Ter um bebê vivendo com HIV É um passo sério a ser dado. reeditado e ampliado

Algumas horas após publicar este texto um amigo alertou-me para algo que ele classificou como “dissonância fonética (cacofonia em verdade)”.

Pois, ao se ler o título, gera-se a impressão que estaríamos preceituando o trabalho de trazer à luz uma criança vivendo com HIV!

Longe de mim tal preleção! Mesmo porque só de o pensar eu me recordo daquela menina miudinha.

E daquele choro dorido, como a perguntar “por quê”. A vida, naqueles dias, já tinha mudado muito para mim.

Depois do espanto e do choque imediato, eu passei a valorizar mais a vida!

Como se ela fosse em Technicolor e Dolby Surround!

Mas este é um caso para outro texto, que pretendo escrever nos próximos dias.

Para estabelecer o que eu realmente pretendi dizer, eu quis mostrar que, se você, ou alguém que você conhece está vivendo com HIV, é possível viver com HIV e gerar uma criança sem HIV! Eu penso que isso, em sí, é uma grande benção, um fantástico avanço da ciência e, sim, apesar dos pesares, e debalde meus problemas eu prossigo acreditando que tudo é como Deus deseja!

Com base neste pensamento, depois de ter assistido “a cabana” eu entendi mais algumas coisas e, sim, felizmente, eu pude ir ver meu pai antes que ele deixasse este mundo, e dar a ele a paz que ele precisava, pelo menos com relação a mim!

E é isso. É poder estar vivendo com HIV e trazer´à luz uma criança sem o bendito HIV!

Veja bem, dar à luz um bebê é sempre uma grande responsabilidade. Mas, quando você é como eu e Mara, que vivemos com HIV, este é um projeto de vida, um passo bem ambicioso que optamos não dar!

Observe, veja, no entanto, a cidade Santos passou quatro anos sem um só bebê vivendo com HIV viesse à Luz e, o que é ainda mais, dada a completa falta de recursos, Cuba foi o primeiro país (uma ilhota) a ter a transmissão vertical considerada erradicada  da transmissão vertical.

Ou seja, sem o nascimento de bebês com HIV.

E assim, é necessário ter em mente os estes três aspectos básicos desta “empreitada”, por assim o dizer!

Gerar uma vida é uma experiência única! Nenhuma outra mulher saberá o que você sente ou sentiu! E você jamais terá sabido, de verdade, o que as outras vivenciaram. Eu, como homem, as invejo muito

É importante o cuidado externo, vale a pena o dizer. Mas cuidar de si, e de sua saúde, é cuidar também do bebê!


Como podemos conceber se um de nós é HIV negativo e se vive com HIV?

Repetidas exposições podem levar ao contagio!

Quando eu e Mara finalmente nos decidimos a vivermos juntos, não tínhamos a certeza de irmos “muito longe”. As coisas haviam melhorado, a expectativa de vida era um pouco maior. Mas…. Mas, amigos e amigas, não queríamos nos arriscar a colocar um/uma potencial pessoa orfa neste planetoide ridiculo! Erramos! Mas….


O temor e o raciocínio era bem fundamentado para aqueles dias!

Verificar o CD4 periodicamente não faz mal a uma pessoa portadora de HIV

Renata Cholbi literalmente fez chover no que tange a apoiar mães soropositivas. Tudo começou, para ela, em um Natal. Ela viu que seu filho tinha muito mais do que necessitava e começou seu trabalho. Uma pena nunca termos podido encontrar a oportunidade de conversarmos pessoalmente e, além da força intraduzível de Mara em me apoiar, Renata fez muito por mim, me dando-me ânimo!


Antes de amamentar amamentaçãoalguma

remover todos os riscos

Sobre a a Cidade de Santos, ela estava sem notificações de nascimentos sem soropositividade para HIV em 2013.

Há quatro anos a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, não registra nenhum caso de contaminação do vírus HIV de mãe para filho (chamada transmissão vertical), entre as gestantes que fazem pré-natal especializado na rede de saúde da prefeitura. A prefeitura realiza um programa de apoio clínico e psicossocial que se inicia no diagnóstico precoce. Então, ela passa pelo acompanhamento durante a gestação, ocorre no parto e segue após o nascimento dos bebês.

As gestantes que procuram a rede pública para realizar o acompanhamento da gravidez passam pela unidade básica ou de saúde da família.

E o teste para detecão para a presença de HIV é uma obrigatoriedade legal.

É um direito seu!

Exija isso de seu médico/sua médica!

É importante!

E isso deve ser feito já na primeira consulta é solicitado o exame de doenças sexualmente transmissíveis. Quando detectado o HIV, ela é encaminhada para fazer o pré-natal na Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança (SENIC), onde é atendida por equipe multidisciplinar. A atenção é dirigida também ao parceiro, que é estimulado a fazer o exame e o tratamento, se for necessário, e acompanhar o pré-natal. E é um bom momento para fazer um exame para ver sua carga viral.

Tenha em mente que é possível envelhecer quado se é portador de HIV.

Há vida com HIV 

De acordo com informações da prefeitura, algumas etapas são decisivas para diminuir a chance de transmissão do vírus para o bebê. A gestante deve tomar o antirretroviral (medicamento para tratar e tentar eliminar o vírus); deve ser administrada medicação específica no momento do parto; o bebê deve tomar xarope de antirretrorival durante os primeiros 42 dias de vida e a mãe não pode amamentar. A medicação e o leite em pó são fornecidos gratuitamente pela prefeitura.  Atualmente dez mulheres estão em acompanhamento. O último caso de transmissão vertical registrado entre as gestantes acompanhadas pela unidade foi há quatro anos, quando uma das pacientes não seguiu as recomendações médicas.

Pelo sim, pelo não, conhecimento não ocupa espaço, leia sobre sexo oral e HIV :-)

Related posts

Estudo Revela Riscos Reais de HIV em Lesões com Agulhas

O que é HIV e como ele é transmitido?

Desmistificando o Risco de HIV no Sexo Oral: Fatos e Prevenção