Como Reduzir o Risco de HIV Durante o Sexo Vaginal

O sexo vaginal entre parceiros heterossexuais continua sendo uma das formas mais comuns de transmissão do HIV. Embora o sexo anal tenha um risco maior de transmissão, o sexo vaginal ainda apresenta riscos consideráveis tanto para homens quanto para mulheres, especialmente quando não se utiliza proteção. Neste post, vamos explorar os principais fatores que aumentam o risco de contrair HIV e como homens e mulheres podem se proteger.

As mulheres têm cerca de duas vezes mais chances de contrair HIV do que os homens durante o sexo vaginal desprotegido. Isso ocorre principalmente devido à anatomia feminina. O tecido vaginal tem uma superfície maior e é mais suscetível a microlesões, facilitando a entrada do vírus no corpo. Além disso, infecções genitais pré-existentes, como clamídia ou vaginose bacteriana, podem aumentar ainda mais o risco.

Outro fator importante é o tempo de exposição ao vírus. Durante o sexo vaginal, o sêmen infectado pode permanecer na vagina por um período prolongado, aumentando as chances de infecção. Feridas ou úlceras causadas por outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), muitas vezes invisíveis nas mulheres, também contribuem para esse risco.

Embora os homens heterossexuais tenham um risco menor de contrair HIV em comparação com as mulheres, eles não estão isentos de perigo. Homens não circuncidados, por exemplo, correm maior risco devido à retenção de bactérias sob o prepúcio, o que facilita a infecção pelo HIV.

As normas culturais que incentivam múltiplos parceiros sexuais ou comportamentos de risco, como o uso de drogas e álcool, também podem aumentar o risco entre os homens. O consumo de substâncias pode levar a decisões inseguras, como o sexo sem preservativo, e pode dificultar a adesão ao tratamento ou à profilaxia.

A boa notícia é que existem várias maneiras de reduzir o risco de transmissão do HIV durante o sexo vaginal:

  • Uso de preservativos: Esta é a forma mais eficaz de prevenir a transmissão do HIV e outras ISTs.
  • Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): Um medicamento diário que pode reduzir significativamente o risco de infecção para pessoas HIV-negativas que têm parceiros soropositivos.
  • Profilaxia Pós-Exposição (PEP): Um tratamento de emergência que deve ser iniciado até 72 horas após a exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção.
  • Tratamento do parceiro com HIV: Se o parceiro HIV positivo estiver em tratamento e tiver uma carga viral indetectável, o risco de transmissão é extremamente baixo.

O sexo vaginal apresenta um risco real de transmissão do HIV, especialmente para as mulheres, devido às diferenças anatômicas e a fatores sociais. No entanto, com o uso correto de preservativos, medicamentos preventivos e uma comunicação aberta entre parceiros, é possível reduzir drasticamente esse risco. Uma vida sexual saudável e segura é possível, mesmo quando um dos parceiros vive com o HIV.

Lembre-se sempre de discutir quaisquer preocupações com seu médico e garantir que você e seu parceiro(a) estão tomando as devidas precauções.

11 Fontes

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Por James Myhre e Dennis Sifris, MD
Dr. Sifris é especialista em HIV e Diretor Médico da LifeSense Disease Management. Myhre é jornalista e educador sobre HIV.

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