sexta-feira, abril 19, 2024
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Ampla Diversidade na Pesquisa de uma Vacina contra o HIV em 2016. E ainda há mais para 2017

by Claudio Souza DJ, Bloqueiro
1 comment
Combate ao HIV

Pode ser que você veja esta imagem e se pergunte qual seria o porquê. A grande verdade é o que se narra neste texto, que menciona, muito adequadamente, uma “corrida armamentista”. Em nosso corpo está se travando, um dia de cada vez, uma guerra que não para nem enquanto dormimos. Obrigado pela atenção neste lugarzinho relativamente isolado, e irrelevante! 🙂  🙂   🙂   🙂   🙂

Pesquisas sobre a eficácia de vacinas contra o HIV em seres humanos estão proximas de seu início; e há outras que podem surgir em 2017!

Vacina contra o HIV está no campo das pesquisas na atualidade, em 2016, provavelmente em seu período mais fértil e diversificado, copioso e prolífero nos dias de hoje, ano 2016, na busca por vacina contra o Vírus da Imunodeficiência Humana, na  II Research for Prevention conference (HIVR4P) como foi dito em Chicago, na semana passada. Uma elevada proporção de apresentações foi dedicada à multiplicidade de abordagens diferentes que os cientistas estão utilizando no sentido de tornar uma vacina confiável e eficaz . Na abertura do plenário, Geórgia Tomaras da Duke University na Carolina do Norte, EUA, deu uma visão geral do campo. Foi um longo caminho para o desenvolvimento de vacinas com eficácia , mesmo que parcial: o primeiro teste de qualquer espécie de vacina foi em 1987 e o primeiro grande teste de eficácia – que falhou – foi em 2003. Mas a RV144 vaccine, que em 2009 mostrou eficácia limitada, reduzindo infecções em por 31% dos sujeitos, injetou novo ânimo no campo. Este não foi menor porque seu efeito pareceu conduzir uma resposta imune inesperada ao HIV.

Durante a Conferência Internacional da AIDS (AIDS 2016) realizada em Durban em julho foi dito que um estudo piloto, HVTN100, de uma vacina contra Tipo-RV144 adaptada para a cepa predominante na África do Sul apresentou evidências de uma resposta imune mais forte à presença do HIV. Isto significava que tinha sido locupletada  a meta  inicial,atingindo os critérios para avançar em direção a um estudo maior, para verificar esta eficácia num maior número de pessoas, isso será iniciado em novembro de dois mil e dezesseis – o primeiro estudo de eficácia e que durará sete anos, desde que HVTN 505 que foi iniciada em julho de 2009.  (nota do tradutor: É preciso ter esperança, mas também é preciso agir com cautela. Uma informação desencontrada pode levar centenas, talvez milhares de pessoas a um destino não desejado).

Como as respostas imunológicas sempre nos surpreendem!

Há uma vacina que surpreende e surpreendeu muito os pesquisadores e, entretanto, verificou-se que a resposta imune vista no HVTN100 apresentou um tipo de resposta que não foi vista na RV144. Nesse estudo, os anticorpos do tipo chamado imunoglobulina G (IgG) pareciam protetores, embora eles não façam o trabalho de atacar o HIV ou as células infectadas, mas, curiosamente, estimulando anticorpos que se não neutralizam o HIV, por outro lado induz o sistema imune a montar um ataque generalizado sobre o HIV.

anticorpos

Estas figuras em formatos de “Y” representam, nesta imagem, os anticorpos. Procure imaginar que esta imagem esférica representa um vírus. Estes “Y “avançam” em direção ao vírus e possuem, em suas extremidades uma determinada forma, específicamente criada para este “invasor”. O que acontece, ou aconteceria no caso do HIV, é que, cedo ou tarde nosso corpo terá produzido os anticorpos “amplamente neutralizantes”, que seriam capaz de “se agarrarem ao vírus” específicamente na extremidade proteica conhecida como CD4 (e está proteína é a “chave para o vírus abrir a porta e entrar na célula” e, quando formamos estes anticorpos bloqueariam todas as “chaves” do vírus e o mesmo ficaria incapacitados de invadir as células. A partir deste ponto eu entendo que deveria haver a destruição do vírus por outro agente que eu não sei nomear, ainda, porque perguntarei à minha infectologista, em fevereiro. O caso é que estes anticorpos chegam “tarde” e o virus já “evoluiu para uma forma resistencia estes anticorpos. Em linhas gerais é isso que poderia estar ocorrendo eu meu organismo. Contudo, eu estou com 100% de adesão à medicação e estou indetectável há, pelo menos, dez anos. Se você é portador(a) de HIV e não sabe, isso JÁ ESTÁ ACONTECENDO EM SEU CORPO E A CADA DIA QUE PASSA, COM UM RITMO QUE PODE VARIAR DE PESSOA PARA PESSOA E SEU SISTEMA IMUNOLÓGICO SERÁ COMPLETAMENTE DESTRUÍDO ISSO NÃO É NADA BOM… pois poderia render uma doença oportunista (E esqueça aquela ideia louca que se espalha por aí, dizendo que uma pessoa com AIDS poderia morrer “vítima de uma simples gripe” – Clique em doenças oportunistas e aprenda um pouco mais (o link abre em outra aba)

