Sexo vaginal oferece múltiplas vulnerabilidades, aumentam o risco tanto em mulheres, como em homens.
Por James Myhre e Dennis Sifris, MD Atualizado em 26 de setembro de 2023
Avaliado clinicamente por Ronald Lubelchek, MD
Imagem de Bing Naranjo por Pixabay
Existem Diferenças nos Riscos Que Homens e Mulheres Correm com relação ao contágio por HIV?
O sexo vaginal entre parceiros é uma das formas mais comuns pelas quais uma pessoa pode contrair. Tanto mulheres como homens podem correr riscos sérios de contrair HIV quando fazem sexo vaginal sem usar preservativo.
Foi o que aconteceu comigo e, no momento de frigir os ovos perdi toda a minha fanfarronice de que chupar bala com papel não tem graça! O que senti foi pânico tal que ousei dizer á médica: “Já vivi o bastante” aos 30 anos!
Existem vários fatores de risco compartilhados por ambos os parceiros. Existem também razões pelas quais os homens podem estar em risco e outras razões pelas quais as mulheres podem ter muito mais probabilidades de serem infectadas pelo HIV.
Este Artigo Sobre Sinais Específicos Sobre Mulheres, o que ele aborda?
Este artigo discute por que o sexo vaginal apresenta um risco de HIV tanto para homens como para mulheres. Explica o como, e o porquê de tais diferenças anatômicas, normas culturais e até mesmo o bom funcionamento do tratamento do HIV podem afetar esse risco.
Sexo e identidade de gênero
Este artigo aborda um tema importante – a relação entre sexo vaginal e o risco de contrair o HIV. Ao discutir este tópico, é essencial considerar a diversidade de identidades de gênero e as diferentes experiências das pessoas. No Soropositivo.Org reconhecemos a importância de respeitar e compreender a multiplicidade de formas pelas quais as pessoas vivenciam e expressam sua identidade de gênero.
Ao falar sobre sexo atribuído no nascimento, estamos cientes de que essa é apenas uma das muitas dimensões que compõem a complexidade das identidades de gênero. Nossa abordagem visa promover a compreensão e respeito por todas as identidades de gênero, reconhecendo que cada pessoa tem sua própria jornada e experiência única. Acreditamos que é fundamental oferecer informações precisas e inclusivas para promover a saúde e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero.
Risco por atividade sexual
Nos Estados Unidos, os homens heterossexuais representaram 8,7% dos novos diagnósticos de HIV e as mulheres heterossexuais representaram 19% em 2021. A grande maioria dos novos casos ocorre, no entanto, em homens que têm relações sexuais com outros homens (HSH).1
Ao discutir o risco de HIV, as pessoas muitas vezes olham para qual “tipo” de sexo é mais arriscado. Eles comparam vagina, anal e oral sexo. Eles também comparam o sexo receptivo (seu parceiro insere o pênis em você) com o sexo insertivo (você insere o pênis no parceiro).
Números Como Base
Baseado inteiramente nos números, receptivo sexo anal é considerada a atividade de maior risco. O risco de infecção pelo HIV é 17 vezes maior no sexo anal receptivo do que no sexo vaginal receptivo.2 Com base num estudo de 2014, o risco por ato de transmissão do HIV em 10.000 exposições é:
- Relações anais receptivas: 138
- Relações anais insertivas: 11
- Relações penianas-vaginais receptivas: 8
- Relações penianas-vaginais insertivas: 4
- Sexo oral (receptivo ou insertivo): Baixo risco
As estatísticas não representam pessoas individuais. É verdade que o sexo vaginal pode representar um risco geral “menor” quando comparado ao sexo anal. O que os dados não conseguem dizer é como o risco de infecção pelo HIV pode diferir entre homens e mulheres que praticam sexo vaginal.
Números e Fatos
Os dados sobre o risco nem sempre explicam os fatores que tornam algumas pessoas mais vulneráveis ou menos vulneráveis. Não considera como estes fatores fazem com que o risco de infecção pelo HIV seja muito maior para mim, o tradutor, que se traduzui, de uma maneira ouy de outra em cem por cento, do que para outras pessoas, parceiras minhas durante meu estágio não diagnosticado, que não contraíram o HIV.
