Apareceu um blipe viral, uma súbita e inesperada e inesperável (isso é discutível) elevação na carga viral e, agora, você tem de explicar àquela pessoa sorodivergente, que tanto confiou em você e em seu médico, os porquês de ela ter de esperar por janela imunológica, o pesadelo de tantos, para, depois, fazer um exame pata a presença de HIV.

Agora pense comigo. Ela colocou toda a fé, toda a confiança racional dela no lance da PrEP.

Será que ela conseguirá ser racional, de verdade e autenticamente, nos resultados do teste de HIV?

Tanta gente com bem menos motivos não o conseguem. Imaginem um “blipado”!

Creio que você deve estar pensando naquela pessoa que confiou tanto em você e em seu/sua médica/médico No Lance (…) do blipe viral 

Que situação!

Blipe viral e preconceitoEu me lembro que no meu drama pessoal daqueles dias eu disse a Deus: “Senhor se há duas Cruzes para serem carregadas, que eu carregue as duas!

Eu não sei!

Falando a verdade, sério, sério mesmo, não sei se carrego duas Cruzes não! 

E muitas vezes eu acho que nem mesmo uma eu carrego, dada a facilidade com que a vida com HIV se tornou! 

E lá no topo do Blog eu digo que há vida com HIV e que a vida com HIV é um pouco mais fácil que antes, mas nem por isso você deve meter a sua carinha estúpida no meio de tudo isso e sair de lá vivendo com HIV!

Sim, Sim, Sim! Há Vida com HIV! Mas…. Eu daria quase tudo que tenho (…) para Não Ter HIV

Digo Isso para as pessoas que já estão com HIV não perderem a esperança e não estou mentindo: Eu atesto, e suporto. 

Há Vida com HIV!

E QUE SE DANEM TODOS! 

Se você pode, e é bem fácil conseguir isso, evitar contrair HIV, mesmo que a expectativa com ele seja melhor!

Assim, por favor, faça a coisa certa, não seja estúpido, use camisinha!

E tenha certeza. A PrEP combina melhor com as funções de um profissional de saúde!

Quando você usa a camisinha em uma relação sexual casual, ou não, e que não me apareçam hipócritas aqui, você pode estar salvando-se. Não de uma sentença de morte. Não se trata disso.

Ou até pode ser assim, quando a pessoa, idiota como eu fui um dia, preferia “não saber”.

Este lance, o medo de saber, é algo que tratarei em outra ocasião.

Mas tenham certeza, preferir não saber é preferir morrer, pois, quando se tem sorte (…) você se descobre desenvolvendo um Sarkoma de Kaposi, e os médicos sempre saberão o que dizer e fazer nestes casos.

Retomando, nesta relação, casual ou não, usando a camisinha, ou preservativo, você acaba fazendo algo assim:

A Camisinha previne a infecção por HIV e te ajuda a fazer uma coisa importantíssima: Você quebra a cadeia de transmissão!

Eu desenhei, por assim dizer. Mas quero escrever também.  Apesar de estar a cada dia mais ciente de que escrevo, sim, mas não muito bem. E, sim, para lá de bem mal!!!

Quando você usa o preservativo você quebra a cadeia de transmissão! E eu conheço um raciocínio bastante mesquinho, que tenta contra argumentar com isso:

EU JÁ TENHO AIDS, DANEM-SE AQUELES QUE VIEREM ATÉ A MIM E NÃO QUISEREM USAR. JÁ ME FERREI! DANEM-SE TODOS

Não é porque hoje você pode tomar um, dois ou três comprimidos por dia, e que eu, 25 anos atrás, tinha de tomar 40, que se torna justificável você correr esse risco, vivenciando o pesadelo no afã de evitar o pesadelo!

PrEP, Preservativos e o meu “Desajuste Aparente” com o blipe viral

Sou eu o Louco? O Desajustado?

Vejamos!

Ponto a observar por agora:

E se aquela moça que você gosta não acha uma boa ideia namorar um cara portador de HIV? 

Eu discordo dos pensamentos dela, mas defendo ate à morte seu direito de assim o pensar e assim o dizer! (é da escritora inglesa Evelyn Beatrice Hall)

Tirando de lado gêneros e gêneros, preceitos e preceitos, preconceitos e preconceitos, nós sempre militamos por nós! Até na prece:

…rogai por NÓS, pecadores….

Mas… E se aquela pessoa que você ama não acha uma boa ideia estar com você, tendo em vista que, gostar de ti, para ela, não conta muitos pontos favoráveis quando se trata de relacionar-se com uma pessoa que vive com HIV!

