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Indetectável igual a negativo? Não. Por favor, leia e entenda. É vida!

Indetectável igual a negativo? Sempre me perguntam isso. E eu entendo o problema, sei que pode ser complicado, mas é o que eu penso, seria começar um relacionamento com uma mentira e, já viu! Mentira… Você precisa começar a ludar com suas emoções e entender que portar HIV não te faz indigna, ou indigno de amor.

Reaja!

Uma pessoa com carga viral indetectável pode parar de se preocupar sobre transmitir o HIV?

 Viver com HIV pode ser Difícil, mas não é impossível

Ter carga viral indetectável muda a maneira como você fala sobre sorologia para o HIV? Você entente que esta assertiva Indetectável Igual a Negativo é incorreta?

Chegar ao indetectável nem sempre é fácil de fazer – mas uma vez que você chega lá, é definitivamente uma realização para sua saúde.

Isso é o que diz o médico em questão, que é autor do texto. Eu me lembro de ter uma contagem de carga viral de mais de três milhões, e que quando eu vi o resultado, por mais que tentassem me acalmar, nada, absolutamente nada fazia sentido para mim.

E sai do CRT-A que era, ainda, na Rua Antônio Carlos, no Cerqueira César, totalmente desolado e, sem saber como cheguei lá eu atravessei uma rua sem olhar e “atropelei um ônibus”!

Você pode não entender isso e eu sei que a frase é estranha, mas a verdade é que eu me choquei com a lateral do ônibus, que acabara de passar por mim (graças a Deus) e se eu estivesse uns poucos segundo adiantado, ali mesmo se encerraria a minha vida com HIV.

Videx (Nomenclatura Maldita. Mas não me levou ao indetectável, não ao negativo ou intransmissível…)

Indetectável igual a negativo?
Cada “pastilha destas media algo mais que uma polegada (2,5cm) e, é óbvio, não podia ser engolida. Tinha de ser mascada e. se há algo que tem um gosto parecido como o molho inglês do Inferno, este é o caso em si…

Bem, eu não vou me repetir por completo, mas eu enfrentei um remédio chamado “Videx” e o pior efeito colateral dele seria uma “pancreatite fulminante”, nome bastante loquaz.

Indetectável igual a negativo? Não 🙄

Bem, isso não aconteceu e cá estou, convosco! Mas eu mantive, espartana e draconianamente a adesão, eu queria e, a despeito de todas as minhas tentativas de suicídio, o que eu queria mesmo era viver, agora eu sei e, réu confesso, cada tentativa minha de suicídio era um grito:

Gente, eu estou aqui, tentando dar o melhor de mim, mas vocês não me socorrem e é melhor morrer a subsistir assim!

Bem, em seis meses eu me tornei indetectável. Muita água rolou e eu não vou ficar, não nesta página, de blá, blá, blá a rspeito de minhas loucuras, o que eu estou tentando é expor que Indetectável igual a negativo não é uma verdade. É um erro de interpretação que muitos “pastores” usam para dizer que, conforme o pastor tentou me cooptar, bastaria que eu contribuísse com a módica quantia de R$ 1.000,00 Deus, que não tem Livro Caixa conforme eu O entendo, passaria um filtro, sim, isso mesmo, um filtro em meu sangue! Minha vontade…. Bem, eu percebo que estou fugindo ao escopo do texto, mas eu voltarei aqui em tempo oportuno para criar um link que leve ao tema brevemente delineado neste estaque.

E a pergunta: Indetectável é igual a negativo

Não! Indetectável igual a negativo é uma afirmação incorreta como mostrará o texto abaixo, traduzido por mim!

Mas, o que exatamente isto significa estar indetectável se isso não é igual a ser negativo?

Em seu Tumblr pessoal, Joe Gallant, um médico que lida com HIV no Southwest Care Center em Santa Fé, Novo México, responde perguntas de pessoas vivendo com HIV que estão preocupadas sobre uma série de questões, incluindo suas cargas virais indetectáveis. Antes de prosseguir lendo o texto, vejam quem fala sobre isso e a solidez de seus argumentos e experiências

Em 17 de janeiro de 2015, um usuário anônimo (…) perguntou

Olá doutor, eu li em um post anterior que alguém disse que “o indetectável é o novo negativo.”

O senhor concorda com esta afirmação pelo menos até certo ponto?

O Dr. Gallant respondeu:

  VirusAté certo ponto sim, indetectável é igual a negativo. Mas somente até certo ponto.

Do ponto de vista da transmissão, ter uma carga viral indetectável é próximo de ser negativo do ponto de partida do prognóstico e da expectativa de vida, as pessoas com carga viral indetectável e contagens de CD4 normais tem mais em comum com pessoas HIV-negativo do que elas têm com pessoas com infecção por HIV não tratadas.