Um segundo tipo de anticorpo, do tipo imunoglobulina A (IgA), mostrou-se decididamente inútil e acabou por se tornar um fator correlacionado a uma elevação no índice da infecçãoNota do editor: Em suma, ela trabalhava contra nós “entregando”, como se diz nas ruas e na vida, ” o ouro para os bandidos”.

Agora os pesquisadores descobriram um subtipo do IgG chamado IgG3 que melhora ainda mais a imunidade, reagindo contra duas partes específicas de duas “pontas” da proteína do “envelope viral”.  Este tipo de resposta não foi visto no RV144, mas foi observada no HVTN 100 – e este é um sinal muito positivo.

“Nota do tradutor: envelope viral é o envelope ou cápsula externa ao capsídeo, presente nos vírus. Sua composição baseia-se, principalmente, de glicoproteínas e fosfolípidos, sendo estes derivados de estruturas da célula hospedeira, como membrana plasmática e organelas. Recortei está definição de um esboço sobre o referido envelope viral. Clique na imagem para saber mais

“Nota do tradutor: envelope viral é o envelope ou cápsula externa ao capsídeo, presente nos vírus. Sua composição baseia-se, principalmente, de glicoproteínas e fosfolípidos, sendo estes derivados de estruturas da célula hospedeira, como membrana plasmática e organelas. Recortei está definição de um esboço sobre o referido envelope viral. Clique na imagem para saber mais

No entanto, quando os sujeito da pesquisa com a RV144   foram revacinados, foi dada a eles uma dose da vacina para

fazer-se observações e estudos por até seis anos, reações da IgG3  começaram a aparecer. Com o que foi narrado aqui e com a vacina citomegalovírus (CMV) (ver abaixo), implica que uma vacina eficaz do HIV poderia envolver o início da imunidade contra o HIV, ainda na infância, que poderia ser reforçada com outra dose na adolescência.

Tomaras, a pesquisadora, salientou a complexidade de multidimensional do tipo de resposta imune que pesquisadores pretendem induzir. Existem três espectros de resposta imune, a resposta de anticorpos, a resposta celular e a resposta inata e em cada caso estas respostas podem variar por tipo, pela força e pela forma relacionando à abrangência destas respostas; a vacina teria necessidade de trabalhar contra a maioria das diferentes cepas do HIV).

“Vetoriais, Primárias e Amplificantes”

hsh3Há um grande número de escolhas que se colocam perante os fabricantes de vacinas. O RV144 e estudos subsequentes mostram que uma vacina contra o HIV pode funcionar melhor se for aplicada como dois tipos de jab (Nota do tradutor: Jab é, no box, uma arte praticamente esquecida por conta dos atuais espetáculos de brutalidades e monstruosidades dentro de um “octágono” .) , um “primário (o jab)“, geralmente composto por genes do HIV incorporados ao capsídeo “uma espécie de invólucro de outro vírus”, seguido por um “ampliador” (o Gancho), geralmente formado por proteínas do HIV “postas a nu” e inofensivas. Se você quiser saber mais veja o video no YouTube: Fundamentos do Box (Abre em outra aba); e, se você gostaria de ver a forma como eu mentalizo, para um dia, os nossos anticorpos MH que acabação com este vírus, invista 5 minutos de sua vida e veja o referido anticorpo aqui O link abre em outra aba.   🙂

Até agora estas têm sido aplicadas em algumas dosagens de três a quatro doses ao longo de um ano, embora se veja claramente que seria melhor encontrar uma vacina que fosse eficaz com num número menor de doses.

