Cinco combinações antirretrovirais associadas a evento cardiovascular

 Cinco combinações antirretrovirais associados com um maior risco de evento cardiovascular 

Tratamento com quatro ou cinco combinações de drogas anti-HIV está associado a um aumento do risco de um evento cardiovascular, informaram pesquisadores dos Estados Unidos na edição on-line de Clínica- Doenças Infecciosas.

Mas os autores ressaltam que o risco absoluto de um evento foi baixo e sugerem “à consideração primordial na escolha da TARV [terapia antirretroviral], do esquema terapêutico deve ser administrado levando em consideração sua eficácia para o HIV e a tolerabilidade orgânica.

Em situações em que é estão disponíveis regimes terapêuticos igualmente eficazes, os médicos devem considerar a potencial elevação do risco de eventos cardiovasculares, particularmente em pacientes que são mais velhos ou que tenham fatores de risco cardiovascular “.

A expectativa de vida de muitas pessoas com HIV é basicamente normal agora (nota do tradutor: dir-se-ia 70 anos ou mais). No entanto, a doença cardiovascular é uma causa importante de doença grave e morte em pessoas com  HIV. As razões para isso não são ainda totalmente compreendidas. Pensa-se que fatores de risco tradicionais tem um papel importante, assim também os efeitos inflamatórios da infecção pelo HIV. Mas os agentes anti-HIV, especialmente ao abacavir e inibidores de protease, têm sido associados com um aumento do risco de um evento cardiovascular em alguns estudos.

A terapia anti-HIV consiste de um tratamento com uma combinação de pelo menos três drogas antirretrovirais. Por isso, é importante saber se determinada combinações de medicamento podem aumentar o risco de eventos cardiovascular7es.

Para responder a essa pergunta, os pesquisadores elaboraram um estudo envolvendo 24.510 pessoas com HIV se inscreveram nos veteranos, cujos registros mostravam que receberam terapia antirretroviral combinada entre os anos de 1996 e 2009.

“Nós optamos por avaliar as combinações de medicamentos mais eficazes porque as drogas são sempre usadas em combinação,” explicam os autores. “É possível que as combinações de drogas possam elevar riscos cardiovascular8es de uma forma que não poderia ser descoberto avaliando apenas medicamentos individuais, ou por meio da avaliação as classes de fármacos, como estudos anteriores tem feito.”

Quinze medicamentos específicos e 23 combinações foram considerados na análise dos pesquisadores. Inibidores da Integrase e os mais novos não-análogos de nucleotídeos inibidores da transcriptase reversa (ITRNN) não foram incluídos, mas mais fármacos velhos, como indinavir, nelfinavir e a “full-dose” de ritonavir foram incluídos.

Os participantes do estudo tinham uma média de idade inicial de 47 anos. Quase a metade (47%) tinham história de  tabagismo e  12% apresentaram evidências de diabetes. Embora menos de 1% dos indivíduos tenham sofrido um evento cardiovascular9 na linha de base, cerca de 18% tomaram estatinas durante um ano ou mais. Os autores acreditam que a alta prevalência de fatores de risco cardiovascular10 fez esta população particularmente adequada para examinar a associação entre diferentes drogas antirretrovirais e as combinações e o risco de eventos cardiovascular11es – ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, a intervenção coronária percutânea (angioplastia) e cirurgia de revascularização miocárdica.

Durante a 16,4 anos de acompanhamento, 934 pessoas tiveram um evento cardiovascular12.

O estudo analisou a relação entre exposição atual de combinações de fármacos no momento de um evento em vez de exposição cumulativa.

Tratamento atual com quatro medicamentos individuais foi associado com este resultado :

• Lamivudina ( OR = 1,53; IC95% 1,34 -1.75)
• Ao Abacavir (OR = 1,50; IC95% 1,26 -1,79)
• O Efavirenz (OR = 1,40; IC95% 1,19 -1.66)
• Zidovudina (OR = 1,41; IC 95 %, 1.22-1 -63)

Terapia atual com cinco regimes terapêuticos também foi associado com aumento do risco de um evento cardiovascular13 .