Mas ainda há importantes diferenças entre alguém com HIV bem controlado e alguém sem HIV!!!

Se não houvesse, nós não estaríamos ainda procurando por uma cura. Mesmo com o HIV bem controlado, você tem uma condição médica crônica que é cara de tratar e que causa um aumento em inflamações crônicas e ativação imune. Você ainda tem DNA viral integrado ao seu próprio genoma.

Eu não estou querendo chegar ao ponto de dizer que “indetectável é o novo negativo”, diz ele, que continua:

Embora eu entenda o sentimento é preciso ter em mente os blipes virais, os quais não se pode prever quando virão a acontecer, se de forma periódica ou aleatória em praticamente todos os casos de infecção por HIV.


Pois é. E aí está. Este é o ponto que me preocupa, o crescente número de pessoas, e pessoas de bom caráter, testadas duramente na infecção por HIV e por “N” propostas vergonhosas e que nunca traíram a si mesmas em seus ideais. Estas pessoas, eu sei! Não se vendem.

Mas eu temo que elas possam estar equivocadíssimas e de boa fé porque, vejam: Houve um segundo caso de Falha de PrEP devido à Resistência Medicamentosa…

Não, eu não sou o que dizem, aquele que gosta da “doutrina do medo”. Eu prefiro ser sensato e me pergunto quem foi o agente transmissor de um vírus resistente a determinada combinação de remédios e, afinal, quando ele será localizado e que volume de estragos ele espalhou sem o saber…

Cruel? Eu?

Sim. Mas quantas pessoas ele, em boa fé, confiando em sua PrEP e sua indetectabilidade, terá contaminado com HIV antes deste evento, a redescoberta da detectabilidade, deixando de lado, por assim dizer, os blipes virais?

E suas vítimas (…) inocentes (…)? A quantas outras pessoas elas terão levado “isso” (do alto de 8 comprimidos de metadona por dia eu posso chamar isso de isso), pois esta é uma coisa que cresce em progressão geométrica…

Eu me lembro, e me lembro bem, desta manchete enquanto se fala, de boa fé, que Indetectável igual a negativo?

Vede: Eu não encontro a imagem “correta”, com a mensagem que dizia: Já são quatro vítimas em São Paulo!

E era pouco mais de três ou quatro quando esta manchete inenarravelmente absurda, entre 1º de janeiiro de 2000 e 31 de dezembro de 2011, cerca de 11.000 pessoas vieram a falecer.

Esta coisa, chamar de peste gay, esta sim, é uma coisa escabrosa que a mídia endossou e pela qual ainda não fez o necessário Mea Culpa, os cães…

E era pouco mais de três ou quatro quando esta manchete inenarravelmente absurda, entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2011, cerca de 11.000 pessoas vieram a falecer. E eu estava fazendo as contas e isso dava, na época, e matemática é o ponto onde sou vunerávelíssimo, cerca de trinta falecimentos por mês, o que dá mais ou menos, três mortes por dia. E no início, eram apenas quatro (…).

E… não, eu não estou espalhando medo. Estou sendo realista e objetivo e tudo o que eu vejo na carga viral indetectável é que ela pode servir como uma “camada extra” de proteção ou o desejo de ter um filho(a).

Eu conheço, dentro do meu círculo de relacionamento, uma grande amiga, que manteve e mantém, desde sempre, relações sexuais desprotegidas com seu marido e ele é soronegativo (ou não reagente, como preferem alguns amantes do eufemismo).

Mas eles se conheceram assim, se relacionaram assim e somente depois do primeiro filho é que foram chamados à realidade que, naquela época e em síntese, era uma possível tragédia.

Mas eles fizeram os exames, ele foi considerado, como preferem alguns, que adoram o discurso de ódio, “limpo”. (…).

Assim, eu me coloco na posição daqueles para quem todo cuidado é pouco e, conforme eu aprendi, a duras penas… que é a seguinte:

 

Na dúvida, não ultrapasse! 😊

E eu me lembro daquele palerma, o Ronald Reagan, eu creio que era ele, mas não tenho certeza, um outro Trump -retardado mental- que disse que “em dois anos nós teríamos, com certeza, a vacina contra isso“. Pois é mané…

Até hoje, e lá se vão mais de trinta anos, tudo o que eu vejo se repetir é a manchete estardalhosa:

A 1% da cura.

Começou assim. Muito mal é verdade. Mas uma coisa era verdade. Começou com menos de meia dúzia de pessoas e, estima-se, há pelo menos 600.000 de pessoas vivendo com HIV no Brasil. Quantas falhas de PrEP (espero que não) serão necessárias para as pessoas entenderem que o risco é alfo e que a PrEP deveria, como eu vejo, ser usada como uma segunda camada de proteção e não uma luz verde para sexo desprotegido, mesmo porque hepatite C é uma IST e há inúmeros casos de gonorreia incurável no mundo….?

