Em Fevereiro de 2014 foi diagnosticado com HIV após ser internado com O PCP (pneumocystis pneumonia). Meu diagnóstico foi um choque completo para mim, e eu sabia que teria que tomar a medicação dali em diante. Fui enviada a uma clínica onde o médico receitou-me Isentress (o raltegravir) e Truvada (tenofovir/FTC) para tratar o HIV e Bactrim (co-trimoxazol) para evitar que o PCP voltasse. Quando eu comecei este esquema, eu fiquei pensando, “o que são estas drogas e o que vão fazer com o meu corpo?” e “Eu realmente não gostaria de tomar medicamentos com receita ploo resto da minha vida? “.
Para mim, a minha primeira tomada de comprimidos foi psicologicamente desafiadora. Eu não acreditava que esses comprimidos iam me salvar, mas, sim, que iriam prejudicar-me. Isto é principalmente devido ao fato de que eu sou um pouco contra tomar remédios quando possível. Eu sou uma pessoa que acredita no poder da natureza para nos curar, e que a comida é remédio. Além disso, eu estava lendo sobre como estes comprimidos podem causar danos a minha função hepática ou renal. Cada dia era uma batalha para eu engolir os comprimidos.
Como se pôde ver, o esquema Isentress/Truvada não funcionou para mim. O carga viral do HIV continuou a aumentar, e a minha contagem de CD4 continuou a diminuir para números perigosos. A minha médica não tinha executado testes de resistência em mim quando comecei a TARV e fiquei na expectativa de ver como meu corpo iria reagir. Além disso, eu havia retirado o Bactrim devido às coceiras que ele provocava, que eram tantas que chegou-se ao ponto de desenvolver, em minha pele, pequenas erupções por conta dos arranhões. A minha médica decidiu executar os testes e suspendeu os medicamentos. Esperei por mais de um mês pelos resultados e fiquei sem tratamento por um longo período de tempo.
Uma vez que o resultado veio, ela me disse que queria começar com o Edurant (rilpivirine), Retrovir (zidovudina, AZT), Norvir (ritonavir), Truvada ( Prezista darunavir) e Dapsone. Como poderia ela querer prescrever tantos drogas potentes para mim? Eu estava em estado de choque, e cheio de temores do que todos aqueles medicamentos poderia fazer com meu corpo. Eu literalmente pensei que iria destruir-me e ela desanimou-me de tomar quaisquer suplemento alimentar.
Nesse momento, procurei uma segunda opinião, como eu tinha perdido a maior parte da confiança em minha médica, e não me parecia que fosse necessário que eu tomasse tantos medicamentos. O novo médico me viu e fez seus próprios testes e concluiu que seria bom tomar Prezista, Norvir e Truvada para tratar o HIV, e a Dapsona para substituir o Bactrim. Revelou-se também que eu era resistente ao Edurant, e minha ex-médica tinha prescrito para mim. Escusado será dizer que fiquei encantado, pois eu não teria que tomar muitos comprimidos como o minha antiga médica tinha prescrito. Tenho estado sob esta medicação desde Agosto. Desde então, os comprimidos têm funcionado e minha carga viral tem diminuído rapidamente bem como a minha contagem de CD4, que aumentou bem. Infelizmente, tenho experimentado diarreias periódicas desde o início da TARV (Terapia Antirretroviral), mas o probiótico tem me ajudado a combater.
Além disso, os desafios psicológicos têm continuado para mim.
TENHO NOJO dos comprimidos que eu tomo todos os dias, e muito receio dos danos que eles podem estar fazendo para o meu corpo. Essa atitude pode parecer estranha, uma vez que a ideia é que, a longo prazo, os comprimidos ajudem a “domar” o vírus e permitir-me a viver uma vida mais longa e mais saudável, mas não posso controlar o medo que tenho deles.
Tenho tentado tudo o que eu posso para cuidar de meu corpo desde o início do meu esquema de Terapia Antirretroviral contra o HIV. Começando pelo que diz respeito a tomar vários suplementos incluindo N-acetilcisteína (NAC), a coenzima Q10 (CoQ10), elderberry, selênio, sementes pretas, e até 15.000 mg de vitamina C por dia.
Tenho feito tudo isso para ajudar a apoiar o meu corpo no processo de cicatrização, mas recentemente descobri que a minha carga viral não diminuiu no último mês, o que colocou a mim e à minha médica em alerta. Pergunto-me, agora, se eu posso ter feito algo que eu não deveria… e uma vez que eu já tenha tido um esquema de medicações que não funcionou, gostaria de sublinhar pergunto-me se o meu regime atual vai continuar a fazer o “truque”. Nota do Tradutor: Mantive a palavra _truque_ porque ela diz muito à respeito da psiquê do autor do texto e porque simpatizei com o enfoque)
Tudo o que posso fazer por agora é manter a esperança que meu esquema de TARV atual, não tenha parado de funcionar e que tudo vai dar certo, independentemente dos meus sentimentos pessoais sobre os comprimidos.
Eu estou realmente grato a todos os homens e mulheres que lutaram e morreram para garantir que as pessoas como eu tenham estes comprimidos para ajudar-nos a viver vidas saudáveis. Não se passa um dia em que eu não pense em todas as pessoas que sucumbiram à AIDS devido a não ter qualquer tipo de tratamento para isso. EU preciso parar de bater-me por ter de tomar essas pílulas e olhar para o bom do que elas fazem. Espero um dia ser feliz e saber quebasta tomar um comprimido por dia, ou de viver tempo suficiente para ver a real cura para este vírus.
Por Jason Q
De TheBody.com
2 De Dezembro de 2014
Traduzido por Cláudio Souza do Original em The Mental Challenge of Taking My First HIV Med em 30 de Agosto de 2015
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