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O Fim da AIDS?

by Claudio Souza DJ, Bloqueiro

Richard-Parker-300x199Richard Parker, militante ativo há praticamente três décds na luta contra a AIDS escreveu o artigo cujo título eu copio com a finalidade de atraí-los para cá. Ele discorre com veemência sobre este “final” e coloca em cheque a nossa necessidade de permanecer no ativismo contra as mazelas da AIDS posto que as soluções biomédicas colocam-nos a cavaleiro destas mazelas e, portanto, digo eu, não haveria mais razões para iniciativas como o GAPA, o Hipupyara, a própria ABIA, o Pela Vidda etc…

Eu colo um trecho de seu texto aqui para a avaliação de todos:

Refletir sobre a resposta brasileira à epidemia de AIDS me parece uma tarefa pertinente dado a importância de uma reflexão crítica e constante sobre as nossas conquistas como movimento social, e sobre os nossos principais desafios no enfrentamento da epidemia. Há três perguntas que gostaria de apresentar como ponto de partida para esta reflexão: 1 –  Estamos realmente próximos ao “fim da AIDS” (ou de “uma geração livre da AIDS”)? 2 – Estamos vivendo uma nova era (de respostas biomédicas que substituem as respostas sociais e políticas)? 3 – Dentro deste quadro, a resposta comunitária frente à epidemia ainda importa (ainda vale a pena continuar nesta luta, principalmente se tudo estaria quase resolvido)?

Isso implica compreender o atual estado da epidemia, ou seja, se estamos de fato vivendo uma nova era de respostas biomédicas que substituem as respostas sociais e políticas. É consenso entre pesquisadores e ativistas que a grande conquista da resposta brasileira frente à epidemia foi a ousadia e o sucesso da sua resposta social e política. Então, o que quer dizer essa atual valorização das respostas biomédicas na prevenção, principalmente se consideramos a situação atual da epidemia no Brasil? O que resta da resposta brasileira frente ao HIV/AIDS se o futuro do enfrentamento da epidemia depende, acima de tudo, de técnicas e tecnologias desenvolvidas pela ciência e pelas empresas baseadas nos países ricos do (ainda) chamado “primeiro mundo”.

Assistimos na mídia a todo instante o anúncio do fim da AIDS. O assunto está presente, por exemplo, nas reportagens no ano passado sobre 20ª Conferência Internacional de AIDS em Melbourne, Austrália, e recentemente sobre a 8ª Conferência sobre a Patogênese do HIV, em Vancouver, Canadá. Logo, precisamos responder à seguinte pergunta: estamos chegando realmente perto do fim da AIDS? Em breve haverá uma geração livre da AIDS? E se isso for verdade, o que isso quer dizer?

E por último, dentro desse quadro do fim da AIDS, onde escutamos sobre grandes conquistas biomédicas no enfrentamento à epidemia, ainda vale uma resposta comunitária frente à epidemia? A resposta comunitária ainda faz diferença? O que podemos fazer no nível comunitário, dentro da sociedade civil, quando os gestores – os que eu chamo dos “administradores da epidemia” – anunciam o fim da AIDS graças aos medicamentos e as tecnologias produzidos pela ciência, a biomedicina e a saúde pública? clique aqui para ler mais

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