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A Discriminação de soropositivos no Mercado de Trabalho

A AIDS é uma doença que afeta o sistema imunológico dos infectados. Porém, deveria estar longe de afetar a convivência ou proporcionar razões para discriminação, especialmente no mercado de trabalho.

 

A doença só pode ser transmitida por meio de relações sexuais sem a devida proteção da camisinha, por meio de transfusões sanguíneas e por meio do contato do sangue do infectado com sangue da vítima. Assim, o convívio com um indivíduo que possui a doença não pode acarretar em nenhum problema, mas, pelo contrário, ajuda esse indivíduo a entrar novamente no convívio social sem ser discriminado de forma desonesta.

No final do ano de 2013 foi criada uma campanha na Alemanha cujo slogan era “Viver positivamente juntos”, sendo esta parte das ações criadas para o Dia Mundial de Combate à AIDS. Assim, essa campanha foi importante para mostrar à necessidade de ser solidário com os portadores, até porque eles não podem lhe prejudicar de forma alguma.

Essa discriminação com os portadores do HIV está presente principalmente no ambiente do trabalho, o que é muito negativo, afinal, esse é um dos locais em que a pessoa mais convive em seu dia a dia, e se a convivência for ruim, é claro que isso acarretará em muitos problemas.

O Holger é um exemplo de indivíduo que sofreu discriminação na empresa em que trabalhava quando contou sobre a doença. Porém, seu chefe reagiu tranquilamente. Com o passar dos anos, a sua carreira não foi prejudicada, aconteceu o contrário, já que hoje ele se tornou chefe da agência em que atuava desde a descoberta e ainda faz um bem para a sociedade, arrecadando fundos para instituições de caridade.

No entanto, o principal choque dos seus colegas de trabalho não era unicamente o medo de contaminação, mas o medo de que Holger partisse de um dia para outro. Na realidade, ele unicamente precisava tomar um remédio por dia para garantir que ele não adoecesse por nenhuma das doenças que poderiam ser um risco de vida para ele, como uma hemorragia, tuberculose ou, até mesmo, uma forte gripe. Assim, ele mesmo afirma que ainda se sente forte, e que o principal cuidado de hoje, além da própria saúde, é com a conscientização das pessoas perante a AIDS.

Há algum tempo, as expectativas de manter uma vida normal após receber o diagnóstico da doença eram baixas. Isso ocorre pelo fato de que, há cerca de 20 anos, as formas de conter essa doença eficazmente eram muito poucas. Dentro de meses ou, no máximo, alguns anos a pessoa estava morta, e as considerações eram muito maiores.

Esse foi o caso de uma paciente de nome Angelika, que descobriu que tinha a doença antes mesmo da criação da terapia antirretroviral, que hoje salva muitas vidas. Felizmente nos dias atuais, novas drogas são responsáveis para darem expectativas altíssimas de vida aos soropositivos. Com o passar dos anos, a vida do infectado pela AIDS se torna cada vez mais saudável, e futuramente poderá ser comparada com a vida de um indivíduo normal, não havendo razões para que ele seja discriminado no mercado de trabalho.

No emprego

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As terapias, a expectativa de combate, de vida e de melhora são cada vez mais altas, o que são pontos altamente positivos. Porém, a velha imagem e o preconceito ainda são impregnados na mente de muitos.

Na Alemanha, país de primeiro mundo, 2/3 da população soropositiva ainda trabalha mesmo após descobrirem a contaminação. Todavia, o que faz a maioria largar o emprego não são mais as limitações físicas, como era antigamente. Agora, eles devem lutar contra o preconceito e conta a exclusão.

A expectativa de vida dessas pessoas já é normal, porém, a vida normal ainda não pôde ser resgatada por muitos. Isso ocorre pela falta de conscientização das pessoas e pela discriminação na hora de tratar com o soropositivo, que em nada pode lhe afetar.

Assim, ao adquirir o HIV nos dias de hoje, o principal problema está no combate às limitações sociais, e não mais às físicas. Com a criação de várias organizações e conselhos, além é claro de várias palestras e eventos para promover o conhecimento e a prevenção da AIDS, o número de infectados diminuiu. Na Alemanha, por exemplo, as novas infecções são em média três mil por ano, o que é um número bem baixo.

E, no próprio país, um em cada 1000 funcionários é soropositivo. Assim, a incerteza se torna fonte de desconfiança até os funcionários e seus chefes. Muitas, inclusive, são as empresas que barram a entrada no mercado de trabalho desses indivíduos, não pela proliferação da AIDS, mas pelo receio de que a pessoa fique doente de tempos em tempos, afetando a sua rotina trabalhista.

Porém, isso é totalmente errôneo, afinal, a imagem velha está sendo conservada acima do conhecimento de que os novos métodos previnem ao máximo o aparecimento de doenças nesses indivíduos.

Além da campanha lançada na Alemanha e em diversos outros países para atentar à vivência normal entre os soropositivos e outros indivíduos, outros tipos de campanhas também estão sendo criadas e adotadas por uma variedade de empresas, como é o caso da “HIV no mundo no trabalho”.

O principal intuito desse tipo de campanha é atentar para o fato de que as pessoas com HIV podem e devem manter uma vida normal no trabalho, sem sofrerem qualquer tipo de discriminação, principalmente por algo errôneo e ultrapassado. Empresas como a Deutsche Telekom, Ford, rede de hotéis NH e Ikea já participam da mesma.

No Brasil

O Longo Braço da Lei
Não escapareis, vos que discriminais, todos sereis alcançados pelo Longo Braço da Lei

Assim, foi a partir da aprovação no início do segundo semestre de 2010 da Recomendação de número 200 que a divulgação começou a ser alta no país, para alertar contra a discriminação aos soropositivos.

O texto que já fora aprovado na Câmara aponta para a pena de um a quatro anos de prisão e multa para os que criticarem ou discriminarem os infectados do HIV. Negar trabalho ou emprego, segregar e divulgar a própria condição do doente de forma a ofender ou denegrir a sua imagem são exemplos de condutas que serão consideradas crime.

A ONU lançou no ano de 2012 uma campanha que tinha como principal intuito alertar para os direitos dos soropositivos no ambiente de trabalho. O nome da mesma era “Chegar a Zero no Trabalho”, para levar a discriminação ao que ela deveria ser: equivalente a zero. Direitos humanos, acesso à prevenção e ao tratamento e segurança de caráter laboral foram as perspectivas mais adotadas por tal programa, considerando ainda o ambiente de trabalho.

A principal intenção é conscientizar de que os empregadores, governos e outras organizações sindicais em defesa o trabalhador se renovem a ponto de proteger os indivíduos com HIV, para que tenham um desempenho profissional tão produtivo quanto o de outros funcionários, além, é claro, que possam conviver com dignidade, respeito e conforto no ambiente de trabalho – e em qualquer outro lugar, pois a discriminação no mercado de trabalho só piora a condição psicológica da pessoa com HIV ou AIDS e é bem a tempo que esta lei chega. E chega para ficar


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