Tenofovir alafenamide (TAF), uma nova formulação que possui menores concentrações no sangue, mas atinge níveis mais elevados nas células, é tão eficaz como a versão mais antiga, tenofovir disoproxil fumarato (TDF), de acordo com um relatório na conferência sobre retrovírus e infecções oportunistas (CROI 2015) ocorrendo esta semana em Seattle, EUA. Um segundo estudo mostrou que a TAF tem menos efeitos prejudiciais para os rins e os ossos em comparação com TDF. TAF foi submetido para aprovação na Europa e nos EUA.
Fumarato de disoproxil tenofovir (Viread), da Gilead Sciences, é uma das drogas anti-retrovirais mais amplamente utilizadas. É um componente da coformulação do Truvada – usado para o tratamento de HIV e profilaxia pré-exposição (PrEP) – e dos regimes tratamento de dose única, Atripla, Eviplera, Complera and Stribild. TDF é altamente potente e geralmente segura e bem tolerada, mas pode causar toxicidade renal e óssea em alguns pacientes.
TAF é uma nova pro-droga que entrega o agente ativo, tenofovir difosfato, mais eficientemente para células infectadas com HIV. TAF produz níveis intracelulares adequados com doses mais baixas, o que significa menor concentração no plasma sanguíneo e menos exposição de drogas para os rins, ossos e outros órgãos e tecidos. Um ensaio clínico de fase 2 anteriormente mostrou que um regime de TAF mais emtricitabina, elvitegravir e cobicistat era comparável a TDF emtricitabine elvitegravircobicistat (Stribild), mas causou menos perda de imparidade renal e óssea.
David Wohl da Universidade da Carolina do Norte apresentou resultados primários com o combinado de dois estudos de fase 3 (GS-U.S.-292-0104 e GS-U.S.-292-0111) observando a atividade antiviral e há total segurança em um regime se um só comprimido diáriocomo o novo TAF. Paul Sax do Hospital Brigham and Womens em Boston coduziu, no dia seguinte, um relato do estudo com dados sobre os efeitos do TAF sobre os rins, ossos e lipídios.
Os estudos 104 e 111 foram randomizados, realizados na Europa (ambos), América do Norte (ambos), América Latina (111) e Ásia (estudo 104). Juntos, eles incluíram 1733 participantes previamente tratados com características semelhantes em ambos os ensaios.
A maioria (85) eram homens, um quarto eram negros, 19 foram Hispanico/Latino e a idade mediana foi de 34 anos. Eles tinham a doença de HIV bem controlada com uma carga viral mediana de 4,58 log10 copiesml e uma contagem de CD4 mediana em cerca de 400 células por mm3 de sangue. Eles tinham a função renal normal na linha de base com uma taxa de filtração glomerular estimada mediana (eGFR) de aproximadamente 115 ml/min.
Os participantes foram escolhidos aleatoriamente para receber um regime de um comprimido uma vez por dia contendo emtricitabina, elvitegravir e cobicistat com 10mg TAF ou 300mg TDF. A análise preliminar foi feita na quadragésima oitava semana de tratamento.
Eficácia e resultados globais de segurança
Taxas de supressão viral para os regimes TAF e TDF foram semelhantes independentemente dos participantes terem carga viral alta ou baixa da linha de base, contagens de CD4 acima ou abaixo de 200 sexo células/mm3, homem ou mulher, seja de raça negra ou não e idade maior ou menor de 50 anos.
Em ambos os estudos, 4 dos participantes experimentaram falha terapêutica. Entre o pequeno número (2) que preencheram os critérios para a resistência de testes, muito poucos em dos braços mostraram evidência de quaisquer mutações de resistência primária (0.8 com TAF, 0.6 com TDF).
O tratamento geralmente foi seguro e bem tolerado. Segundo o Dr Wohl foram apresentados perfis de segurança global das drogas, que foi semelhante em ambos os braços. Havia 45 pacientes (5) o braço TAF e 71 (8) no braço TDF que descontinuaram o tratamento mais cedo, incluindo as pessoas de 8 e 13, respectivamente, que foram forçados a abandonar o estudo por conta de eventos adversos.
Cerca de 40 participantes experimentaram efeitos adversos, provocados pela droga, de leves a moderados. Os efeitos colaterais mais comuns foram diarréia (18), náusea (16) e dor de cabeça, tudo ocorre com freqüência semelhante em ambos os grupos. Nos braços TAF e TDF e foram poucos eventos adversos graves (8 contra 7) ou mesmo de descontinuação da administração das drogas do estudo por esse motivo (0,9 vs 1.5); 20 anormalidades laboratoriais de classe 3 ou 4 em ambos os grupos.
Nada se destacou em termos de associação de eventos adversos com TAF que já não tem sido visto com TDF, disse Wohl.
Liz Highleyman
Publicado em: 27 de fevereiro de 2015 em http://www.aidsmap.com/Tenofovir-alafenamide-equally-effective-but-safer-for-kidneys-and-bones-than-current-formulation/page/2949354/
Traduzido Por Cláudio Souza, com apoio do Tradukka
Nota do Editor: Geralmente eu faço algum cometário sobre a notícia que posto. Entretanto, já que você chegou até aqui, sugiro que você leia o link que vira a seguir e observe como a Gilead (um grande laboratório farmaceutico em busca de soluções para uma vida melhor) “espreme até a última gota os seus “limões”em um outro texto, Traduzido por Rodrigo S. Pellegrine:
“É hora do Tenofovir 2.0” Prestem muita atenção ao que realcei em vermelho
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