COCAÍNA


Juntamente com a maioria das outras drogas ilícitas, estatísticas do governo sugerem que mais pessoas estão usando cocaína (“coca”, “branquinha”, “neve”, “pó”) e o derivado da cocaína, “crack” (‘freebase’). No Reino Unido, ambos a cocaína e o crack são drogas de classe A ilegais. O tráfico tem como pena máxima prisão perpétua e penalidade ilimitada e a possessão pode levar até 7 anos de prisão e uma penalidade de £5.000.

A cocaína é um estimulante obtido das folhas do arbusto da coca nativo da América do Sul. É vendida na forma de um pó branco, custando entre £30 e £100 por grama. Normalmente “aspirada”, ela provoca uma sensação de aumento de energia, euforia e autoconfiança, durante mais ou menos 15-30 minutos. A cocaína também pode ser esfregada nas gengivas, nos dentes e no ânus ou na vagina, antes de sexo por penetração. A droga é também feita na forma de uma solução para ser injetada, mas é mais raro.

O crack é vendido na forma de pequenas pedras, as quais são fumadas na forma de cigarro ou cachimbo. Historicamente, a droga era associada a populações pobres urbanas, mas, na verdade, vem sendo usada por pessoas de um amplo espectro social.

Conseqüências potenciais do uso da cocaína

A cocaína pode e danifica o coração de maneira dramática. Uma das maiores perdas de minha vida. a Mãe de minhas filhas, morreu vítima do álcool, da cocaína e do crack, sem que eu pudesse fazer alguma coisa poiss ela se cercara de bandidos que “a protegiam” de mim

Os usuários de cocaína talvez tomem muitas doses para se manterem alto, o que pode causar ansiedade, paranoia e desenvolvimento de tolerância à droga. Isso significa que doses maiores têm de ser tomadas para atingir uma alta similar. Embora não cause vício do mesmo modo que a heroína ou os opiáceos, os usuários podem se tornar psicologicamente dependentes da alta transitória que a cocaína provoca e descobrem que, com a abstinência, sofrem de ansiedade, depressão ou fadiga.

O uso prolongado tanto da cocaína como do crack pode causar ansiedade grave, depressão clínica, comportamentos psicóticos, agressão, perda de peso e má nutrição. Comprovou-se que ambas as drogas causam problemas de coração potencialmente fatais, incluindo infarto, angina, batida irregular e inflamação e aumento do coração.

Semelhante à maioria das outras drogas ilícitas, a cocaína raramente é vendida na sua forma pura. A droga é geralmente dissolvida ou adulterada com outras drogas mais baratas, como anfetamina (‘speed’), talco ou detergentes que podem ser venenosos ou causar irritação, levando à infecção.

Cheirar cocaína pode danificar a membrana entre as narinas, levando a sangramento e perfuração definitiva. Relatórios mostraram que dividir instrumentos de aspiração permite a transmissão do vírus da Hepatite C. Esfregar a cocaína na gengiva, vagina ou ânus pode causar ulceração, o que poderia aumentar a transmissão do HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Dividir do mesmo equipamento para injeção também apresenta um risco de transmissão do HIV, do vírus da Hepatite e outras infecções transmitidas através do sangue.

Cocaína e HIV

A cocaína não é metabolizada pelo organismo da mesma forma que os medicamentos anti-HIV. Por isso, parece não haver razão para se preocupar com interações entre eles. Estudos com tubo de ensaio sugerem que a cocaína altera o funcionamento do sistema imunológico de várias maneiras, fazendo as células brancas mais vulneráveis ao HIV. Através de experimentos conduzidos com camundongos infectados pelo HIV, criados em laboratórios, descobriu-se que os animais expostos à cocaína tinham bem menos células T CD4 do que os camundongos que não receberam a droga. Isso sugere que a doença do HIV pode progredir mais rápido em usuários regulares de cocaína.

Entretanto, estudos observando o uso regular da cocaína e a progressão da doença em homens gays produziram resultados divergentes. Um estudo não descobriu nenhuma associação, enquanto que um outro sugeriu que o uso da cocaína semanalmente estava associado com um risco maior de morte. Esses tipos de estudos podem ser difíceis de interpretar, já que o uso da droga pode ser um indicador de outras questões sociais que podem afetar nocivamente a saúde – como acesso limitado aos centros de saúde ou outros problemas de saúde.

Assim como para todas as drogas ilícitas, também é sensato considerar como o uso poderia impactar na aderência dos seus medicamentos anti-HIV. Caso esteja preocupado com o uso da droga ilícita, seu médico ou pessoal dedicado aos cuidados com a saúde serão capazes de encaminhá-lo a uma fonte de apoio apropriada.

A NAM lembra ao leitores que o uso da cocaína é ilegal no Reino Unido e em muitos outros países, incluindo o Brasil. Este informativo foi produzido levando em conta as leis do Reino Unido. Os leitores em outros países devem estar atentos que a posição legal do uso da cocaína pode ser diferente àquele descrito neste Informativo.

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