doençs oportunistasFevereiro de 2015linfomas

Linfoma de Burkitt

   Nota do Editor de Soropositivo Web Site
Eu conheci uma mulher chamada Cláudia, mas que preferia ser chamada de Amarílis.
Fomos grandes amigos e ela ainda me apresentou a Sandra Rocha. A seis mãos fizemos um projeto de recolocação de soropositivos no mercado de trabalho.
Levamos o trabalho a uma “determinada ONG” e o responsável pelo local sequer quis ler o projeto, por ser muito grande (15 páginas).
Nunca mais tentamos estabelecer contato com qualquer ONG pois a recepção na primeira… Você, que me lê,deve saber. Ninguém consegue uma segunda chance de gerar uma boa primeira impressão.
Mas encontrávamos e lembro-me de termos ido eu, minha esposa e Amarílis à festa de aniversário nuna discoteca ali na nove de julho.
A vida fluiu naturalmente depois disso. E quando eu digo naturalmente, quero dizer que houve, também, uma morte.
Certa vez eu estava em Santos e me Lembrei de ligar para Amarílis apenas de onda; era uma ter;ca feira e ela lá ralando enquanto eu estava a rés d’água, curtindo o sol em Santos. Isso era o que eu pretendia dizer a ela, quando ela me atendesse ao telefone e, entretanto, quem atendeu ao telefone foi o irmão, que me explicou que ela tinha acordado alguns dias atrás incapaz de mover as pernas e, porque Deus é grande, ela estava com o telefone sem fio na cama e ligou para a Sandra.
Não vou me alongar nisso e o fato é que a agonia dela foi dolorosa e curta. Em quinze dias ela falecera.
Na época, o atestado de óbito dela trazia, como causa mortis Linfoma não Hogkin; quem, finalmente foi identificado como Linfoma de Burkitt.
Infelizmente eeu quis procurar alguma foto referente à doença e vou me arrepender até o fimde meus dias por ter ido procurar esta foto.
É por isso que eu coloquei aqui esta matéria.
Amarilis faleceu em meados de 2003 e já dista quase 12 anos da morte dela. Quem quiser saber masi sobre ela, basta ler o texto nomeado”A tal hora de Contar In Memorian”

Denis P. BurkittO Linfoma de Burkitt (anteriormente denominado Linfoma Não-Hodgkin de alto grau de pequenas células não-clivadas) é uma neoplasia (câncer) de células B maduras altamente agressiva que afeta principalmente a faixa etária mais baixa, sendo endémico nas regiões africanas.

A t(8;14)(q24;q32) – translocação de material genético entre os cromossomos 8 e 14 – ocorre em 80% dos casos. Os outros 20% correspondem a t(2;8)(p12;q24) e t(8;22)(q24;q11).

Todas estas alterações citogenéticas envolvem a superexpressão de um gene com múltiplas funções celulares denominado c-myc. Este gene é determinante no desenvolvimento desta patologia.[1]

Os cortes histológicos do tumor podem apresentar aspecto de “céu estrelado” (starry sky). Existe associação entre a infeção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o desenvolvimento do linfoma de Burkitt.

Muitas vezes apresenta-se com doença extra nodal. Os portadores podem ser afetados sobretudo nas estruturas ósseas, com lesões orais maciças, sendo a mandíbula o osso mais atingido. Pode ainda afetar diversas estruturas, incluindo rins e ovários.

As células do linfoma de Burkitt são morfologicamente idênticas às células da leucemia linfóide aguda, subtipo FAB L3. A imunofenotipagem celular revela positividade do CD20 na extensa maioria dos casos.

 

A primeira descrição desta doença foi realizada em 1958 pelo médico irlandês Denis P. Burkitt, que observou grande prevalência de um tumor altamente agressivo que atingia de forma endémica crianças na África equatorial.

Foi inicialmente descrito como sarcoma (câncer das partes moles), porém posteriormente observou-se que se tratava de tumor primário do sistema linfático (linfoma).

Acreditou-se durante muitos anos que o linfoma de Burkitt e a leucemia linfóide aguda L3 (leucemia de Burkitt) representavam doenças diferentes. No entanto, com o advento de modernas técnicas de análise cromossômica e genética, foi possível determinar que ambas representavam sintomas de uma mesma doença.

Em 2001 a Organização Mundial da Sáude (OMS) classificou estas afecções como sendo uma entidade única (neoplasia de células B maduras, subtipo Linfoma/Leucemia de Burkitt), com três variantes clínicas.

Variantes Clínicas

De acordo com a OMS, três variantes clínicas são identificáveis:

  • Variante Endêmica: ocorre em crianças da África equatorial onde a malária é endêmica e possui alta correlação com a infecção pelo EBV (98% dos casos). Acredita-se que o status de imunodepressão crônica causado pela malária contribua para o desenvolvimento da doença.
  • Variante Esporádica: acomete crianças e adultos de outras áreas geográficas. Associa-se com infecção pelo EBV ( vírus Epstein-Barr) em 5-10% dos casos.
  • Associada à imunodeficiência: na maioria dos casos associada com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A associação com co-infecção pelo EBV situa-se entre 25-40% dos casos.

Referências

  1. Hecht J, Aster J. (2000). “Molecular biology of Burkitt´s lymphoma”. J Clin Oncol 18: 3703.
  2. Burkitt D. (1958). “A sarcoma involving the jaws in African children”. Br J Surg 46: 218.
  3. Jaffe ES, Harris NL, Stein H, Vardiman JW. Pathology & Genetics Tumours of haematopoietic and lymphoid tissues. [S.l.: s.n.], 2001.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

 


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