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cd4DOENJanela Imunológica - 14 DiasPeguei HIV? Assim pega ou não pega HIVSex0 0ral 0ferece riso?Sexualidade HIV/AIDS e outras DSTs

DST’s Aumentam O Risco de Pegar HIV

DST’s Aumentam O Risco de Pegar HIV, é verdade, mas muitas pessoas não entendem bem como isso acontece. Neste texto você verá isso, mas também verá…

…3 Maneiras Surpreendentes de As DST’s Aumentam o Risco de HIV

DST's Aumentam O Risco de Pegar HIVA taxa de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) no Brasil, nos Estados Unidos e no mundo estão em ascensão. O número de casos de sífilis tem subido vertiginosamente enquanto as infecções gonorreicas aumentaram constantemente desde 2009. Com a terrível agravante de termos gonococos cada vez mais resistentes a um número cada vez maior de antibióticos!

O mais impressionante talvez seja que o número de casos de clamídia quase dobrou no decorrer de uma única década , passando de 929.462 em 2004 para 1.441.789 em 2014 só nos Estados Unidos.

Embora seja bem conhecido que as DSTs possam aumentar significativamente o risco de uma pessoa contrair o HIV, muitas pessoas ainda não entendem completamente por que isso acontece. E nem sequer as maneiras pelas quais as DSTs podem facilitar a infecção.

Pois isso acontece, mesmo em atividades de baixo risco, como sexo oral. O fato de muitas dessas doenças permanecerem sem diagnóstico apenas aumenta as chances de infecção.

Embora esteja claro que infecções ulcerativas como a sífilis, que podem se manifestar com feridas abertas nos genitais ,fornecem uma via de acesso fácil para o vírus. Mas cerca de 20% dos casos não apresentam feridas. Além disso, as úlceras sifilíticas no reto, ou colo do útero são frequentemente despercebidas> e criam, sim, uma janela de vulnerabilidade aumentada durante a infecção primária, entre três e seis semanas.

Mas isso significa que as infecções ulcerativas como a sífilis são de alguma forma “piores” do que outras DSTs no que diz respeito ao HIV? 

Portanto, é interessante que vejamos três razões pelas quais isso pode não ser o caso.

Uma DST “recruta” células ativamente para o HIV infectar do 002 em diante…

Bem, toda a vez que um patógeno, um agente causador de uma doença, entra no corpo, o sistema imunológico é ativado imediatamente. Assim, resulta em resposta inflamatória natural. A inflamação ocorre simplesmente porque a função imunológica é disparada em alta velocidade. E gera uma grande migração de diversos tipos de células imunológicas para isolar e matar o patógeno.

Assim, em uma infecção localizada, como ocorre nas DST’s, células defensivas, como CD4 e células T CD8, são recrutadas para a linha de frente deste trabalho defensivo. As células T CD4 são células “auxiliares” que essencialmente direcionam as células T CD8 “matadoras” para neutralizar o patógeno.

Pois a triste ironia é que as próprias células destinadas a sinalizar o ataque, as células CD4. E elas, que vêm nesta função, são aquelas preferencialmente visadas pelo HIV para infecção

Neste Caso A Melhor Defesa Não Teria Sido O Ataque

Portanto, quanto mais robusto o ataque patogênico, mais células-alvo são recrutadas e mais provavelmente o HIV será capaz de penetrar nas defesas imunológicas primárias do corpo.

Pois é por isso que mesmo a atividade bacteriana abaixo do prepúcio do pênis pode aumentar o potencial de contágio por HIV. Já que o acúmulo de bactérias pode prontamente desencadear uma resposta imunológica.

Eu, Cláudio, imagino que seja por isso que a circuncisão possa evitar o contágio por HIV, mormente isso de nada ter me valido!

Portanto, mesmo que uma DST não comprometa visivelmente os tecidos dos órgãos genitais, reto ou garganta, a alta concentração de células imunológicas no local da infecção fornece ao HIV uma oportunidade maior de prosperar, principalmente se a infecção não for tratada.

Uma DST aumenta a concentração de HIV nos fluidos genitais

 

Da mesma forma que uma DST pode aumentar a vulnerabilidade de uma pessoa ao HIV, uma DST também pode aumentar o risco de uma pessoa transmitir o vírus a outras.

Pois a inflamação é, novamente, a causa primária, em que as células do sistema imunológico são recrutadas agressivamente para o local da infecção localizada.

E quando isso acontece, um processo chamado “eliminação do HIV” pode ocorrer. 

