Eu tenho por política editorial nunca publicar nada no dia 1º e dezembro! Afinal, tanta gente fica em silêncio pala quase totalidade do ano, com a honrosa excessão da MTV, que eu não quero me arriscar a empanar-lhes o brilho ou lhes fazer concorrência. É por isso que, quase uma semana depois, eu divulgo esta entrevista, que muito nos honra, em nosso trabalho, por parte do Wordpress Brasil.
É uma grande realização conseguir chamar a atenção de uma mídia de tal alcance (planetário) e eu não ia deixar de falar nisso.
Dei tempo ao tempo e, se não coloco uma foto mais nova aqui é porque não tenho sido fotografado com tanta frequência e, como bem diz a Drª Vera Paiva, do Nepaids, é preciso dar, sim, a cara a tapa, e eu não encontro um só pretexto para não o fazer, posto que já no início da década de 90 eu dizia a qualquer pessoa que sou portador de HIV e, agora, depois de mais de vinte anos, aqui no Brasil, eu nunca tive problemas jurídicos ou de qualquer natureza por conta desta “virose”.
Bem, eu não vou dar excessivos tratos à bola porque está evidente o que eu digo sub-repticiamente.
Eu coloco a introdução da matéria neste post e linko para o original. É uma boa leitura, recomendo a todos. :-)
Antes, o entanto, eu passo a palavra à Drª Vera Paiva no “Guerrilha”
Soropositivo.org: Você foi inicialmente desacreditado pelos médicos, quando percebeu que existia vida após o HIV?
Eu fui diagnosticado em novembro de 1994, naquela época sequer havia tratamento. Eu me lembro muito bem da expressão da pessoa que deu o diagnóstico, dizendo que eu teria, apenas, mais seis meses de vida. Quando eu saí do CRT-A (Centro de Referência e Treinamento em AIDS) eu ouvia em minha cabeça, repetidas vezes, a expressão em inglês dita a um condenado à morte: “Dead man walking”.