Desculpas Vazias!

Desculpas Vazias – O Mi-Mi-Mi de Sempre

Será?… Será que há uma granada, com o pino puxado….  Eu mesmo dei as minhas…

(aquelas que todo mundo já conhece)

” Eu estava loucamente apaixonada “.

” Ele me deixou louca “.

” Eu estava bêbado “.

” Eu achei que ela não tinha HIV, por isso transei sem camisinha”.

” Eu perdi todas as pessoas que se aproximaram de mim e não quis perdê – la também “.

” Foi um risco ” calculado.

” É melhor sem camisinha “.

“Transar com camisinha é como chupar bala com papel”.

“Colocar o preservativo é broxante”!

“Não tem graça”.

Cláudio, você já caiu nas pedras justamente quando a maré baixou. Você está F***** e é um Grande FDP

E, mesmo assim, eu estou aqui, para ver que são inventadas, todos os dias, novas bobagens, novas ideias estúpidas, e eu já disse, eu ajudei a encher este caldeirão de besteiras dia após dia e, noite após noite, madrugada após madrugada e, da mesa forma, euu ouço novas desculpas parecidas com elas, as minhas e, na verdade, todas elas representam sempre a mesma coisa:

Temos de mudar nossa resposta ao sexo inseguroTemos de mudar nossa resposta ao sexo inseguro e como nós comunicamos  ao outro nossas ideias sobre sexo.

É nossa responsabilidade!

Nossa responsabilidade!

Como indivíduos e como comunidade; é preciso assegurar nosso futuro como humanidade. Quando você é tentado a ter sexo inseguro você pode fazer uma, de duas escolhas: você pode dizer sim ou não.

Uma transa desprotegida, insegura, pode ser muito boa, mas  pode haver tremendos riscos a um ou a ambos os parceirosUma transa desprotegida, insegura, pode ser muito boa, mas  pode haver tremendos riscos a um ou a ambos os parceiros. Transando com segurança, usando camisinhas, luvas ou o que seja necessário, garante – se a tranquilidade de não ter de pensar:

Será que eu peguei HIV?

Será que eu passei HIV

Será que eu passei HIV?

Será…?!!!

E evita que você procure uma das desculpas acima para si mesmo ou que invente novas desculpas, falas desconexas diante da realidade que, em verdade, em nada mudariam a maldita situação. O HIV ainda não pode ser destruído e, apesar de todas os avanços na medicina, a AIDS ainda é uma doença que pode ser fatal.

Se um amigo lhe fala que transou na noite passada sem camisinha, há muitas respostas que você pode lhe dar. Pergunte-se o que você gostaria de ouvir se estivesse no lugar dele.

Confrontação atenciosa é uma maneira de demonstrar que ele corre riscos, que é amado, e que você se preocupa com ele; demonstre que é um comportamento arriscado, que pode ter consequências irreversíveis e, principalmente, convença-se disso.

Talvez a resposta seja “que merda você fez’ “? Talvez seja ” você sabe dos riscos que correu”?

Talvez isto, a chamada ” linha direta “, sirva de alerta mais claro, mais conciso. A única resposta imprópria é o silêncio:

Silêncio. O Nosso silêncio, nesta conjuntura “social” é igual a morte.

Além de nossa responsabilidade individual, temos uma responsabilidade como seres humanos em relação à humanidade, no sentido mais amplo e coletivo da expressão, de evitar a propagação do HIV pelo mundo pois, amiguinhos e amiguinhas, de alguma forma, o que está em Xeque é a solução de continuidade da raça (Sic) humana no planeta! E cada porra louca de nós que contrai HIV vira um “tubinho de ensaio para o HIV”!

Sera de você que emergirá aquela nova cepa viralaquela nova cepa viral capaz de se transmitir pelo ar? Estou dizendo besteiras?

O mosquito da dengue só era capaz de se reproduzir em água “limpa”. Já não é bem o caso. Muitos de nós, seres humanos, parecemos não evoluir! E enquanto isso, tudo, literal e visceralmente tudo evolui. Inclusive o HIV!

No princípio da epidemia, a comunidade gay foi brutalmente penalizada: eram os culpadoscomunidade gay foi brutalmente penalizada: eram os culpados. Fizeram história reduzindo o mais rapidamente possível as relações sexuais perigosas e rapidamente deixou de ser a comunidade com portadores de HIV que mais crescia. E parte de sua resposta foi criar as próprias organizações que poderiam ajudar educar, motivar e manter esse sucesso.

Mas, agências de não podem fazer apenas isto. Elas podem catalisar o que nós precisamos fazer por nós mesmos. Temos a necessidade de confrontar o que estamos fazendo e o direito de buscar ajuda se nós precisamos dela, e encorajar, explicitamente, uns aos outros para que façam o mesmo.

Você pode ir para casa hoje à noite e gastar cinco minutos pensando em seu próprio nível de risco, se transa de forma segura, ou se protege sua vida enquanto a vive.

E só com o preservativo, a PrEp e PEP, em casos extremos, você pode falar com três de seus amigos para tentar saber o quão seguros e responsáveis eles estão sendo na hora de transar. E ser responsável também ou viverá pensando:

Será que peguei AIDS? Será? Será, será? Será que peguei AIDS?!!!!!!!!!!!!!!Será que peguei AIDS?!!!!!!!!!!!!!!

Nós também temos a responsabilidade de nos reunir e mudar o modo como vemos o sexoa responsabilidade de nos reunir e mudar o modo como vemos o sexo. Nós, como seres humanos, realizamos imensos sucessos em muitas áreas de nossas vidas e somos tímidos na hora de confrontar o outro em nossas necessidades mais simples.

Nós precisamos nos unir. Nós precisamos falar abertamente. Nós não precisamos voltar e reinventar a prevenção; nós precisamos fortalecer isto. Nós precisamos nos reorganizar, refletir nas  nossas prioridades, e o mais importante, reinventar a esperança.

Esperança é o que encorajará homens e mulheres HIV- positivos e HIV- negativosé o que encorajará homens e mulheres HIV- positivos e HIV- negativos, heterossexuais, bissexuais e homossexuais a se cuidarem e cuidarem uns dos outros, praticando sexo seguropraticando sexo seguro.

Tendo sexo seguro e responsável  hoje, estaremos ajudando não só a nós mesmos, mas também a toda humanidade, na construção de um mundo sem AIDS…! Sim, im e sim!

Um mundo sem AIDS, sem discriminação, sem preconceito.

Dan Wohlfeiler, Education Director

Traduzido e adaptado de uma das páginas do STOP AIDS nos idos da década de 10 do século XXI

Meu estado calmo de desespero.

Ensinou-me que é preciso participar.

Um homem não pode sobreviver impedido da participação

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