Pessoas ainda pensam assim! E Não são poucas!

Eu não penso como ela. E eu já vivenciei esta situação, a de contar depois. Contei porque a pessoa tinha decidido declarar-se para mim e, o que até ali era uma relação cliente contratada, com todas as cautelas, tornou-se uma possível relação que, a bem da verdade, eu não queria estabelecer. Eu confesso.

Foi um ótimo laboratório, pois quando ela disse “eu te amo”! e eu a chamei para conversar, em menos de quatro minutos ela já sabia tudo e, entre perplexa e atônita, quando eu a fiz recordar-se bem de onde e o quanto a protegi ela se lembrou bem, mas mostrou-se completamente mal informada.

Bom.

Ela disse que teria de sair, dar uma volta e, como na música dos Racionais MC’s,m “nunca mais voltou!

Imaginem um cenário destes, com minha silenciosa e comoda obediência ao I=I até, de repente, eu não ser mais Indetectável Mas… Ihhhhhhh (…)

Mas já fiz varias enquetes e há um % representativo e pessoas com esta linha de pensamento.

Enquetes. Sem Valor Científico, mas ótimos expositores

Eu cheguei a registrar 22% de respostas para uma pergunta:

O que você diria, ou como reagiria se, depois de um tempo, tendo tido e mantido relações com uma pessoa que, portadora de HIV, só te disse isso agora?

Vinte dois por cento deles e delas disseram que sentir-se-iam traídas!

E eu não consigo encontrar um só pensamento honesto dentro de mim que possa opor-se, além de qualquer dúvida, sobre as razões e entendimentos deles!

E veja, ela é menor do que aquele triste percentual de 33% das pessoas que se recusariam a trabalhar ao lado de soropositivos, sim! Pura e simplesmente isso, trinta e três por cento das pessoas soronegativas e soro interrogativas se recusariam a trabalhar ao lado de pessoas portadoras de HIV! Ou, testemunhando, “pessoas assim”, “com uma doença assim”!

Quando ela me pediu por apoio para um trabalho escolar, nestes termos, eu tive, necessariamente de ir ao perfil dela e ver, melhor, de quem e do “que” se tratava auxiliar a uma pessoa com uma “!linha e pensamentos assim”. Vamos lá

  • Militante de direita sem saber o que é isso
  • Favorável ao teste semestral de uso de drogas
  • Tem mais coisa, mas como eu, uma pessoa com espírito forte, senti náuseas vou poupar-te tos riscos do vômito, mesmo porque ela “sumiu” ou, como eu dizia, “desapareceu misteriosamente”, depois de ter sido desmascarada de mim para mim, desta forma assim?

Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar (Renato Russo)

E eu nunca consegui deslindar as razões dele para este verso. Mas, na época, eu tive a minha!

Você entendeu? Eu não apoio certas linhas de pensamento e, ponto número um, eu não tento mudar seus pontos de vista, não de forma ostensiva.

Mas eu faço lá minha meia dúzia de procedimentos. eles resolvem? Me diga você, pois se há uma coisa que eu aprendi e tenho aprendido um pouco mais a cada dia, é o que realmente pensam as pessoas, sim!

Pessoas!

Seres Humanos, humanoides eu diria, com consciência, razão e sentimentos! Agradáveis ou não, se você parar para pensar, você verá que “não vale a pena penar por eles”

Veja bem, apesar de portador de HIV eu sou uma pessoa como qualquer outra! Nem acima, nem abaixo de muitas ilações

E, para que se diga tudo, nem sempre eu fui uma boa pessoa

É preconceito dela? Talvez! Mas ela não vê assim e pense em você dentro de um labirinto de vidro. Havia um destes no Play  Center, naquele que fechou.

Ouvi dizer que reabriria! Mas não sei nada sobre isso! Meu interesse por parques de diversão foi a zero. Pois bem.

Fiquei perdido la por uns 5 minutos, nada resolvia meu problema e o custo de meu sofrimento começou com um soco no vidro.

Na verdade, um soco no vazio, pois não tinha nada ali para ser atingido.

Quando, naquela tarde funesta eu vi o teste de confirmação corroborar o anterior eu me senti assim:

Impotente, derrotado, sem esperanças, com um medo nunca antes vivido, eu estava novamente dentro do labirinto de vidro

Desorientado, virei para um lado, que já nem importa, tentei dar um passo e dei com a cara no vidro.

Eu retribui o golpe! Se o vidro sentiu o golpe, não demonstrou, minha mão ficou em frangalhos.