Isso é definido como a reativação repentina do HIV dormente, que até então estava em reservatórios celulares ocultos

Desta forma, como resultante dessa liberação, o HIV recém-ativado pode se multiplicar e se infiltrar nos fluidos vaginais e no sêmen. E isso aumenta a carga viral em grande número! Muito além do que ocorreria sem uma DST.

De acordo com uma meta-análise de 2008 da Escola de Saúde Pública e Medicina Familiar da Universidade da Cidade do Cabo, a disseminação do HIV no trato genital é quase duplicada como resultado de uma infecção gonorreica ou clamídia ativa.

Ainda mais grave, isso pode acontecer quer a pessoa esteja sendo tratada para HIV ou não.

A pesquisa mostrou que, na presença de uma infecção sexualmente transmissível, uma pessoa em terapia anti-HIV pode ter vírus detectáveis ​​nas secreções genitais. Mesmo que a carga viral em seu sangue seja totalmente suprimida. E eu, Cláudio, me questiono: equilibra-se com estes fatos o “tratamento como prevenção e o indetectável é igual à intransmissível?

Algumas DSTs podem fazer com que o HIV “se recupere”

Bem, um dos principais objetivos da terapia antirretroviral (TARV) é suprimir totalmente o HIV a níveis indetectáveis.

Pois, em sete, ao fazer isso, a pessoa com HIV tem muito menos probabilidade de infectar outras pessoas.

Pois, se diz o seguinte: a maioria das pesquisas parece indicar que uma pessoa infectada pelo HIV tem mais de 90% menos probabilidade de infectar um parceiro comprometido.

Uma pessoa não infectada pelo HIV, se estiver sob TARV totalmente supressiva. Mas…

No entanto, se essa pessoa tiver um rebote viral (ou seja, o retorno repentino da atividade do HIV), o risco de transmissão pode aumentar exponencialmente. E isso coloca em xeque a TasP e o I=I. Ou não?

Me explique. Mas me convença.

Duzentos Por Cento de Risco de rebote Vital

De acordo com pesquisadores da ANRS (Agência Nacional de Pesquisa de AIDS e Hepatite) da França, pessoas com HIV têm um risco quase 200% maior de rebote viral se co-infectadas com sífilis.

Em média, a infecção primária de sífilis resulta em um aumento de carga viral de pelo menos cinco vezes em homens infectados pelo HIV.

Isso inclui homens em TARV contínua e totalmente supressiva e ocorre independentemente da idade, orientação sexual ou estado imunológico.

A contagem de CD4.

Isso destaca a maior necessidade de vigilância da sífilis em populações de alto risco , particularmente homens que fazem sexo com homens (HSH), que respondem por 83% dos casos de sífilis em homens e 30% de todos os novos diagnósticos de HIV nos EUA.

Embora não haja parece haver qualquer associação entre outras DSTs e o risco de rebote viral, o risco contínuo de transmissão permanece alto em pessoas não tratadas para HIV.

Traduzido em 22 de dezembro de 2020 por Cláudio Souza do original em 3 Surprising Ways That STDs Increase HIV Risk,  Escrito por Por James Myhre & Dennis Sifris, MD  por Revisado clinicamenteLatesha Elopre, MD, MSPH em Outubro de 2020

Fontes de DST’s Aumentam O Risco de Pegar HIV
  • Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). “Doenças sexualmente transmissíveis – casos relatados e taxas de casos relatados por 100.000 habitantes, Estados Unidos, 1941-2014.” Atlanta, Geórgia; página atualizada em 17 de novembro de 2015.
  • Chun, H.; Carpenter, R.; Macalino, G.; et al. “O papel das infecções sexualmente transmissíveis na progressão do HIV-1: uma revisão abrangente da literatura.” Journal of Sexually Transmitted Diseases. 28 de maio de 2012; Vol 2013; artigo ID 176459: 1-15.
  • Jarzebowski, W.; Caumes, E.; Dupin, N.; et al. “Efeito da infecção precoce da sífilis na carga viral do plasma e contagem de células CD4 em homens infectados pelo vírus da imunodeficiência humana: resultados da coorte FHDH-ANRS CD4.” Arquivos de medicina interna. 10 de setembro de 2012; 172 (16): 1237-1243.
  • Johnson, L. e Lewis, D. “O efeito das infecções do trato genital na eliminação do HIV-1 no trato genital: uma revisão sistemática e meta-análise.” Doenças sexualmente transmissíveis. Novembro de 2008; 35 (11): 946-959.

 


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