Bem, temos aí a promessa da amFar de trazer a cura para 2020 e vejam que vídeo bonitinho, parece mais anúncio de filme de super heróis da Marvel!

Isso que vocês viram acima, beira à loucura, pela estrondosa apresentação; mas, de coração, eu quero estar errado. O que eu posso dizer a respeito disso não virá de minhas mãos, mas da de cientistas respeitáveis, neste texto!

E vejam só…

Eu penso que, muitas vezes só nos resta aceitarmos a vida como ela é, tal como se apresenta para nós e procurarmos melhora-la com paciência. Eu mesmo não penso em cura

Eu penso em ir vivendo, e minha infecto me contou coisas sólidas, que ela viu com seus olhos que me levaram, num momento de grande felicidade a escrever este artigo:

Agora sim! Sem limites para sonhar!

Sim… Eu gosto de transmitir esperança e gostaria muito de dizer, com certeza que indetectável é igual a intransmissível, mas está visto que não o é!

Eu gosto muito de espalhar alegria! Mas preciso ser sensato e leal às minhas ideias e ao que aprendi na vida a duras penas em serviço voluntário.

Eu vi de perto uma triste crise humanitária e tudo o que eu desejo é que não se dê azo a uma nova crise deste porte, ou mesmo menor!

E eu recorto e colo o que o Dr Mathew Rodriguez, de um hospital seríssimo escreveu:

Mas há ainda importantes diferenças entre alguém com HIV bem controlado e alguém sem HIVse não houvesse, nós não estaríamos ainda procurando por uma cura. Mesmo com o HIV bem controlado, você tem uma condição médica crônica que é cara de tratar e que causa um aumento em inflamações crônicas e ativação imune. Você ainda tem DNA viral integrado ao seu próprio genoma. Eu não estou querendo chegar ao ponto de dizer que “indetectável é o novo negativo”, embora eu entenda o sentimento é preciso ter em mente os blipes virais, o qual não se pode evitar e que pode acontecer, de forma periódica ou aleatoriamente em praticamente todos o casos de infecção por HIV.

E eu, Cláudio Souza, prefiro manter uma postura moderada em relação a isso, pois é como eu disse, desde 1996, quando se desenvolveu a terapia combinada, onde o Inibidor de protease tem papel fundamental na “terapia combinada”, o dito coquetel e eu me lembro de ter visto em uma palestar do DR Dráusio Varela que ele conversou com outro médico e este médico disse:

Estes “remédios novos” estão funcionando!

Abaixo uma breve definição:

Inibidor de protease

Droga capaz de inibir a ação da enzima protease viral específica, essencial para a formação da partícula infecciosa do HIV. Se a partícula viral não estiver corretamente formada, o HIV não infectará novas células. (Agência AIDS de Notícias.).

Na agência AIDS você encontra vasto cabedal de informações neste link.

Enfim, quase terminando, ainda falanfo do “a um por cento da cura, desde 1996 eu exponho isso:

Cura da AIDS? Novo Negativo
Em 1996

 

 

 

 

 

 

 

É este sensacionalismo que o Dr Rodrigu procura evitar e que eu busco, de minha humilde posição.

Nesta mesma linha, a mesma “revista científica” coloca, de forma garrafal, nas laterais de todas as bandas de jornal, a imagem que vira um pouco mais abaixo e, antes, eu queria chamar a atenção de “nós todos” que a imensa maioria das pessoas que passam pelas ruas do centro de uma cidade como São Paulo, com mais de dez milhões de habitantes é que eles, os cidadões desta minha amada cidade lêem apenas as manchetes, pois podem não ter tempo para ler, ou não ter dinheiro para comprar e, o que eles vêem os leva a pensar, masi ou menos assim: “Oba! Oba! Não precisamos mais de camisinha, porque “viram isso”:

E ai? Vamos nessa! Uma das coisas mais irresponsáveis que eu jamais vi!

Pois é… E aonde isso pode nos levar.

Com a palavra o Dr Dráuzio Varella:

Na minha opinião… Todo o cuidado é pouco

Mathew Rodriguez é o editor da comunidade para TheBody.com e TheBodyPro.com

Siga Mathew no Twitter: @mathewrodriguez

Por Mathew Rodriguez

De TheBody.com

Copyright Ó 2015 Remedy health Media, LLC. Todos os direitos reservados

Tradução: Márcio Catanho – Bacharel em Letras/ tradutor e revisor.

Contatos para traduções e revisões de textos: mrcatanho@hotmail.com. 085- 88797627


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