Relacionamento Sorodiscordante por Natasha Roxy

Na minha adolescência, nos anos 90, a AIDS era a grande vilã de quem fazia sexo sem camisinha e ainda é; minhas tias e tios diziam que isso de pegar AIDS era coisa de gente promiscua que vivia em busca de sexo sem compromisso e aventuras…

Mas sabemos que não é bem assim…

Quando me olhavam e viam que eu era uma “Menino afeminado” diziam…

“Cuidado, promiscuidade mata”

“Cuidado, já vi vários iguais a você definharem na cama de um hospital”

“A AIDS está aí se cuida, usa camisinha”

A maioria das frases eram muito preconceituosas pois associavam o fato de eu ser aparentemente um menino com “pré-disposição a ser “homossexual” ou, no caso, transexual, que é o que sou hoje, conforme profunda analise de minha psique…

O estigma entre as pessoas era muito exacerbado… não podiam ver um gay ou uma travesti magrinha que logo cochichavam “nossa está magra…deve estar aidética.”

Hoje em dia, no entanto,  é fato que as pessoas estão com as mentes mais abertas com relação a isso, prova disso é a relação de pessoas sorodiscordantes; conheço muitos casais que se cuidam se previnem e mantém um relacionamento comum como qualquer outro livre de preconceitos e estigmas do passado…

Podemos dizer que a conscientização em se prevenir e se cuidar entre o casal é um fator importante, mas não podemos esquecer que também o maior fator é que as pessoas estão amando muito mais!

Amando sem os tais estigmas e preconceitos, aceitando as diferenças sabendo o que é certo e errado…

Não há diferença com relação aos casais sorodiscordantes com os que são soronegativos.

Há apenas a consciência de que as pessoas são diferentes e ao mesmo tempo iguais em direitos.

Amar e se cuidar é o mais importante hoje em dia!

Nota do editor de Soropositivo.Org: Embora eu não veja a questão do respeito às pessoas vivendo com HIV ou AIDS com o m,esmo otimismo da Roxy, meu papel fundamental com Natasha é dar-lhe voz a qualquer preço.

Estive pesquisando, porque eu também preciso aprender, um pouco sobre transexualidade e encontrei material fartíssimo na Wikipedia, que sugiro neste link, que abre, sim, nesta mesma aba do navegador.  Recomendo-o às pessoas mais abertas para que possam observar que estas “novas idéias” não são tão novas assim, e aos estúpidos que autodeclaram _homofóbicos_ (peço minhas sinceras desculpas ao Clube dos estúpidos). Peço, por gentileza, que analisem as questões abaixo e opinem com honestidade a respeito destas questões

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