A empresa farmacêutica Janssen, uma filial da Johnson & Johnson, tem um ambicioso programa de pesquisas para desenvolver uma vacina prime-boost que possa agir contra uma grande variedade de cepas do HIV. A empresa Hanneke Schuitermaker disse na conferência que a Janssen aplicaria duas ou mais doses de uma vacina prime de um antígeno osaic ” (nota do tradutor: não há nada sobre o verbete OSAIC: A pesquisa – antígeno osaic – não corresponde aos resultados) constituído de sequências de genes a partir de uma ampla variedade de diferentes cepas HIV em uma cápsula viral (normalmente um adenovírus semelhante ao resfriado comum) e segue com duas doses de amplificação contendo proteína do capsídeo. Até agora o seu melhor esquema de vacina produziu um 94% de redução em infecções virais em um estudo com macacos e 66% a partir de seis ataques virais.

Não houve e não há, até este momento,por parte da empresa representada nesta imagem nenhuma de qualquer espécie, que "me levasse" a exibir esta imagem. Fiz apenas por acreditar que seria bom mostrar que esta "fazendo algo por nós".

Não houve e não há, até este momento,por parte da empresa representada nesta imagem nenhuma de qualquer espécie, que “me levasse” a exibir esta imagem. Fiz apenas por acreditar que seria bom mostrar que esta “fazendo algo por nós”.

A Janssen tem um estudo chamado APPROACH (outra janela traduzida automaticamente) (abordagem), de sete diferentes esquemas de vacina, em curso em 400 voluntários nos EUA, Ruanda, Uganda, África do Sul e Tailândia. E há também dois outros ensaios chamados TRAVERSE e a ASCENT com 348 voluntários ao todo, que comparam dois diferentes espectros de cepas virais do HIV. Estes são ensaios piloto e, como com HVTN100, caso haja boas respostas imunes até o final deste ano do estudo APPROACH e por meados de 2017 a partir de APPROACH e TRAVERSE, serão tomadas decisões quanto a saber qual destes estudos poderia gerar uma vacina com a maior eficácia no estudo, neste caso, qual delas. (NE)

“Ensinando o corpo a fabricar anticorpos”

Este é um Infográfico do corpo humano. De uma olhada nisso, pode ser interessante

corpo humano

A estratégia vetor->primária->e->amplificadoras não é universal. Algumas vacinas “primárias” com DNA do HIV exposto, que seriam mais fáceis e mais baratas do que uma vacina vetorial, o desafio aqui seria em quais células. Outras vacinas fariam o esquema prime/impulsão que poderiam representar uma estratégia totalmente eficaz.

Um grande problema com anticorpos é que apesar de o corpo os produzir, em muitos casos, anticorpos altamente adaptados e incomuns, que são chamados de “amplamente neutralizantes” e eliminam os vírus que infectam as pessoas e

É, como se diz, "uma espécie muito rara"

É, como se diz, “uma espécie muito rara”

podem, portanto, serem utilizados como uma espécie de “arma de alta tecnologia”, como “PrEP de longa duração”, aplicada via infusão), uma vez no corpo desenvolveria imunidade a eles, as diversas cepas do HIV, dentro de poucas semanas, e seria como tentar ficar à frente em uma corrida aos armamentista que, geralmente, o HIV tem vencido desde que iniciou-se, em meados de 1996, a aplicação da Terapia Antirretroviral – TARV – .

Dennis Burton do instituto Scripps em La Jolla, Califórnia e Stephen Kent da Universidade de Melbourne tanto falou em separar as apresentações sobre o desenvolvimento de versões mais imunogênicas do HIV que envolvem a exposição mais estrita das proteínas que imitam o que o sistema imune realmente “vê” em uma infecção. Isto só foi possível, nos últimos anos, utilizando técnicas de manipulação de microrganismos para obter a proteína gp120 da superfície (viral) para realmente dobrar em pares e trios de proteínas chamadas “dímeros e trímeros”, que é o que os receptores na superfície do HIV que o sistema imune tem de “olhar”, em vez de utilizar proteínas de capsídeos desdobrados do HIV.

Os pesquisadores induziram respostas de anticorpos amplamente neutralizantes usando essas técnicas, mas os anticorpos mostraram uma frustrante tendência a reagir contra “pontos errados” do envelope de proteínas, o capsídeo, e se liguem a “orifícios” na proteção das moléculas de glicose que rodeiam a proteína em vez de evoluir diretamente para anexar à proteína em si. Mas obter células que possam produzir anticorpos amplamente neutralizantes a todas as cepas do HIV, como uma resposta à uma vacina, já é um grande avanço.