Impotente, incapacitado e derrotado, vejo-me agora, de forma muito parecida com o momento em que me descobri HIV positivo. Eu rui por dentro. Pense em um castelo, 1250 quartos, dez andares, bombais, cozinhas e imagine s paredes externas ali, fortíssimas e, por dentro, tudo desabando. Foi assim que fiquei

Surtado eu gritei, chutei e chorei.

Em seguida me sentei ali. Não havia nada que pudesse fazer

Já haviam notado meu desespero e um funcionário, covardemente instruídosobre os segredos da marmota, tirou–me de lá.

Pense assim. Contrair HIV, viver com AIDS é bem parecido com este labirinto de vidro.

Em alguns lugares, apenas espelhos.

Quer ver um lance? Uma coisa difícil de encarar, olhe para isso, clique com o botão direito do mouse, mande abrir em outra guia ou aba. Dê um passeio por lá e, depois, venha aqui me dizer que vale o risco.

Saca só:

Pode clicar e circular á vontade! Tem umas vinte páginas dentro DESTE LINK ABAIXO

https://atomic-temporary-78498171.wpcomstaging.com/2018/11/18/gripe-nao-e-doenca-oportunista-relacionada-a-aids/
Eu adoraria poder ter uma máquina de pinball em casa. Tinha uma da Williams: “Jungle Lord”.

Ou aquela outra, eletromecânica, Golden Rush! Ai ai!!!!

Voltando à PrEP e blipe viral eu pergunto:

Um pouco mais sobre isso: e se você quiser  ter um filho ou filha, pela via “convencional”? Por mais que eu olhe para isso, a PreP, que nada mais é que uma sigla diferente para TARV, terapia antirretroviral eu pergunto, como minha tia Geny?

E o que é que Maria leva?

A eterna pergunta….

As pessoas dizem que é seguro que quase não há riscos. Mas você percebeu que eu coloquei aí um “quase” não há riscos?

É outra linha em que o quase, às vezes, não deixa. 
https://soropositivowebsite.wpcomstaging.com/2020/01/17/expectativa-de-vida-com-hiv/

Mas há momentos em meio a tudo isso que…. Bem no final deste texto eu exporei meu histórico médico

Em alguns momentos de minha tumultuada relação com meu pai, “Rest in Peace”, eu dizia a ele, talvez para tentar explicar algo.

Mas pai, eu quase consegui.

E a eterna resposta:

É fio (…), mas o “quase” não deixou.

Pois é, o quase, o malfadado quase

Para o velho Souza o Quase era, digamos assim, quase uma entidade. E uma entidade com poderes multi-astronômicos, capazes de determinar destinos!!!

Olhando bem….

Voltando ao tema, Quando há quase, há incerteza.

E onde há incerteza….

Lembrei-me aqui, do primeiro parágrafo de um livro: “Ninja”.

O texto começa assim:

Na escuridão, há a morte.

Eu senti tal calafrio que desisti da leitura!

Isso é a vida com HIV uma grande incerteza a menos de 10 M de mim está a Mara assistindo TV! Na verdade ela já pegou no sono e, daqui a pouco, lá pelas 17:15, eu vou acorda-la!

Quem me garante que daqui 5 minutos ela não vai ter o mal estar de alguma forma, relacionada com HIV, ou não, e  todos os nossos planos, nossos sonhos, desejos, aspirações, esperanças ainda estarão lá, já irrealizáveis.

SIM é verdade: Há vida com HIV! Mas vale muito a pena evita-lo e a melhor maneira é usar o preservativo

Falando às claras, o que se faz assim, com PrEP é encher o ** destes caras de dinheiro sem uma boa razão para isso. A depender deles, 7 bilhões de pessoas deveriam tomar dois comprimidos por dia, a módicos US$ 1,00 cada, US$ 2,00 ganhos por dia, multiplicados por sete bilhões!

Por um Punhado de Dólares

Eu adoro Bang-Bang à Italiana! O ruido das balas ricocheteando, aqueles caras imundos, ha 18 meses sem tomar um banho, com dois revólveres na cintura, cada uma destas armas com uma capacidade de atirtar indefinidamente. Eu creio que contei uns 30 tiros de um só personagem sem uma só parada para recarregar as armas, com munição inesgotável!!!

Uma nota de US$ 1,00

Um baita AUÊ! Um auê de catorze bilhões de dólares por dia. Você quer fazer mais uma continha?

Faça a ai mesmo, pois eu cansei de penar nisso, pois foi o lance do bang bang à italiana que me deu esta epifania!

Mas, PENSE COMIGO. Me acompanhe! É muito mais sensato, é muito mais sábio, é muito mais coerente, usar camisinha!

