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HIV e Sexo Vaginal – Os Riscos Para Mulheres e Homens

HIV E Sexo VaginalO sexo vaginal é uma das principais formas pelas quais uma pessoa pode se infectar com o HIV. De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, é responsável por cerca de 6.300 novas infecções entre mulheres a cada ano nos Estados Unidos.

E cerca de 2.800 novas infecções entre homens heterossexuais.1

Globalmente, os números são consternando ainda mais. Enquanto a transmissão sexual do HIV nos Estados Unidos é mais alta entre homens gays e bissexuais (representando cerca de 26.000 de todas as novas infecções por ano), os heterossexuais são de longe o grupo mais afetado em todo o mundo.1

Pois isto é especialmente verdadeiro na África, onde a maioria das novas infecções são entre heterossexuais. Nessas populações, o sexo vaginal é a via predominante de infecção.2

 

HIV e Sexo Vaginal e os Riscos

 

Contudo, ao discutir o risco de HIV, as pessoas muitas vezes tentam determinar qual “tipo” de sexo é mais arriscado.

Se o vaginal, anal ou oral. De um ponto de vista puramente estatístico, o sexo anal é considerado a atividade de maior risco, com um risco quase 18 vezes maior de infecção em comparação com o sexo vaginal.

Mas esta avaliação é um pouco enganadora, pelo menos do ponto de vista individual. Pois, embora o sexo vaginal possa representar um risco “menor”. Comparativamente, os números não levam em consideração a forma como a doença se distribui entre homens e mulheres. Nem sequer as vulnerabilidades que colocam alguns indivíduos em risco extremamente alto de infecção.

As mulheres têm três a quatro vezes mais probabilidade de contrair o HIV dos homens do que o contrário. Uma mulher jovem tem mais probabilidade de contrair o HIV em seu primeiro encontro sexual do que seu parceiro masculino.

Existem alguns homens que têm muito mais probabilidade de contrair o HIV do que outros. Estudos têm mostrado, por exemplo, que homens não circuncidados têm duas vezes mais chances de contrair HIV após sexo vaginal do que homens circuncidados.4

A mim, an passant, a circuncisão, por fimose, de nada valeu!

Vulnerabilidades variar por indivíduo, por isso, avaliar o que o risco real de sexo vaginal requer uma melhor compreensão dos fatores que lugar algumas mulheres e homens em maior risco do que outros.

Fatores de risco em mulheres para HIV e Sexo Vaginal

O risco de HIV devido ao sexo vaginal desprotegido é maior entre as mulheres por uma série de razões. Do ponto de vista fisiológico, os tecidos da vagina (epitélio) são muito mais suscetíveis ao HIV do que os do pênis.

HIV é capaz de passar por esses tecidos quando o sistema imunitário reconhece o vírus invasor e enviar células defensivas.

Mas o HIV vira a mesa e ataca as próprias células CD4! Aquelas  destinadas a neutralizá-lo. Ao fazer isso, o corpo ajuda a facilitar sua própria infecção. E, como a área de superfície do epitélio vaginal é muito maior do que a da uretra masculina, a chance de infecção aumenta de forma exponencial.

Outras vulnerabilidades fisiológicas incluem:

  • As células abaixo da superfície do colo do útero são especialmente vulneráveis ​​ao HIV, especialmente durante a adolescência, a primeira gravidez da mulher ou na presença de uma infecção sexualmente transmissível (IST) como clamídia ou papilomavírus humano (HPV).
  • Mulheres com infecção do trato genital, seja bacteriana, viral ou fúngica ter maior risco. Alguns estudos sugeriram que a vaginose bacteriana está associada a um aumento no risco. 
  • A duração da exposição e do volume de fluido infectado também são factores-chave no contágio.
  • Como tal, o sexo desprotegido pode aumentar o risco de HIV em uma mulher se o homem ejacular em sua vagina.
  • Feridas abertas ou úlceras de DSTs como a sífilis podem aumentar o risco em homens e mulheres. Nas mulheres, entretanto, as feridas costumam ser internalizadas e passar despercebidas.
  • As práticas de ducha também podem alterar a “boa” flora bacteriana da vagina, embora issoesteja aindaem debate.

A PrEp Não  É Tão Segura para Mulheres

Embora o uso diário de um medicamento para o HIV chamado profilaxia pré-exposição (PrEP) possa diminuir drasticamente o risco de HIV.

Mas, há evidências de que não funciona bem em mulheres. Pesquisa publicada em 2016 sugere que o nível da molécula do fármaco ativo no tecido vaginal não é tão alto quanto no tecido retal.

Vulnerabilidades Sociais Femininas Ignoradas

Nada disso, é claro, leva em conta nenhuma das vulnerabilidades sociais que podem colocar as mulheres em maior risco. Isso inclui a violência sexual em relacionamentos que não apenas rouba a chance de autoproteção da mulher, mas pode resultar em danos ao delicado tecido vaginal.