Outra estratégia é chegar à frente da corrida armamentista e fazer uma vacina que ‘imita’, perante o sistema imunológico, as ações dos vírus adaptados vistos na infecção crônica, induzindo, assim, o corpo a fabricar anticorpos amplamente neutralizantes sem que exista a infecção por HIV.

tempo_Christopher Parks da Iniciativa Internacional para uma vacina contra a AIDS (IAVI) introduziu programas para desenvolver partículas parecidas com as do HIV que seriam como ‘vetores vivos’ que se espalhariam de célula à célula e gerariam o que pareceria, ao sistema imunológico, como uma infecção de HIV em curso. Até agora, eles usaram um vírus benigno chamado VSV (vírus da estomatite vesicular) como a proteção do seu vetor vivo. Estudos em macacos tem demonstrado apenas um “atraso curto” na infecção pelo HIV e existe, porém, uma correlação entre a fraca resposta dos anticorpos e a infecção muito rápida.

Mas eles estão tentando desenvolver vírus e partículas “mais vigorosas”, incluindo uma, revestida com a proteína do HIV

Macacos Rhesus. Esta imagem a visão muito loquaz que mostra mãe e filho Eu considero um absurdo desumano tratar estas criaturas desta forma. Eles inserem, por exemplo, o vírus da AIDS Símia o SIV nestes macacos, às vezes pela via retal... Eu sei que pesquisas tem de ser feitas, mas deve haver outros modos. Já vi coelhos sendo usados para testes de cosméticos femininos e masculinos em condições completamente absurdas e, gostem ou não, eu me coloco visceralmente contra estudos em animais. Encontrem outra maneira. Get the hell if were needed

Macacos Rhesus. Esta imagem a visão muito loquaz que mostra mãe e filho Eu considero um absurdo desumano tratar estas criaturas desta forma. Eles inserem, por exemplo, o vírus da AIDS Símia o SIV nestes macacos, às vezes pela via retal… Eu sei que pesquisas tem de ser feitas, mas deve haver outros modos. Já vi coelhos sendo usados para testes de cosméticos femininos e masculinos em condições completamente absurdas e, gostem ou não, eu me coloco visceralmente contra estudos em animais. Encontrem outra maneira. Só clique neste link se você acredita que tem um “espírito forte” Get the hell if were needed

em si e um envelope revestido, com um capsídeo proveniente do vírus Ebola. Como estes não são realmente vírus, eles seriam, provavelmente, inofensivos, embora evidente e claramente, estudos de biossegurança terão de ser feitos.

A vacina que ninguém esperava e surpreendeu!

Embora a maioria dos investigadores desde o RV144 tenham concentrado no aumento de anticorpos, que devem prevenir a infecção em primeiro lugar; pelo menos uma vacina convencional com base em um vetor de vírus CMV que visa produzir uma resposta forte das células imunes, que não seria necessariamente parar deter a infecção pelo HIV, mas para contê-lo, ou mesmo pô-lo em remissão permanente.

Esta é a vacina baseada no CMV – abre em outra aba – produzida por Louis Picker em Oregon, EUA, que causou grande euforia há três anos, quando ela pareceu ter curado por completo, 55% de um grupo de macacos colocados como sujeitos da cirurgia. O CMV é outro vetor de “vivo” que imita a propagação de uma infecção verdadeira por HIV. Os macacos desenvolveram infecções quando contaminados com a SIV, o equivalente símio do HIV, mas respondeu duramente à presença da infecção e o pico das cargas virais destes macacos foram muito baixas e, eventualmente, o vírus desapareceu completamente. Picker disse que eles agora tem reproduzido os mesmos resultados em muitos outros macacos. Além disso, o efeito parece bastante persistente; quando reexpostos com novas infecções por SIV  em períodos de 2 a 6 anos depois da sua infecção inicial e de 3 a 7 anos após a vacinação, 80% dos macacos que originalmente ofereceram uma boa resposta ainda estavam protegidos do SIV através de parto vaginal e 56% pela via retal.

Você pode ignorar todo o trecho em verde. Ele é uma explanação minha a respeito de determinadas “políticas editorias que eu classificaria como, quando pouco, “stunt”.