Eu tenho um vídeo tape aqui, que preciso restaurar, que registra meu primeira devastadora e humilhante paulada moral, nesta luta em que eu mal sabia de qualquer coisa.

Eu estava para ser garoto propaganda do livro histórias de coragem, totalmente despreparado para o que ia fazer e, na minha primeira declaração, eu deixei claro, claríssimo, em um branco total radiante que era simplesmente impossível, que não dava para segurar que era incontrolável parar a transa para por a camisinha.

Drª Vera Paiva do NEPAIDS

Drª Vera Paiva, do NEPAIDS, é uma das mais respeitáveis profissionais de saúde trabalhando, lutando, nem sempre vencendo, mas escrevendo a história de sua vida, de sua luta, como profissional de saúde, na luta contra a AIDS!

Quando eu terminei minha fala, estúpida, diga-se de passagem, ela olhou para a câmera, olhou para mim e fez de mim um mal exemplo. Humilhação em praça pública! Ela disse:

-“É exatamente esta linha de pensamento que precisamos remover da mente de nossos jovens”!

Você já viu um tomate seco? Creio que sim. O que você não viu foi o processamento de secagem do tomate em tempo real, perdendo gota por gota de água a 50.000 frames por segundo! Pois foi assim, bem assim, que fui traulitado pela primeira vez!

Drª Vera, sem queixas. A senhora estava certa, ainda está e sempre estará.

Aceite este pequeno trecho de texto como um agradecimento. Você foi uma das primeiras pessoas a por, em minha mente, a noção da responsabilidade que eu tomei para mim quando registrei, na Brasnic, o domínio “soropositivo.org”.

E eu lhe agradeço publicamente por isso.

Voltando à maldita PrEP e a camisinha, eu tenho de ecoar Drª Vera Paiva! É praticamente ipossível convencer uma menina, uma criança de 15 anos (É CRIANÇA SIM! E O QUE É PIOR, É CRIANÇA QUE FAZ CRIANÇA, DIABOS), a usar um preservativo a cada relação. Pois de relação a relação, criança com dispositivo erétil e criança com dispositivo com propriedades de receptáculo e incubadora começam a “pensar” e, estusiasticamente falando, depois de oito semanas, A e B começam a ver um ao outro como pessoas legais, bacanas, ” QUE NÃO TEM ISSO”, baixam a guarda e param, silenciosa e tacitamente com o uso do preservativo e, pô, quem vê cara não vê AIDS“!

Hábitos sinistros da minha parte EU Já Tenho AIDS

Eu conto. Por ser DJ e viver com a necessidade de contar os tempos musicais, os malditos BPM e os compassos.

Por outro lado, talvez por ter sido morador de rua, duas vezes, eu sinta uma maior empatia pelos que estão em dor e não é incomum que eu aborde uma pessoa com o fito e pelo menos entender como ela chegou até ali.

Isso nem sempre dá bons resultados e se eu não sou espancado em praça pública certamente o é por pena, pois não sou, não mesmo, capaz de me defender com eficiência.

Outro dia eu vi uma moça, um destas crianças que fazem crianças. Na verdade ela me abordou e pediu que eu pagasse um sanduíche a ela.

Eu perguntei: Onde você vai comer?

Aqui, ela disse. – Eu pedi o sanduíche e perguntei seu nome, ela disse um, que nem importa, pois poderia ser falso e eu emendei.

-“Está de quantos meses”?

-“Bem, poderia ser pior, você poderia ter contraído HIV”! E ela emendou, de sem-pulo!

Eu já tenho AIDS.

Maldito imbecil sou eu! Mais uma excelente ocasião a se manter em silêncio perdida!

Eu queria que o planeta se abrisse e me engolisse naquele momento infeliz. Por que, com seiscentos mil diabos, eu tive de abrir minha boca?

Paguei a conta, perguntei se eu poderia fazer alguma coisa a mais por ela ela emendou.

Dois reis dá para eu comprar uma pedra. Eu refleti por alguns instantes e pensei em minha própria filha, perdida no crack, olhei para a moça sem nome e sem esperanças e disse:

ISSO, eu não posso fazer contra você, me desculpe. E e afastei, barriga cheia, menti vazia, operando no piloto automático.

Faz pouquinho tempo eu tive uma gripe viral! A minha carga viral veio 41.

Poderia ter vindo 41000 ou PODERIA SER A SUA COM 410.000!

Digamos que eu fosse uma pessoa livre, que eu não estivesse casado com ninguém e estivesse mantendo uma relação de namoro colorido com uma pessoa que acreditando que indetectabilidade é igual a intransmissibilidade, com que cara eu olharia para ela agora e diria “darling eu preciso que você faça um exame para HIV”

Como assim?