Pobreza, normas sociais e desequilíbrios de gênero garantem ainda mais que qualquer domínio que um homem possa ter fora do quarto se estenda ao quarto também. Tudo isso contribui para taxas mais altas de HIV em mulheres.

HIV e Sexo Vaginal Fatores de risco em homens

Bem, o fato de os homens serem menos suscetíveis nao servepara subestimar seus riscos de infeção. Mais uma vez, eu que o diga, né?

Sabemos, por exemplo, que um pênis não circuncidado pode facilitar a infecção devido ao ambiente rico em bactérias abaixo do prepúcio. Pois, em resposta, o corpo irá produzir um tipo de célula dendrítica para ajudar a controlar as bactérias.

Quando um homem tem relações sexuais desprotegidas com uma mulher seropositiva, células de Langerhans pode “agarrar e arrastar” o vírus e apresentá-la a células-T CD4.

E isso facilita, inadvertidamente, a infecção pelo HIV. As infecções sexualmente transmissíveis e infecções do trato genital podem aumentar ainda mais o risco.

Do ponto de vista cultural, a definição de masculinidade da sociedade pode muitas vezes normalizar a “aventura sexual masculina!”. Ele cria um padrão duplo que pode colocar um homem em maior risco de contrair o HIV. Por associar virilidade a múltiplas parceiras sexuais, como fez o babaca aqui! Bem como outros comportamentos arriscados… arriscadíssimos!

Vulnerabilidades compartilhadas

Existem vulnerabilidades que aumentam a probabilidade de infecção em homens e mulheres. Beber, ou consumir drogas diminui as inibições e afetar a capacidade da pessoa de fazer escolhas seguras. Dentre elas o uso de preservativos.

Qualquer aumento na carga viral do parceiro infectado (a quantidade de vírus no sangue) aumenta o risco para o parceiro não infectado.

Uma carga viral alta durante a infecção aguda (o estágio imediatamente após a exposição) está associada a um aumento no risco de HIV.

De acordo com os estudos PARTNER1 e PARTNER2. Estudos que duraram de 2010 a 2018, ter uma carga viral indetectável reduz o risco de transmissão do HIV a um parceiro não infectado a zero. Quer seja para sexo anal ou vaginal.

Risco Por Exposição

Do ponto de vista de risco por exposição, a possibilidade de contágio por HIV, a partir de um único ato sexual. A transa em si. E também com a carga viral do parceiro VIH-positivo. E até mesmo a parte do mundo em se que vive!

Mas, indo além, estes números não levam em conta outros fatores que podem aumentar o risco, incluindo a presença de uma DST, uso de drogas injetáveis, ou uma infecção co-existente, comohepatite C.

Risco de exposição acidental

Se você acha que pode ter sido exposta, ou exposto ao HIV, seja por meio de uma explosão de preservativo de sexo anal sem camisinha, existem medicamentos que podem reduzir muito o seu risco de infecção.

É a PEP.

PEP consiste em um curso de 28 dias de medicamentos antirretrovirais, que deve ser tomado na íntegra e sem interrupção.

Para minimizar o risco de infecção, PEP deve ser iniciado o mais cedo possívelde preferência dentro de 36 horas deexposição.

Um ponto a se refletir – HIV, riscos de Contágio e “Gerenciamento de Riscos”

Avaliar o seu risco pessoal de HIV nunca deve ser um jogo de números. Quer as chances sejam de uma em 10 ou de uma em 100.000 é importante lembrar que você pode pegar o HIV depois de apenas uma exposição.

PrEP Mais TARV

Além da PrEP, você deve garantir que seu parceiro esteja em terapia antirretroviral se ele ou ela tiver HIV. Isso pode eliminar o risco de transmissão. E não se esqueça do preservativo está associado a uma redução total do risco se usado de forma correta e consistente.

Ao formular uma abordagem holística para a prevenção, você pode continuar a ter uma vida sexual saudável enquanto protege a si mesmo ou a um ente querido do risco do HIV.

Porque, veja vem. Embora eu diga, repita e insista que há vida com HIV, porque em verdade o há, viver sem o HIV é a melhor opção! Eu vivia em erro, pois cria, lá no íntimo, que contrair HIV era morte e ponto.

A Morte Possível

Ponto! Eu acreditaca que queria morrer, até dar de cara com a realidade da “morte possível”. É interessante ter em mente que todas as mortes são possíveis, ou certas. Mas que viver com qualidade e felicidade, sem HIV, é bem mais fácil.

Cuide-se, pois, se quem ama, cuida, que se ama, se cuida.

“Né não”!?… 😉


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