Eu faço um aparte aqui: Observem que todos estes exames falam em prazos de, pelo menos, 6 anos. Isso já desmonta a “promessa” da amFar, de uma cura para 2020!

É temerário (com o perdão pela má palavra) atirar-se em relações sexuais desprotegidas de quaisquer naturezas, acreditar que “a cura aparecerá logo” e, com isso, voltar a compartilha “equipamentos” para o uso de drogas injetáveis. Eu penso que o ideal é não usar drogas, com esta  e outras “excessões” correlacionadas, e, entretanto, se for para usar drogas injetáveis, por favor!!!!! Não compartilhe agulhas e seringas!

Pessoas que vem a este site, eu sei o que ouço e leio todos os dias por parte de pessoas que, por uma razão ou outra, sendo que, em linhas gerais, a maior parte seja composta por pessoas de ambos os sexos e com uma vastíssima gama de “visões sexuais”, em grande desespero por não saberem se podem ou não podem acreditar que seu “não-reagente” é mesmo real e outras dúvidas e, em especial, aqueles que se descobrem portadores, alguns já atingidos por doenças oportunistas em situações por diversas vezes definitivas (teste-se, ignorar um problema não resolve a questão e, muito pelo contrário, só tende a piora-lo)…

A vacina baseada no CMV não funciona através da produção de anticorpos: ela estimula células que matam células infectadas, e é por isso que “fareja” infecções em curso, diferentemente de outras, que impedem a infecção. Quando a equipe de Parker analisou os resultados, encontraram um tipo totalmente novo de resposta imune. Células infectadas normalmente exibem os pontos de proteínas virais que eles contêm em sua superfície, como sinalizadores de socorro. O “hasteamento”. (nota do tradutor: O original é “flagpoles”, parece ser uma expressão idiomáticas e a melhos resposta que eu recebi veio do tradutor do Google que respondeu com “mastros”. Decidi por “hastear”, que é o que parece acontecer com a célula, que hasteia uma “bandeira” e mostra a identidade do invasor ou agressor). O que consiste em um  enorme reconhecimento de proteínas variáveis estranhas, chamado MHC 1a ou MHC 2 (MHC significa classe de histocompatibilidade). Estes, classicamente, servem de alerta para que as células CD4 enviem “reforços” com a finalidade de matar as células comprometidas ,bem como um sistema de alerta composto por proteínas que atraem células CD8 para matar o vírus diretamente em células infectadas.

A vacina, a que está fazendo uso CMV como vetor, produziu respostas MHC classe 2 , e suscitou também um tipo completamente diferente da resposta imune com moléculas MHC classe E. Estas alertam o sistema imunológico inato e células natural killer  (NK é uma célula do sistema imune que atua como um agente de estado que verifica sistematicamente cada célula do corpo em busca de células problemáticas ou potencialmente perigosas – como as que podem surgir como um pólipo no intestino, que poderia via a originar um câncer – e mata-las ou ordenar-lhes que se suicide numa apoptose celular (abre em outra aba). Esta resposta nunca foi vista até este dia – quer em uma vacina ou, estranhamente, na infecção natural por CMV.

OS DOIS GENES

AIDS, HIV

Representação gráfica de uma infecção viral em curso

O que os pesquisadores descobriram foi que por feliz acaso a cepa do CMV utilizado para fazer o vetor tinha dois genes cruciais ausentes. Foi somente quando ambos os genes foram excluídos que o CMV estimulou a resposta com o MHC-E. Além disso, embora as respostas MHC variarem da natural de um animal comparada a outro animal, havia algumas respostas para os genes específicos do SIV em si, em todos os animais – o que se quer a partir de uma “vacina de ampla espectro”Nota do Tradutor: O texto original refere-se a “broad-brush vaccine”, e a expressão broad-brush é praticamente intraduzível, provavelmente uma expressão idiomática cuja melhor definição foi: very general and without many details, que em tradução livre seria “muito generalizada e sem muitos detalhes”. Me vi forçado a interpretar e, para melhor compreensão, pensem num cidadão dos EEUU que estivesse aprendendo a falar português e fosse chamado “a participar de uma vaquinha…”)

A equipe de Parker está tentando desenvolver vacinas com a variedade humana do CMV. O CMV humano tem genes que são análogos aos dois genes faltantes no CMV que infecta os macacos Rhesus e a grande questão é a de saber se o vetor humano irá produzir a mesma resposta imune, com uma ação tão eficaz. Um estudo de escalonamento da dose está programado e buscará obter, com o CMV atuando como vetor e espera-se, que produza uma resposta mais convencional das respostas com o MHC-1a e 2, e se esta tentativa for bem-sucedida passarão a buscar pela estimulação de uma resposta do tipo MHC-E.

