro mulheres. J.A.A., 44 anos, que afirmou ser o superintendente de Meio Ambiente da Prefeitura de Planaltina de Goiás, se passava por condutor de transporte pirata.

Segundo a delegada-chefe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Valéria Martirena, nos últimos seis meses, 27 suspeitos de abuso sexual contra menores foram presos no DF. “Todos eram conhecidos da vítima ou mantinham alguma convivência”, diz.

PARENTES

Valéria explica que, em geral, os agressores não levantam desconfiança. “São bons vizinhos, bons colegas de trabalho, o que produz maior confusão, pois deles não se espera uma atitude tão degradante”, diz.

A supervisora do Centro de Referência para Violência Sexual da Vara da Infância, Viviane Amaral, esclarece que existem vários tipos de violência sexual. “Não ocorre apenas quando há penetração, mas por uma série de atividades, como passar a mão no corpo, manipulação de genitais, simular o coito, exibicionismo e estímulo à nudez”, explica.

Mais vítimas de técnico

Outras duas vítimas do técnico em telecomunicações W.S., 34 anos, foram à delegacia denunciar. T.A.S. e H.P.R., ambas de 25 anos, estavam em casa quando receberam dois técnicos para reparos na TV. “Ele me olhava de um jeito estranho, como se fosse me devorar. Quando o outro técnico saía de perto, ele me cercava e passava a mão nos meus seios. Entrei em pânico e não sabia o que fazer”, diz a autônoma T.

Ela afirma que não gritou porque ficou sem reação. “Quando eu tinha 12 anos, fui abusada por um parente.

E tudo que o técnico fazia era exatamente igual ao que eu vivi. Só quem passou por isso sabe o que sentimos”, conta. A mulher diz que ficou tranquila com a prisão do suspeito, mas ainda se sente ameaçada. “Não sei quando ele vai sair. Fico com mania de perseguição. Acho que todos estão olhando para mim e qualquer um é suspeito”, revela.

CONSEQUÊNCIAS

Segundo Viviane Amaral, da Vara da Infância, as vítimas que mais sofrem abuso são crianças de três a nove anos. “Nessa idade, as crianças são dependentes dos responsáveis e têm medo de se expressar. Sentem-se constrangidas ou até com medo do que pode acontecer”, afirmou.

Segundo a supervisora, o comportamento após o abuso varia. “Tudo depende do ambiente familiar. Algumas crianças ficam mais agressivas, outras se retraem. Algumas sentem vergonha do corpo, outras fazem xixi na cama e sentem terror noturno. Temos aquelas também que se sentem culpadas e não falam mais. Depende muito da criança”, diz.

SAIBA +

O artigo 244-A da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê pena de quatro a dez anos de reclusão e multa para quem submeter criança ou adolescente à exploração sexual.

Segundo o ECA, incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas sexuais .

O abuso sexual é considerado uma violação de direitos básicos da criança e do adolescente, tais como o direito à Sexualidade saudável, ao respeito, à dignidade, à integridade física e emocional, à convivência familiar.

Mapa da violência

A violência sexual em crianças de até nove anos é o segundo maior tipo de violência mais característico nessa faixa etária, ficando pouco atrás apenas para as notificações de negligência e abandono. A conclusão é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde, que, em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos.

A violência sexual contra crianças até os nove anos representa 35% das notificações. Já a negligência e o abandono têm 36% dos registros. Os números são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) do Ministério da Saúde. O Viva possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar a violência doméstica, sexual e outras formas (física, sexual, psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatório a todos os estabelecimentos de saúde do Brasil, no ano passado.

IDADES

violência

Os dados preliminares mostram que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Dos 15 aos 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%). Os dados apontam que 22% dos registros

(3.253) envolveram menores de um ano e 77% foram na faixa etária de um a nove anos. O percentual é maior em meninos (17%) do que meninas (11%).

A maior parte das agressões ocorreram na casa da criança (64,5%). Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o meio mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos, o provável autor da violência era do sexo masculino. Grande parte dos agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo, como amigos e vizinhos.

JORNAL DE BRASILIA – DF | SEGURANÇA

ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES

23/05/2012

Veja a matéria no site de origem

 

 

el guapoNotas do Editor de Soropositivo.Org:

Os grifos são meus.

Acho as penas brandas e tudo isso devia dar em prisão perpétua e nem mesmo os restos mortais deveriam sair de lá. Devem apodrecer na cadeia e nem mesmo seus ossos poderiam sair dali se dependesse de mim

Abuso sexual e violância contra crianças é como sequestro. AS sequelas são para a vida toda (…)

 

um-dia-eu-estive-assim

 


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