Polícia prende 7 por atentado a bomba na Parada Gay de SP

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Dois investigados são adolescentes; grupo é acusado de ferir 13 pessoas

 

Marcelo Godoy

 

Nove acusados de pertencer ao grupo Impacto Hooligan, de tendência neonazista, são acusados do atentado a bomba que feriu pelo menos 13 pessoas que participaram da 13ª Parada do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). Sete tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça – cinco foram encarcerados ontem e outros dois já estavam detidos por outros crimes. Os outros dois acusados são adolescentes.

 

No mesmo dia do atentado, o mesmo grupo teria agredido um HOMOSSEXUAL durante a parada e um punk. O ataque foi planejado. Os policiais da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) reuniram testemunhas, confissões, documentos, e-mails e imagens de vídeo para apontar os responsáveis pelos ataques. “Tudo começou com um e-mail recebidos pelos organizadores de um protesto contra as agressões ocorridas na Parada”, disse a delegada Margarette Barreto. No e-mail, eram feitas ameaças contra os organizadores do protesto. Havia uma foto na qual dois jovens posavam diante de um rapaz no chão.

 

“Identificamos os dois, quem tirou a foto e a vítima de agressão”, afirmou a delegada. As pessoas eram ligadas a um grupo racista ligado ao Impacto Hooligan. Por meio de uma dessas pessoas, surgiu a primeira informação de que os autores do atentado a bomba teriam sido integrantes do Impacto Hooligan. Identificado pela Decradi, um dos adolescentes que participaram do ataque resolveu colaborar.

 

Contou que uma semana antes os integrantes do bando tiveram a ideia de atacar a Parada. Estavam em um bar perto da Estação Santa Cruz do metrô. Na semana seguinte, marcaram um encontro na Estação Vergueiro do metrô. Às 16 horas, o grupo partiu para a região da Avenida Paulista. O adolescente confirmou que o grupo agrediu um punk que achou pelo caminho e um HOMOSSEXUAL no Parque do Trianon, na zona sul. Mais tarde, todos rumaram para a Avenida Vieira de Carvalho, onde Rodrigo de Alcântara Leonardo, de 23 anos, tirou a bomba de dentro d e sua bermuda e jogou para o alto, no meio da área de dispersão da Parada.

 

Imagens captadas pelo sistema de vigilância de uma boate da avenida confirmaram o depoimento do adolescente. Nelas aparecem, no momento da explosão, o jovem e sua namorada, que também colaborou com as investigações – por isso, a polícia não pediu a prisão da jovem, mas a Justiça considerou que ela devia responder o processo presa.

 

As mesmas imagens mostram Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 19 anos. Chuck seria o líder do bando Impacto Hooligan. No inquérito, uma testemunha contou que ele teria sido o autor da ideia de atacar a Parada do Orgulho LGBT. “Nosso objetivo era mostrar que essas ações não ficarão impunes”, afirmou o delegado Marco Antônio Desgualdo, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

O ESTADO DE S.PAULO-SP 

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Dia / Mês/Ano:

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05/DEZEMBRO/09


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Claudio Souza DJ, Bloqueiro e Escritor
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