AIDS

Conviver diariamente com o preconceito. Este é um dos principais problemas enfrentados por uma pessoa SOROPOSITIVA. Edvaldo Farias é portador do vírus HIV, não tem vergonha de expor o rosto e utiliza sua experiência de vida para esclarecer dúvidas da população sobre a doença. Mesmo assim, Edvaldo não deixa de ser vítima de preconceitos.

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Ao longo dos últimos anos, alguns amigos que tinha antes de ser contaminado pelo vírus acabaram se afastando e algumas histórias de discriminação foram vivenciadas. Edvaldo contou que o pior momento de discriminação que aconteceu com ele foi há aproximadamente sete anos, quando quase foi proibido de viajar em uma excursão por ser SOROPOSITIVO. “A organizadora da viagem disse que eu não poderia viajar porque eu era portador de HIV. Consegui viajar, mas ela me colocou em um quarto isolado e ainda me fez assinar um termo de compromisso de que se alguém da viagem fosse contaminado pelo HIV eu seria o culpado”, lembrou.

Mas segundo Edvaldo, o preconceito ainda não é coisa do passado e uma vez ou outra ele ainda se depara com atitudes discriminatórias. “Mais ou menos dois meses atrás, um homem que estava sentado em uma cadeira no ônibus se levantou quando eu sentei ao lado dele. Ele disse que tinha me visto dando uma entrevista na televisão e não ia ficar do meu lado para não pegar AIDS. Muita gente nem quer chegar perto”, relatou.

Edvaldo conta que nunca teve depressão e que o apoio da família foi fundamental para conseguir vencer o preconceito. Além disto, ele também acredita que a fé que tem faz com que ele tenha mais forças, mesmo sofrendo discriminações. “Sou uma pessoa extrovertida e acredito que hoje minhas amizades triplicaram. Fui em busca disto. O preconceito e o estigma são muito sérios, mas eu enfrento o preconceito. Cada dia é um novo desafio vencido. No dia que eu me sentir fora da sociedade eu prefiro morrer”, disse ele, que já escreveu dois livros sobre a AIDS e está preparando sua terceira obra.

“Uma das principais causas de mortes entre portadores do HIV é a depressão. É muito difícil vencer o preconceito. Sempre fui uma pessoa muito esclarecida e não entrei em depressão. Sempre pensei em lutar. Apesar do preconceito, levo uma vida normal. Escrevo livros e dou palestras para que outras pessoas saibam que é possível viver bem com AIDS“, concluiu. (NX)

Portadores são resistentes às diversidadesO preconceito vivenciado no dia a dia e o tratamento são apenas algumas das barreiras enfrentadas por quem é portador de uma doença crônica como a AIDS. Mas, por outro lado, as dificuldades enfrentadas podem fazer com que o portador da doença consiga se adaptar melhor a mudanças no estilo de vida. Os dados são de pesquisas desenvolvidas por psicólogos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

O psicólogo clínico Flávio Almeida, no ano passado, defendeu uma tese de mestrado sobre mulheres que são portadoras do vírus HIV e aguardam o resultado do exame de soropositividade dos filhos. Segundo Flávio, a partir do resultado encontrado, é possível perceber que as pessoas portadoras de doenças crônicas desenvolvem mais resistência às adversidades.

Para o psicólogo, doentes crônicos conseguem se adequar melhor às situações. “Quando a pessoa descobre que está doente, a primeira reação é ligada às dúvidas, à incerteza sobre o futuro. Mas com o tempo e o apoio das pessoas mais próximas, estas pessoas começam a desenvolver estratégias de enfrentamento para situações adversas em suas vidas e conseguem encarar algumas coisas bem melhor do que pessoas que não possuem doença nenhuma”, comentou.

Edvaldo Farias, portador do HIV, acredita que consegue lidar bem com situações difíceis. “Os obstáculos parecem mais fáceis porque você já tem uma doença séria e já precisa enfrentar preconceito, tratamentos e os efeitos colaterais. Não é fácil, por isto parece que os problemas se tornam menores”, comentou.

A infectologista Francisca Maria Luiz destaca, no entanto, que para poder ter uma boa qualidade de vida e conseguir enfrentar os obstáculos, os portadores do HIV precisam de acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos e psiquiatras. “Muitos pacientes têm transtornos psicológicos e por isto o acompanhamento precisa acontecer em todas as esferas”, comentou. (NX)

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