• Abacavir/lamivudina/atazanavir (OR = 2,08; IC95% 1,41 -3.06)
• Zidovudina/lamivudina/atazanavir (OR = 2,04; IC95% 1,37 -3,02)
• Abacavir/lamivudina/efavirenz (OR = 1,94 ; IC95% 1,34 -2.79)
• Zidovudina/lamivudina/efavirenz (OR = 1,60; IC95% 1,25 -2,04)
• Zidovudina/abacavir/lamivudina ( OR = 1,60; IC95% 1,21 -2,11).

Os autores enfatizam que suas análises foram concebidas para ter em conta fatores concorrentes de risco. Os resultados foram semelhantes em uma análise secundária, implicando terapias de quatro e duas combinações de drogas.

“Nosso estudo é o primeiro a avaliar a associação entre as combinações de medicamentos antirretrovirais e risco de eventos cardiovascular14es “, comentam os pesquisadores. “Cinco combinações foram implicadas pela nossa análise primária.”

Mas os pesquisadores pedem cautela na interpretação dos seus resultados.

 “Para fornecer algum contexto para os nossos resultados, verificamos que o risco absoluto de eventos cardiovascular15es para nossa coorte é duas vezes maior que a de uma população com fatores de risco cardiovascular16 (aproximadamente 4 % versus 1,8 %).  O risco absoluto, no entanto, ainda é baixo. Sugerimos os médicos interpretam os nossos achados à luz do relativamente baixo risco absoluto de eventos cardiovascular17es “.

Nota do editor de Soropositivo Web Site: Convém, da nossa parte, como atores importantes em nossa sobrevivência, em face a estes resultados, buscar minimizar estes riscos cardiovascular18es com exercícios, mesmo que simples e independentes de uma academia. Existe um aplicativo, para IOS e ANDROID chamado CARDIOTRAINER, que torna a atividade de caminhar bastante interessante! Se você libera o software para gastar bateria e se conectar a um satélite ele mede a distância que você andou e quanto se elevou topograficamente falando. Relata, de maneira simplista que no exercício você consumiu, por exemplo, o equivalente a duas cerejas ou quatro maças. É uma maneira legal para você competir consigo, seu maior rival e eu cheguei a uma caminhada de 25KM em três horas e meia, na qual houve uma elevação de vinte e cinco metros!

Está aí o desafio.

Quero ver a foto de uma caminhada igual ou superior a esta porque, entre nós, mortais comuns, eu me sinto “The best” 

Claro que minha proposta, embora válida, é só um exemplo. Você pode comprar um saco de areia, se tem recursos para isso, botar uma foto do HIV e sentar a porrada no saco de areia; cuidado que ele reage sim!

A alimentação precisa ser balanceada, leve, rica em fibras etc.,

E quem precisa de reposição de vitaminas e não consegue pagar porque o preço é um absurdo, eu indico este site (você vai e compra por sua compra e risco) que fica neste link (Lembre-se de consultar sua médica sobre o que vc necessita repor). O preço é justo e você vai concluir rapidinho que os pilantras daqui importam, põe os selos deles e vendem com 400% de lucro. Não se automedique, peça a sua médica para fazer uma pesquisa (um exame de sangue) para saber o que você precisa e se realmente precisa repor. Lembre-se que, segundo o sábio Dr. Dráusio Varella, o corpo Humano foi projetado para se mexer e por isso temos tantas “dobradiças”. Se liga e manda bala

Michael Carter

Publicado em: 08 maios de 2015

Traduzido do Inglês, no original em http://www.aidsmap.com/Five-antiretroviral-combinations-associated-with-increased-risk-of-a-cardiovascular19-event/page/2964927/ por Cláudio Santos de Souza. Peço, por gentileza que você, leitor, caso tenha encontrado qualquer erro ou engado, ou mesmo um erro de digitação, que entre em contato a partir deste link

Reference