Como assim?  ela diria. Você não estava intransmissível, o que houve afinal? 

Na hora dos nervos eu teria que explicar para ela, não meu bem eu não estava intransmissível eu estava indetectável e indetectável não é intransmissível!

Algo Ocorreu

Algo ocorreu, eu tive uma gripe viral, eu não sei!!!!!!! Tudo o que sei é que, naquele dia, da testagem, estava em 41.000! Mais ou menos assim:

“Huston! We have a problem”!

Eu temo dizer, mas não dizer seria irresponsabilidade (…). Nesse intervalo de tempo, a respeito do qual não temos a menor ideia de quanto tempo realmente foi, nós não sabíamos que eu não estava com a carga indetectável e agora talvez você tenha contraído HIV.

Sabe aquele rosto que sempre olhou para você com amor, carinho, admiração, paixão, não apenas por você, mas pela maneira como você luta pela vida, algo tão belo que desperta, nela, o desejo. O desejo de estar com você.

Em menos de 5 minutos (como sou otimista) a admiração e o respeito transfigurados em fúria, medo e raiva? Será que ela não vai ver em você um/uma sórdido/sórdida?

A camisinha resolve isso muito bem e, se estourar, terá sido, em 99% dos casos, por mal uso e não descuido e intemperança!

Vejo na platéia aquele que levanta a mão e eu já sei a pergunta. Sim, eu transava sem camisinha! E foi com tantas mulheres que você não acabaria de crer e, sim, deu a lógica: contraí HIV.

Depois disso, mesmo que de forma tardia, sempre uso preservativo com Mara. 

Como não há mais ninguém. O círculo está protegido.

Antes de decidir-me por viver com Mara eu fiz uma pá de besteira, mas esta, a de transmitir HIV para alguém, conscientemente, eu não o fiz.

Raiva sim porque foi você que traiu duplamente! 

Inicialmente você disse para ela que estava em tratamento estável, e sua carga viral está indetectável há mais de seis meses.

Na prática, isso significa que, no máximo, em dois testes, em até aproximadamente 159 e, não se pode encontrar uma quantidade de vírus maior que a detectável.

No Brasil, este limite é menor que 41, mas esta coisa é bem mais complicada. Bem, meu histórico mostra que tive duas meningites. Os médicos atenciosos como os que havia na Casa da AIDS, devidamente executada e extinta na valsa dançada por Alckmin e Dória, hoje temos o SEAP, não tomaram maiores providências e tive que procurar uma cliníca neurológica que pediu alguns exames que explicarei a seguir.

Logo após a segunda meningite eu fui à já mencionada clínica, por conta de meu convênio e ele pediu o óbvio, a carga viral do Líquor cefalorraquidiano, do soro sanguíneo e do esperma.

Os resultados?:

  • Indetectável no soro sanguíneo
  • No líquido céfaloraquidiano a contagem era tão alta que só de pensar me faz congelar a medula dos ossos
  • E tinha uma turminha boa no esperma. E era uma turma capaz, capaz, sim,  de contaminar uma mulher.
AA Vulnerabilidade Feminina

Observem, a mulher é dez vezes mais vulnerável ao contágio pelo HIV e eu falo aqui de relações heterossexuais, pois tem um bom número de pessoas cuidando de todo o resto.

E você estava, por assim dizer, a exercer uma sexualidade desestigmatizada, livre e responsável, pois, como reza a cartilha A, a cartilha B e a cartinha C, você podia viver assim e a moça, citando Marisa…..

E o que é que a gente não faz por amor né?

Eu lhe digo o que se faz por amor: Indetectável ou não, você usa preservativo,  pois há, ainda, uma lista infindável de coisas para as quais você deveria dar atenção em nome de seu próprio umbigo!

E veja, pelos próximo trinta dias esta moça vai perder noites de sono esperando a janela imunológica, pois não há nada que você possa dizer a ela que seja confiável!

Afinal…. Você “era” indetectável e, portanto, intransmissível.

E agora, bem agora, tudo o que resta para ela é contar os minutos até o fim da janela imunológica.

Que bela bosta você fez não é mesmo cara?

Partes destes textos são ilações minhas baseadas em tudo o que aprendo lento, relendo, traduzindo e revisando textos do AIDSMAP , The Body, POZ e outros mais.

Mas muito disso é baseado no que aprendi com a vida, dando me surras e, em outras vezes, mostrando a mim consequências de erros de outras pessoas. Não se iluda. A PrEP não é a melhor opção

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