Óleo de Canabidiol E AS Distorções da Verdade…

Vi um trecho de entrevista, com uma edição maliciosa, diria mesmo capciosa, em um determinado programa, que gerava uma espécie de lógica circular, modo de falar de programador, onde o apresentador fala das virtudes do clonazepam (Rivotril) e que o grande risco está no “uso recreativo do rivotril”.  (Só ele sabe fazer isso! Santa ignorância!)

Coisa que considerei deveras curiosa, pois, pessoalmente, nunca ouvi falar do uso recreativo do Rivotril. 

No contexto atual, o trecho de entrevista não toca nisso e não dou IBOPE para certas “produções culturais”, tenho de partir da lógica e concluir, olhando inclusive para o derrame de estupidez que se diz nos comentários, que a entrevista tratava, na verdade, da grande e genial, considero aqui que não se cutuca onça com vara curta, medida do CFM de banir a importação de Cânhamo para uso medicinal.  A pessoa que está em debate diz que tudo depende da quantidade.

A entrevistada rebate que tudo se relaciona com a quantidade usada, posto que mesmo água pode matar. Neste ponto a edição se torna circular e volta para o “entrevistador” que novamente reza as “virtudes do Rivotril” e fala deste misterioso uso recreativo do mesmo.

Já conhecia os perigos do uso excessivo de água, dei uma olhada, fiz a pergunta ao Oráculo em português e é inglês e é copioso o volume de informações que explica o risco de fatalidade ao ingerir muita água. Afeta a “homeostase” do organismo, “seu equilíbrio”.

A quantidade de comentários levantando argumentos sem base científica, ou tentando ser engraçado — a única forma da água matar quando em abundância é como no naufrágio Titanic.

“Comparar água com maconha”, dizem alguns. Outros dizem ser droga uma “roleta russa”. Reconheço que pode ser, e muitas vezes é, mas existem drogas e drogas, basta olhar para as ruas…

Este texto prossegue em meu perfil, Claudio Souza Dreamweaver DJ (@claudiosouza25_hiv) • Fotos e vídeos do Instagram:

Me pergunto se todos eles são abstêmios, se não saem para a ceva no happy hour… álcool também é droga, socialmente aceita, comercialmente bem-vinda, contudo é um dos grandes desagregadores familiares e sociais, fonte e nascedouro de muitas tragédias.

É bastante claro que o uso recreativo da maconha pode trazer problemas, mas não está muito clara a eficiência de se proibir pesquisa científica legítima, e tratamento médico, cientificamente comprovado em todo o planeta, inclusive na “queridinha América” de muitos destes moralistas de plantão que compõe a “Patrulha Ideológica”. 

O tratamento com óleo de canabidiol foi e é, para muitos, é a última e desesperada fronteira no afã de mitigar, ou mesmo resolver, com eficiência notável, problemas de saúde de gravíssima monta como transtornos do espectro autista, dores neuropáticas e polineuropáticas, por HIV, Diabetes, as que eu sentia ininterruptamente, hora após hora, dia após dia, semana e mês após mês ao longo de anos, dores fibromiálgicas, disturbios neurológicos importantes como epilepsia, transtorno bipolar, transtorno da depressão, transtorno da Ansiedade, transtorno da depressão maior, dentre outros, com o pretexto, quase inocente de tão infantil, de evitar o consumo recreativo e, como eles crêem, o tráfico de drogas conectado a isso.

Este tráfico já existe, é próspero e pujante. Ele não nasce, ou morre, nesta importação legal e sua proibição! 

O triste cenário da cracolândia é um mostruário da dificuldade dos órgãos ditos competentes em resolver o problema e se o que falta é vontade política, recursos econômicos ou humanos, não o  sei. Vi a cracolândia nascer, crescer, se fazer graúda ao longo de mais de trinta anos. É um problema estrutural que certamente tem longas raízes estruturais onde falta tudo, desde comida até educação. Vi uma menina linda procurando emprego por meses, com diversos, diversos e diversos cursos na área de segurança privada e, cansada da falta de oportunidades, dizer: “Que de dane”, e mergulhar nestas águas tão turvas.