“Corrida armamentista”

Hoje em dia, em relação ao vírus, estamos mais ou menos assim (...)

Hoje em dia, em relação ao vírus, estamos mais ou menos assim (…)

E este seria "o cara".

E este seria “o cara”. (…)

Um grande problema permanece: a vacina só funcionou consistentemente em cerca de 55% dos macacos e, até agora, não parece haver uma forma de pre-dizer quais serão os macacos que terão esta resposta e quais os que não terão. Louis Picker contou ao AIDSMAP.COM que a diferença provavelmente é causada pela forma como o CMV gera uma resposta imunológica rápida e se ela é capaz de deter o SIV/HIV antes que se a infecção se torne sistêmica e se espalhe por todo o corpo. O que determina a velocidade da resposta é ainda desconhecido, mas pode significar que a vacina carregada pelo CMV, que teria de ser combinada com uma vacina de anticorpos para obter uma resposta com uma melhor eficácia. Tal como acontece com outras vacinas, a diferença entre o sucesso e o fracasso é saber se a resposta imune pode permanecer um passo à frente do HIV na corrida armamentista entre o vírus e o organismo humano.

Traduzido do original em Huge diversity in current HIV vaccine research publicado originalmente por Gus Cairns em 23 Outubro de 2016 no AIDSMAP Cláudio Souza

Revisado por Claudio Souza (se houver erros de digitação ou ortografia, considere minha dislexia acompanhada de uma neuropatia periférica deveras longa… e me informe neste Cláudio Souza – Observe que o seu cliente de e-mail criará uma mensagem já com o assunto. Por favor, mantenha este assunto, pois eu tenho uma regra específica no meu cliente de e-mail e iao permite que um som seja reproduzido e um aviso visual também. Desta forma eu terei a possibilidade de resolver “a coisa” o mais brevemente possível. Obrigado )

Um interessantíssimo vídeo para quem se interessa pelo próprio corpo. Na base da minha sobrevivência e, também com relação à Mara, é o conhecimento que temos de nossos corpos e uma constante e diuturna observação do comportamento de nossos corpos (…)

Referências

Este é apenas um breve resumo de algumas das apresentações sobre o desenvolvimento de uma vacina no HIVR4P conferência. Muitos mais estudos podem ser exploradas pela visualização do resumo do livro aqui, dos webcasts aqui, and dos posters aqui.

Tomaras G. Visão geral da resposta imune humoral e celular ao HIV vacinação. Sessão explanação plenária. Conferência para Pesquisas de prevenção ao HIV (HIVR4P 2016), Chicago, sessão plenária de apresentação 01/02, 2016. Veja o webcast aqui.

Schuitermaker H. Em rumo a uma vacina contra o HIV: (pré)-avaliação clínica dos esquemas Prime-Boost Usando Ad26 e MVA com antígenos de mosaico e proteínas solúveis Gp140.. . Sessão de explanação ao plenário. Conferência para Pesquisas de prevenção ao HIV (HIVR4P 2016), Chicago, sessão plenária de apresentação SY01.03, 2016. veja o webcast aqui.

Burton D. progressos baseados em anticorpos neutralizantes de vacina contra o HIV. Conferência da Pesquisa para a prevenção do HIV (HIVR4P 2016), Chicago, apresentação em plenário em 03.01, 2016. Veja o webcast aqui.

Parks C et al. Proteção contra infecção retal SHIV induzida pela vacinação de mucosa com uma replicação-autoridade VSV-HIV Quiméricos mostrando Trímeros Env ao sistema imunológico. Conferência para Pesquisas de prevenção ao HIV (HIVR4P 2016), Chicago, apresentação no simpósio SY01.02, 2016. Veja o webcast aqui.

Picker L. Desenvolvimento de uma vacina baseada na ação do citomegalovírus como “veículo de entrega orgânica. Conferência sobre Pesquisas para a prevenção do HIV, Chicago, Apresentação no simpóso SY06.03, 2016.Veja o webcast aqui.

 


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Sempre disse: Há vida com HIV, mas aprendi uma nova: Hey, você aí… Não desista! Resista, persista e insista, a resiliência é fruto cotidiano da labuta diária!

 

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