As mulheres têm cerca de duas vezes mais probabilidade de desenvolver uma infecção pelo HIV do que os homens quando praticam atos heterossexuais e, todavia, minhas duas últimas namoradas (ou parceiras, me diga você nãop se tornaram soropositivas).3
É de maior possibilidade que uma mulher contraia o HIV no seu primeiro encontro sexual com um homem do que um homem com o seu parceiro masculino.
Alguns homens têm muito mais probabilidade de contrair o HIV do que outros homens. Estudos sugerem homens incircuncisos correm maior risco. de contrair o HIV após sexo vaginal do que os homens circuncidados.4 No entanto eu, o editor do blog, fui circuncidado aos seis anos por conta de uma fimose!
Recapitular
O sexo vaginal não é a prática mais arriscada em se contagiar por HIV. No entanto, ainda representa um risco para ambos os parceiros, sendo esse risco maior para as mulheres do que para os homens.
Isto deve-se a vários factores, incluindo vulnerabilidades que colocam as mulheres (e alguns homens) em maior risco do que outros.
Fatores de risco em mulheres
A transmissão do HIV através do sexo vaginal sem o uso de preservativo representa um risco maior para as mulheres devido a uma série de razões fundamentais. Em primeiro lugar, o sistema imunológico do corpo desempenha um papel crucial na defesa contra invasores, como vírus. No entanto, o HIV atua de forma a inverter essa missão, atacando as células TCD4 que normalmente seriam responsáveis por neutralizar a ameaça. Esse processo leva o corpo a suportar a sua própria infecção em vez de combatê-la, o que representa um desafio significativo.
Além disso, um dos fatores que contribuem para o maior risco de transmissão do HIV no sexo vaginal é a área de superfície dos tecidos vaginais, que é substancialmente maior se comparada à da uretra masculina. Enquanto a uretra é um tubo fino que atravessa o pênis e se conecta à bexiga, apresentando uma área de superfície relativamente pequena em comparação com os tecidos vaginais, isso pode influenciar a probabilidade de transmissão do vírus durante a atividade sexual desprotegida.
Esses aspectos fisiológicos evidenciam a importância da consciência e da educação sobre a prevenção do HIV, destacando a necessidade de práticas sexuais seguras, como o uso consistente de preservativos, a realização regular de testes de HIV e a busca por orientação médica especializada. A compreensão desses fatores pode contribuir significativamente para a promoção da saúde sexual e reprodutiva, bem como para a redução da incidência de transmissão do HIV.
Outras vulnerabilidades baseadas nas diferenças entre homens e mulheres incluem:
- Também é verdade se você tiver uma infecção sexualmente transmissível (IST), como clamídia ou humano papilomavírus (HPV).
- Mulheres com infecção do trato genital, seja por bactéria, vírus ou fungo, correm maior risco de contrair o HIV. Alguns estudos sugeriram que vaginose bacteriana está associada a um risco aumentado de contrair o HIV durante relações sexuais desprotegidas com um parceiro seropositivo.5
- Sexo sem uso de preservativo pode aumentar o risco de HIV em uma mulher se o homem ejacular sêmen em sua vagina. Os principais fatores que afetam o risco incluem quanto tempo você fica exposto e quanto líquido infectado existe, bem como a carga viral neste líquido.
- Feridas abertas ou úlceras de DSTs como sífilis podem aumentar o risco em homens e mulheres.
- Nas mulheres, entretanto, as feridas são menos visíveis do que no pênis do homem. Elas podem passar despercebidas.
- As práticas de duchas higiênicas podem alterar a “boa” flora bacteriana da vagina, embora isso ainda esteja em debate.
Eu, Cláudio Souza contraí sífilis de uma moça ainda quando menor de rua. Fui à Santa Casa, o médico diagnosticou e tratou. Disse a ele que ia brigar com a moça e ele me explicou: provavelmente ela não sabe; e me explicou que na mulher muitas DSTs permanecem invisíveis e que minha obrigação “como homem” (eu tinha catorze anos) era a de avisar a moça. Isso dito, isso feito, isso eu expulso da casa dela sob uma tempestade de insultos… Como se não me bastassem as quatro benzetacyls…
PrEP
O uso diário de um medicamento para HIV chamado profilaxia pré-exposição (PrEP) pode reduzir o risco de HIV num parceiro não infectado.
