Perguntou-me o WordPress Que profissão eu gostaria de exercer.

Quando eu era criança, em 1971 minha mãe pôs um discos para tocar em uma vitrola, aparelho digno de uma descrição que me omitirei em fazer e so esta música e presetem atenção em como ela começa:

Esta nota, esta dissonância do grave mexeram comigo e uma voz, que ainda não sabia falar, me mandou uma mensagem cifrada:

 

Meu pai, um homem rude, não conseguiria compreender um filho que quisesse viver de música, mas eu queria, queria tanto, que teria feito qualquer coisa para conseguir isso. Eu quero colocar aqui eu quero colocar aqui que amava meu pai mais do que tudo, e quando ele sorria, sentia crescer dentro de mim uma Alegria, que me fazia quase sentir vergonha de tanta Felicidade a minha!

Meu pai sempre foi um homem trabalhador, que acordava às 4 da manhã e chegava em casa sempre perto das 11 da noite fazendo hora extra. Isso tinha lá seus motivos, aposto que ele tinha comprado um terreno grilado em um bairro chamado lar nacional, e a reintegração de Posse poderia acontecer a qualquer momento!

Lembro-me de ele me perguntando o que eu queria ser quando crescesse e disse que queria tocar músicas para fazer as pessoas dançarem. Levei dois tapas, um com as costas da mão, na boca e outro de retorno, na face…

Eu me lembro de uma época em que me fazia horas extras em sábados domingos e feriados e em determinado momento ele me surpreendeu dizendo que não diria guia férias, e me acordou às 5:00 da manhã, para que eu começasse a aprender a ser gente!

Ora bolas eu estudava no Jardim Quarto Centenário no SESI 328 chegava em casa e já fazia a lição de manhã eu gostava de sair para brincar com meus amigos, mas nunca tinha acordado tão cedo, em especial, para me tornar gente!

É que segundo ele mesmo, ele fora criado no cabo da enxada desde os 5 anos, quando ele morava lá em Pedregulho, uma cidade que fica a uns 70 km de Franca na qual eu estive algumas vezes, em busca de minhas próprias origens.

Não, não as minhas origens não estavam em Pedregulho ou na cidade de Franca as minhas origens estavam aqui em São Paulo, a Terra das oportunidades!  Pois até a década de 70, O estado de São Paulo e em especial as idades Paulo eram conhecidas assim como a Terra da oportunidade. E meu pai estava querendo me ensinar, ou me doutrinar a ser gente, no ritmo dele que é porque aprendeu a viver no cabo da enxada! Mas eu IA à escola todos os dias tirava boas notas, aprendia bem sempre fui curioso e esta é a chave de um bom aprendizado!

Contudo, esta mudança dele, de me acordar todos os dias às 5 da manhã, para eu aprender a ser gente, era só a ponta do iceberg com a qual eu IA colidir!

Meu pai se tornou, para comigo, um homem violento, bruto em suas palavras e ainda mais bruto em suas pancadas até então eu nunca apanhava de meu pai!

Se eu fosse dizer, e latinha por qualquer coisa e por qualquer razão, anos mais tarde numa conversa com dona Helena minha mãe que me abandonou junto ao meu irmão, para ficar com a besta fera que era meu pai, e ela me explicou muitas coisas: ele batia em mim para a ferir.

E outro dia eu me lembrei dela se ajoelhando para ele parar de me bater. Meu pai tinha uma amante, e talvez seja essa a razão de de tantas horas extras, afinal manter 2 casas, ou mesmo uma casa e uma amante, que pode custar muito caro!

Eu sei que as coisas foram ficando de uma maneira que quando eu tinha 9 anos eu não me identificava com uma música do Paulo Sérgio, intitulada “não creio em mais nada”. Uma pausa para vocês ouvirem algo em que uma criança de 9 anos estava se identificando

 

Eu ouvi metade dela aqui, para sentir as coisas que eu sentia naqueles dias e era muito difícil é uma tristeza sem fim uma dor existencial, em uma criança destruída aos 9 anos de vida!

Desejos de mim, germinando e crescendo a vontade de ser de DJ sem ao menos saber o que era um DJ, é para rir mesmo, é para rir mesmo.

Um pouco depois nós nos mudamos quase que fugidos do lar nacional para Arthur Alvim, era uma Casa Grande 6 cômodos com um terreno imenso e eu acreditei que viveria ali o resto de minha vida, mas não, o tempo que eu permaneceria ali seria muito curto!

Quando eu fiz 10 anos ele está na quarta série, sim, sim, na quarta série como professor Domingos popular Domingão.

