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Imagine-se com HIV! Tem uma ideia do preconceito?:

Imagine-se com HIV! Porque é bem fácil falar que entende, mas, você já se pôs ali? No espelho?

Eu, Cláudio Souza na campanha Da ONU Brasil: E se fosse você? E Eu te dou a dica: Imagine-se com HIV!

Pessoas de diferentes grupos sociais enfrentam em seu dia a dia situações de discriminação. São maltratadas ou estigmatizadas por serem mulheres, negras, soropositivas, gays, nordestinas, viverem com uma deficiência, entre outras características.

Para combater o problema, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) lançou este mês a campanha #EseFosseComVocê?, em parceria com a Rede Globo. E o Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) ouviu relatos de como é viver sob a violência do preconceito.

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Carlos Magno, Lecir Magalhães, Claudio Souza, Claudia Luna e Carlos Botelho. Arte: UNIC Rio

Pessoas de diferentes grupos sociais enfrentam em seu dia a dia situações de preconceito. São maltratadas ou estigmatizadas por serem negras, soropositivas, gays, nordestinas, viverem com uma deficiência, entre outras características alvo de discriminação no país.

Para combater o problema, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) lançou este mês a campanha #EseFosseComVocê?, em parceria com a Rede Globo. Estrelada pelos Embaixadores de Boa Vontade do UNAIDS, Mateus Solano e Wanessa Camargo, a iniciativa busca provocar uma reflexão sobre como cada pessoa reagiria se fosse confrontada com uma situação de discriminação.

Quem são as pessoas que sofrem preconceito? O Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) colheu depoimentos de pessoas que sofrem com preconceitos por sua cor, orientação sexual, estado de origem, sorologia ou deficiência física. Todos disseram que suas experiências os motivaram a lutar por um mundo livre de discriminação.

Leia abaixo os depoimentos:

Claudio Souza, f

Claudio Souza, fundador do site Soropositivo.org

Em 2014 ou 2015, eu estava desempregado, tão desesperado para trabalhar, que apesar de ter uma vida pessoal e financeira mais ou menos equilibrada, aos 50 anos apresentei meu currículo para trabalhar como atendente de telemarketing.

Fiz uns testes e fui muito bem. Pediram uma segunda bateria de testes: passei também nessa nova fase, e entreguei meus documentos para o registro em carteira. Disseram que voltariam a entrar em contato em 15 dias para realizar o treinamento inicial.

Minha esposa notou que chegamos no 17º dia sem que ninguém tivesse me ligado. Fui, então, à empresa e expliquei a situação. Uma moça buscou no computador, mas não encontrou informações sobre mim. Chamou outra pessoa, que me levou ao Departamento Pessoal. Me entregaram os documentos de volta. Não era a primeira vez que isso acontecia.

O preconceito
se tornou
mais hipócrita.

Já havia acontecido em Piracicaba (SP), quando entreguei o número do meu PIS (Programa de Integração Social) para um outro emprego. Também acabei não sendo registrado. Quando descobri ser portador de HIV, 20 anos atrás, podia sacar o FGTS com um código específico para soropositivos que podia ser alterado, mas, na época, não alterei.

Isso passou a acontecer comigo a partir de 1997. Quando ia ser registrado em um emprego, as coisas mudavam. Acabei desistindo de procurar. Vivo do apoio financeiro da minha esposa e do que eu consigo fazer, como vender na internet produtos que importo da China. Mas com toda essa crise econômica, tenho feito a média de duas ou três vendas por mês, enquanto eram três a quatro vendas por dia anteriormente.

Fico triste por ter necessidade de depender da minha esposa. Durante muito tempo, foi difícil manter o site Soropositivo.Org. Dois anos atrás, a empresa que administra o WordPress deu três anos de hospedagem gratuita, que vence em março de 2018. Tenho que juntar uma importância em dinheiro para conseguir mantê-lo.

O preconceito se tornou mais hipócrita. As pessoas reagem bem quando você diz que é portador do HIV. Mas quando têm a oportunidade de se afastar, se afastam rapidamente. Não é em todo lugar que você é bem aceito. Não dá para saber se é por causa do HIV ou se a pessoa simplesmente não gostou de você. Chega um momento que a gente passa a não perguntar mais sobre o que aconteceu


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