Existem vulnerabilidades sociais que também podem colocar as mulheres em maior risco. Eles incluem violência sexual nos relacionamentos. Nestes casos, as mulheres ficam limitadas na sua proteção e a probabilidade de danos no delicado tecido vaginal é maior.
A pobreza, as normas sociais e os desequilíbrios de gênero podem contribuir para o privilégio masculino nos relacionamentos. O domínio de um homem em outras áreas provavelmente também se juntar a estes fatores, pois dependência econômica, vulnerabilidade econômica, menor força física são fatores de subjugação (minha pobre mãe passou por coisas parecidas).
E sigo eu, aqui: tendo em vista que em alguns rincões deste país lindo porém repleto de atrasos algumas meninas se tornam mulheres (esposas) de coronéis do Coronelato Brasilis que tomam estas meninas de suas famílias. Li isso em uma matéria da Marta Suplicy e está em algum lugar em meu blog. Prometo procurar para mostrar
Recapitular
Grande parte da razão pela qual o risco de infecção pelo HIV é maior nas mulheres deve-se à anatomia. Os tecidos da vagina são infectados mais facilmente do que os do pênis do homem.6 A mulher é a parceira que recebe fluidos com maior probabilidade de causar infecção. Os fatores sociais também podem colocar as mulheres em maior risco do que os seus parceiros masculinos.
Fatores de risco em homens
Não se deve subestimar o fato de os homens heterossexuais serem menos suscetíveis ao HIV do que as mulheres pois, podem, sim, ainda estar em maior risco de infecção pelo HIV.
Por exemplo, o pênis não circuncidado ainda tem o prepúcio intacto. Isso facilita que as bactérias fiquem presas embaixo dele e levem a uma infecção. Em resposta, o corpo produzirá o que é chamado Células de Langerhans para controlar as bactérias.7
Quando um homem faz sexo sem preservativo com uma mulher seropositiva, as células de Langerhans trabalham para transportar o vírus para as células T CD4 para o destruir. Mas com o HIV, isto pode, na verdade, aumentar a probabilidade de infecção pelo HIV. As DST e as infecções do trato genital podem aumentar ainda mais o risco de HIV.8
Em diversas sociedades, as regras culturais sobre o que é ser homem incentivam o sexo. A aventura sexual é vista como uma expressão de masculinidade. Como resultado, os homens podem ter mais parceiros sexuais do que as mulheres e envolver-se em comportamentos que aumentam o risco de HIV.
Vulnerabilidades compartilhadas
Tanto os homens como as mulheres partilham algumas das mesmas vulnerabilidades no que diz respeito à infecção pelo HIV.
Por exemplo, beber álcool ou consumir drogas pode afetar a capacidade de fazer escolhas seguras tanto em homens como em mulheres. Isso pode levar a relações sexuais sem proteção ou afetar a habilidade de uma pessoa de seguir a terapia medicamentosa para o HIV.
Se o parceiro infectado de qualquer sexo tiver uma quantidade elevada de HIV no sangue (carga viral), isto aumenta o risco para o parceiro livre de HIV.9
Uma carga viral elevada durante infecção aguda, que surge logo após a exposição, está associada a um aumento no risco de transmissão do HIV.
Por outro lado, as pessoas com cargas virais demasiado baixas para detectar (< 40) não conseguem transmitir o HIV a um parceiro através do sexo.10
Recapitular
Homens não circuncidados têm maior risco de infecção pelo HIV através do sexo vaginal. Os homens também podem se envolver em comportamentos mais arriscados. O uso de álcool e drogas pode levar a mais riscos para homens e mulheres. Estas escolhas também podem afetar a carga viral num parceiro soropositivo em tratamento e aumentar o risco de transmissão.
