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Mortes por AIDS entre adolescentes se elevaram em mais de cem por cento (duplicaram-se) em dezesseis anos

 

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Não durma no barulho de que !tem tratamento” Tem sim! Mas é uma barra pesadíssima de se carregar e, para quem acha que isso é pouco, é para o resto da vida e quanto mais o tempo passa, mais complicado vai se tornando viver com AIDS. E quem diz isso sou eu,que vivo assim há 22 anos.

Desde o ano 2000, a AIDS mais do que duplicou o número de morte entre jovens e adolescentes.Estima-se que a cada sessenta minutos, vinte e nove pessoas na faixa etária compreendida entre os quinze e os dezenove anos contraem o HIV, ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) conforme demonstra o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os números, apresentados durante a 21ª Conferência Internacional sobre AIDS, demonstram que a AIDS, ou SIDA, (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a segunda maior causa de morte entre jovens na faixa etária de 10 a 19 anos.

O relatório informa que há uma vulnerabilidade maior entre as meninas , mais vulneráveis à epidemia de Aids, revelando um quociente de cerca de sessenta e cinco por cento das novas infecções em adolescentes no mundo. Na África Subsaariana, região onde estão aproximadamente 70% das pessoas que vivem com HIV, três em cada quatro adolescentes infectados em dois mil e quinze eram meninas entre dez e quinze anos! (Nota do editor: Há uma cultura sombria, especialmente na África do Sul, que ensina uma espécie de sortilégio em que tirar a virgindade de uma menina curaria a AIDS e tal monstruosidade gerou e tem gerado, uma sequência avassaladora de estupros com “esta finalidade”)

O medo de passar pelo exame, segundo o Unicef, faz com que muitos jovens não tenham conhecimento de sua situação – apenas 13% das meninas e 9% dos rapazes foram testados no último ano e, além disso, há aqueles que vivem extremos processos de paranoia. Pesquisa conduzida pelas Nações Unidas em 16 países constatou que quase setenta por cento dos cinquenta e dois mil jovens entrevistados não desejam fazer o exame por medo de um resultado positivo em função do medo pelas consequências do estigma social que, depois de trinta e cinco anos de pandemia, ainda não pode ser dissipado, rotulando as pessoas que tem HIV como, quando pouco, promíscuas.(Novamente falo eu como editor, baseado em minhas experiências pessoais, contando que, passando por um processo de “terapia”, ouvi, da boca da “analista” que eu fora promíscuo e, por conta disso contraí HIV e, doravante, teria de suportar “as consequências disso”.  INÚTIL DIZER QUE NÃO PAGUEI A SESSÃO E NUNCA MAIS VOLTEI LÁ).

“Depois de tantas vidas salvas e melhor cuidadas graças à prevenção, tratamento e cuidado; depois de todas as batalhas ganhas contra o preconceito e a ignorância relacionados à doença; depois de todos os maravilhosos marcos alcançados, a AIDS permanece como a segunda causa de morte entre jovens de 10 a 19 anos em todo o mundo – e causa número um na África”, destacou o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.

Edição: Jorge Wamburg

  • 21/07/2016 17h41
  • Brasília

 

Reeditado

  • 25/07/16
  • São Paulo
  • Cláudio Souza

Eu gostaria muito de poder terminar o artigo onde ele termina e, infelizmente, não posso me omitir.

Eu não tenho a visão global dos acontecimentos dadas as limitações naturais a um blogueiro sem recursos financeiros que só tem mais três pessoas me auxiliando neste trabalho (isso depois de quase dezesseis anos de trabalho solitário e vejo, aqui no Brasil, cenas como esta que exponho aqui). Há um processo de banalização da AIDS, que tem sido considerada uma doença crônica como, por exemplo, o diabetes, quando a maioria das pessoas nem imaginam o quanto pode ser sofrida a vida de uma pessoa que sofre com diabetes.

A AIDS pode, sim, ser considerada uma doença crônica, se acrescentarmos a esta expressão os advérbios progressiva, debilitante, degenerativa, estigmatizante, dolorosa, com tratamento complexo e uma total imprevisibilidade de progressão, pois cada pessoa com AIDS evolui (…) clinicamente de uma forma completamente diversa da de outras pessoas e eu me lembro de uma moça, quando eu fui voluntário (isso não foi nada além da minha obrigação como ser humano) no CRT-A eu conheci uma moça que foi vítima de toxoplasmose, uma doença grave, que atinge o cérebro, cujas sequelas, sempre há sequelas, são completamente imprevisíveis.