Droga é uma palavra que descende, etimologicamente falando, da palavra holandesa “droog” que traduzida em bom português significa “folha seca”. Como sei disso? Trabalhei 22 anos na prevenção ao HIV e a aids, bem como a este pegajoso e rançoso preconceito que a tudo permeia na sociedade, bem como trabalhei, por consequência, na redução de danos que, para estes virtuosos, é ininteligível, reconheço, mas aponto à má-vontade em se informar como causa primária, secundária e terciária desta incapacidade de compreender e, usando uma palavra da moda, falta empatia, o sentimento, não empatia, o verbete.

No caso do cânhamo (maconha mesmo) e seus derivados medicinais, importados com fins de pesquisa e medicinais, ou produzidos em solo nacional, existem órgãos juridicamente encarregados desta importação, da fiscalização da produção e distribuição. O óleo de CBD que uso foi impoirtado com preenchimento de formulário da ANVISA. Posso orientar quem precisar sobre como o obter, basta me procurar pelo DIRECT em meu perfil no Instagram e ter alguma paciência com minha resposta

Há farto material comprovando os benefícios terapêuticos do uso de “óleo de canabidiol puro”, uma das expressões do CBD, bem como do uso de óleo CBD com baixas concentrações de THC e os órgãos de controle americanos são “quase ferozes” na fiscalização dos montantes deste THC permitidos. O óleo de CBD que tomo tem uma concentração de 0,003% de THC. Um peso nulo em meio aos benefícios que o produto, um remédio, uma droga nascida, como tudo o mais no “caleidoscópio medicamentoso”, de “folhas secas”; um chá de camomila, sob esta ótica, nada mais é que uma droga calmante.

Existem, claro, medicamentos com maiores concentrações de THC e, todavia, estas concentrações obedecem anormas técnicas de segurança, por exemplo, do FDA, nos EUA e da ANVISA, no Brasil. O produto é amplamente comercializado em países europeus e somente em nações onde a liberdade de pensar sofre limitações, um objeto de desejo de muitos aqui no nosso Brasil.

O álcool, já citado aqui, é vendido aos copos, litros, barris e os moralistas em geral, claro existem honrosas (e raras) exceções, não ligam muito para isso, bebericando aqui e ali, socialmente, sendo este costume a porta de entrada para o alcoolismo, tragédia na vida de incontáveis famílias do mundo, causando acidentes de trânsito onde diversas vezes quem perece não consumira uma só gota de álcool!

Não nego que o óleo de canabidiol pode trazer problemas. Tudo pode trazer problemas! Reconheço haver distorções, contudo, a balança pende muito mais para o prato dos benefícios e, no prato dos malefícios, existe, sim, como fica claro no que vi durante esta madrugada, muita gente que fala demais sobre o que sabe de menos.

Aqueles que, ao dizerem que a entrevistada, ao dizer que a água pode matar, perdeu a credibilidade, chegarão ao fim deste texto, se forem pessoas realmente interessadas na verdade, com outra opinião. Todavia, custo a crer que possa existir muitas pessoas interessadas na verdade em meio à acidez daquela malta…

Mais interessante é que não falta informação falando destes temas ali tão levianamente abordados e, não existe.

Fiz busca diligente, e não encontrei um só parágrafo tratando do uso recreativo do Rivotril e, tanto quanto sei, o apresentador foi “infeliz” em sua comparação. É dever do formador de opinião buscar informações sobre o que planeja falar em sua “produção” sob o risco de, como senti, soar como tendencioso ou “desinformado”. Ou então de não planejar sua programação. Bem, talvez ele conheça algum uso recreativo para o Rivotril que seja diferente de dormir. Talvez mistura-lo com bebidas alcoólicas, entrar em coma e morrer possam ser atividades recreativas para alguns, passo a vez!

Pois bem, aqui traduzo alguns parágrafos sobre os riscos de ingestão excessiva de água, sigo escrevendo após estas traduções. Considerem este pequeno esforço um gesto de cortesia e iluminação:

Danos do uso excessivo de água

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