Risco por exposição
Uma forma de medir o risco de HIV baseia-se no chamado “risco por exposição”. Este risco pode variar com base no gênero, na carga viral do parceiro seropositivo e até na parte do mundo em que vive.9
Por exemplo, o risco por exposição para mulheres que praticam sexo vaginal com homens é de oito em 10.000 desses atos sexuais. O risco é de quatro em 10.000 para os homens. Isto pode parecer baixo, mas estas estatísticas não refletem a realidade de que fazer sexo vaginal sem proteção, mesmo que uma vez, pode levar à infecção pelo HIV. (Leia “depois daquela viagem”)
Tenha em mente que os números de riscos por exposição não consideram nenhum dos outros fatores que aumentem o risco. Esses fatores incluem:
11 Fontes
- Presença de uma IST
- Uso de drogas injetáveis
- Infecção subjacente, como hepatite C
Risco de exposição acidental
Medicamentos chamados profilaxia pós-exposição (PEP) podem reduzir significativamente o risco de infecção se você achar que pode ter sido exposto ao HIV.11 A PEP consiste em um ciclo de 28 dias de medicamentos antirretrovirais, que devem ser tomados completamente e sem interrupção.
A PEP deve ser iniciada o mais rápido possível para minimizar o risco de infecção. Pode ser iniciado até 72 horas após uma possível exposição.11
Visão geral dos antirretrovirais
Resumo
O sexo vaginal, entre uma pessoa com pênis e uma pessoa com vagina, apresenta o risco de infecção pelo HIV. Por uma série de razões, esse risco é maior para as mulheres do que para os homens.
Grande parte da diferença no risco de se contrair HIV deve-se à diferença nos corpos dos homens e das mulheres. A vagina é mais vulnerável às infecções do que o pênis. Também recebe fluidos que podem transmitir a infecção pelo HIV durante o sexo vaginal. Fatores sociais e culturais também podem desempenhar um papel submisso.
E morrer se não se submeter.
Homens não circuncidados também apresentam maior risco de infecção pelo HIV através do sexo vaginal. Ambos os sexos correm maior risco quando, por exemplo, o consumo de álcool e drogas altera a sua tomada de decisões sobre práticas sexuais mais seguras ou o tratamento contínuo do HIV.
Vida Sexual Saudável
Uma vida sexual saudável é possível quando ambos os parceiros tomam as devidas precauções. Isso é verdade mesmo quando se vive com a infecção pelo HIV. O uso correto do preservativo e, em alguns casos, os medicamentos para o tratamento do HIV podem prevenir a transmissão durante o sexo vaginal. Certifique-se de discutir quaisquer preocupações com o seu profissional de saúde.
Traduzido Por Cláudio Souza do Original em:
What Is the Risk of HIV From Vaginal Sex?
Quer ajudar o trabalho? faça um PIX de qualquer valor para cssouza1964@gmail.com
- Centers for Disease Control and Prevention. Diagnoses of HIV infection in the United States and dependent areas, 2021: tables.
- Patel P, Borkowf CB, Brooks JT, Lasry A, Lansky A, Mermin J. Estimating per-act HIV transmission risk: a systematic review. AIDS. 2014;28(10):1509–1519. doi:10.1097/QAD.0000000000000298
- Scully EP. Sex differences in hiv infection. Curr HIV/AIDS Rep. 2018;15(2):136-146. doi: 10.1007%2Fs11904-018-0383-2
- Centers for Disease Control and Prevention. What can decrease HIV risk?
- Wanga V, Mackelprang RD, Thomas KK, et al. Brief report: bacterial baginosis and risk of HIV infection in the context of CD101 gene variation. J Acquir Immune Defic Syndr. 2020;85(5):584-587. doi:10.1097/QAI.0000000000002505
- Centers for Disease Control and Prevention. How STDs Impact Women Differently From Men.
- Prodger JL, Kaul R. The biology of how circumcision reduces HIV susceptibility: broader implications for the prevention field. AIDS Res Ther. 2017;14(1):49. doi:10.1186/s12981-017-0167-6
- Centers for Disease Control and Prevention. STDs and HIV – CDC fact sheet.
- Centers for Disease Control and Prevention. HIV risk behaviors.
- LeMessurier J, Traversy G, Varsaneux O, et al. Risk of sexual transmission of human immunodeficiency virus with antiretroviral therapy, suppressed viral load and condom use: a systematic review. CMAJ. 2018;190(46):E1350-E1360. doi:10.1503/cmaj.180311
- Centers for Disease Control and Prevention. PEP.
By James Myhre & Dennis Sifris, MD
Dennis Sifris, MD, is an HIV specialist and Medical Director of LifeSense Disease Management. James Myhre is an American journalist and HIV educator.