No caso dela, o que se perdeu foi toda a mobilidade do corpo e ela vivia em posição fetal, recurvada sobre si.

Posição fetal: Parece bom não é? Imagine-se vivendo assim, o tempo todo, por uns trinta ou quarenta anos

Eu só soube disso porque ela estava com fome e “esqueceram-se” de alimentá-la.

Lembro-me que, na minha inexperiência, eu simplesmente peguei a comida e pus à disposição dela. E ela, constrangida, me explicou a condição dela e eu a alimentei, como quem alimenta a um bebê. (Lágrimas aqui).

Se eu escrevo estas coisas, não é para mostrar que eu sou “um cara maravilhosos”. O que eu quero, é dar ciência a vocês, que banalizaram o sexo, especialmente o sexo desprotegido e as consequências disso são imprevisivelmente funestas e facilmente evitáveis:

Sexo seguro. Camisinha.

E, tem mais. Há muita mulher casada que pensa estar fora do alcance disso e, quando eu fui DJ, especialmente no Vagão Plaza, o que eu via era muita festa regada à champanhe e vaginas que, quando o cara chegava em casa, dizia que esteve numa reunião de negócios. E eram sim, negócios!

Tratava-se ali, quanto custaria a transa, por uma ou duas horas… era isso o que se negociava.

Indo além, e infelizmente eu não fui capaz de encontrar, em meu próprio site, um artigo que trata de uma “misteriosa situação” onde homens heterossexuais contraíram HIV de outros homens. Certo, você pode fazer suas buscas no site e ser mais feliz, encontrando o resultado. Neste caso, por favor, me passe o link no formulário que porei abaixo. Quando, vinte e dois anos atrás, eu fui diagnosticado, parte de minha “via cruxis” foi justamente a de ir viver numa casa de apoio repleta de travestis, todas soropositivas, e quase todas podiam sair, à noite, para “fazer algum dinheiro”.

Elas me contavam, com a frieza do nitrogênio líquido, que muitos daqueles “clientes”, tinham uma aliança na mão esquerda e (isso dispensa qualquer ilação) que eles pagavam a mais, para ter a transa com elas, sem preservativo.

Como a AIDS parece enlouquecer algumas pessoas, elas, soropositivas, aceitavam a barganha e não pensem que estes homens com aliança procuravam uma relação sexual onde ele “faria a parte ativa” porque, conforme elas me contavam, a esmagadora delas vivia a frustração de terem literalmente transformado seus corpos, de forma a se tornarem esteticamente femininas, eram procuradas para fazer o papel ativo e, se alguém, do sexo feminino, for casada com um homem com “horários estranhos”, que se protejam, pois eu não sou capaz de prever o que eles estão fazendo por aí e eu as aconselhariam a fazer o teste rápido e terem certeza de seus status sorológicos e, se ainda forem não reagentes, que passem a exigir o uso de preservativo na hora da relação sexual e a exigência (eu sou dado a medidas extremas) de um teste semestral para HIV.

Eu teria muito a dizer, mas creio que já disse o bastante, mostrando que há vulnerabilidade maior para “indivíduos do sexo feminino” e isso se potencializa (infelizmente) dentro do casamento, que poderá ser visto no vídeo que vou incorporar a este artigo agora mesmo e, abaixo do artigo, um formulário.

Observem que a parte de responder por mensagens vindas de formulários são de responsabilidade minha e, neste momento, eu tenho um pouco mais de cem mensagens para responder. E eu respondo a todas, mas no momento em que eu consigo chegar a elas.

Take care. Cuide-se bem (procure no Youtube por cuide-se bem, Guilherme Arantes).

Se você olhar pelo site afora, verá que há muitas fotos minhas e ninguém diria que eu vivo com HIV a 22 anos.

É tempo. 2:37.

Agora e revisar e agendar a publicação para hoje, as 16:30

Cláudio Souza

Nota importante: Parte deste artigo foi fundamentada no artigo da Agência Brasil de Notícias, neste link:

Unicef alerta: mortes por aids entre adolescentes mais que dobraram desde 2000

Versão para impressão na Agência Brasil

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

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