É eu ia bem na escola, não tinha as melhores notas da escola, mas tinha boas notas só que neste ano minha mãe foi embora de casa e me deixou com meu irmão no colo vivo sem que eu pudesse sair para ir à escola, existe mais a ser contado aqui, mas não cabe neste poste, e será publicado em meu livro memórias de um homem da noite eu tinha pouco menos de 11 anos como dona Josefa entrou em minha vida e tive a Esperança de que os espancamentos diminuíssem, mas eles recrudesceram de tal forma que vi que se eu continuasse a viver com ele eu acabaria por morrer.

Tem até o emblemático episódio do guarda-chuva, mas esse texto está reservado ao meu livro, mas esse episódio me deu a certeza de que eu morreria mais cedo ou mais tarde nas mãos dele e decide fugir.

Eu fugi e fui procurar Socorro com a minha mãe, ligou para o meu pai que disse que não que quem tinha o direito da guarda era ele, devido à deplorável figura jurídica do abandono de lar, e ela me mandou voltar para casa, e eu disse estou indo e nunca mais voltei!

É um exagero da minha parte dizer nunca mais durante pelo menos 4 oportunidades, em 4 décadas diferentes, eu tentei uma reaproximação com ele e na quinta, ele aprontou mais do que em todas as outras posto que insultou minha esposa e minha sogra que nem estava no carro quando ele cismou que me olhar tinha que parar um carro na sexta faixa de rolagem da marginal na pista expressa para ele descer e tomar um trem!

Depois disso, eu só fui vê-lo novamente em seu leito de morte, porque eu precisava dar a ele a paz necessária para que ele fosse embora, mesmo que ele não a merecesse. O que eu disse a ele, estará em meu livro, mas foi nessa época em que saí de casa a que eu me enturmei com o pessoal da clave disco dance e comecei a minha longa caminhada até os toca-discos!

Eu colhi cartaz com cola lambe-lambe, eu distribuo convite só para moços na porta de escola depois o Sam passou a me deixar a distribuir só para as meninas, aí ele me deixou entrar na discoteca para agitar o canhão de luz, e ele me deixou operar até mesmo a mesa de numeração da discoteca que ficava lá nas soci em Arthur Alvim eu estava a poucos passos de começar a aprender a lidar com o mix os toca discos quando meu pai descobriu que eu estava fazendo e foi me buscar lá na porta do baile fazendo um escândalo de tais proporções com espancamento até a rua de casa que eu nunca mais fui entrar na soci. Parecia que o sonho estava acabado, mas eu nunca soube desistiu, e sabia que eu IA continuar em contato com este mundo de alguma forma.

Depois do último espancamento de meu pai, e este é um resumo de tudo que eu passei eu optei por morar nas ruas e entre 1974 e minha e 1981 eu escolhi morrer nas ruas se preciso fosse, ou sair delas vitorioso!

Eu vou tomar um atalho bem rápido aqui, mais uma garota de programa se interessou pela minha situação e perguntou o que eu queria e eu sem pensar 2 vezes respondi trabalhar.

E ela olhou para mim e disse então você quer trabalhar certo? Respondi que sim, ponto. Assim,  ela me disse, eu vou te ajudar.

E me arranjou um emprego de lavar 2 vidas pratos na boate Louvre e fiz amizade com o gaúcho era o sonoplasta da casa E depois que terminava o serviço de lavar pratos na boate, que raramente passava das 11 da noite, eu ficava lá conversando com ele, fazendo perguntas para as quais eu já sabia a resposta e assim fui fazendo amizade com ele.

É de que um dia disse para mim o seguinte: olha Cláudio eu estou querendo parar de trabalhar aqui na região estou querendo voltar para minha Terra então vai ficar faltando um sonoplasta para as casas por aqui e eu percebi que você tem um talento para a coisa e quero te ensinar. Topas

e se eu pudesse escrever no céu em cor-de-rosa e lilás que topava eu escreveria. E assim eu fui eu ajudei na reforma das caixas acústicas que me deu alguma bagagem a mais em uma bagagem que eu já tinha e eu acabei indo trabalhar no Bellamy que também ficava ali na rua Bento Freitas esquina com a rua Aurora.

No fim das contas, 14 anos depois menos que isso, quando eu tinha 30 anos fui diagnosticado com HIV e assim eu descobri que todos os amigos que eu não tinha eu realmente não tinha! Tive de recomeçar a minha vida do zero, mas isso está em outro texto, eu vou deixar o link aqui para vocês, eu só sei que eu quero terminar essa postagem como uma versão nova da mesma música que um dia me fez decidir me a ser DJ sem nem saber o que era ser DJ.

E ser DJ é parte importante de eu ser quem sou! Eu toco ocasionalmente, namoro a ideia de fazer um canal, cuido de meu aquáriol e depois de muito bater cabeça, pois 20 casamentos, em nove anos, estar em um só por 22, bem, isso é sinal que achei minha alma gemea, me sinto um homem realizado que, sim, ainda tem muita lenha para queimar

 

 

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