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“Blipes” virais

por Claudio Souza DJ, Bloqueiro
Publicado Atualizado em 2 Comentários 939 visualizações 5 minutos leitura

Computer Security Concept, Virus AttackUm olhar do Editor. Estou em vias de terminar um importante artigo que trata desta coisa chamada “blip” viral. Depois de procurar em diversos dicionários passei a buscar nas minhas fontes o que poderia ser um “blip viral”. E, com rara felicidade, encontrei este artigo, cujas fontes estão todasa citadas no final do artigo

Algumas pessoas passam por elevações da carga viral transitórios que são chamadas de “blipes virais. A Carga Viral retorna rapidamente para um nível indetectável sem qualquer mudança na terapia. Vários estudos têm encontrado que 20 a 60% de pacientes com supressão viral com alguma experiência de blipes virais (consoante o esquema utilizado e a frequência de testes de carga viral), e talvez um terço destas experiências repetidas. A maioria dos blipes são pequenas, com carga viral subindo para algures entre 50 e 1000 cópias/ml.

Blipes pode ter diversas causas, incluindo variabilidade no processo de teste, alterações temporárias de concentração da droga, ou descargas transientes de ativação imune, por exemplo devido a receber uma vacina ou tendo uma infecção como a gripe. Um estudo medindo a carga viral em amostras de sangue de dez pacientes a cada três dias para quatro meses em dois laboratórios separados. Nove pacientes apresentaram um ou mais blipes de carga viral, mas apenas um dos 18 blipes totais foi detectada por dois laboratórios ao mesmo tempo.1

Enquanto uma redução na adesão pode causar aumento da carga viral, a maioria dos estudos têm mostrado que as pessoas que vivem a experiência de blipes não têm pior aderência do que aqueles com  carga viral indetectável consistentemente, nem a adesão é necessariamente menor antes de um blip.2 Além disso, os níveis de droga antes, durante e após o blip a carga viral são muitas vezes maior do que o mínimo recomendado concentrações das drogas.3,1

A maioria dos médicos acreditam que uma carga viral isolada, um blip, é nada para se preocupar. No entanto, várias blipes, ou aqueles que começaram a ocorrer com uma frequência cada vez maior, pode ser um sinal precoce de caducidade iminente a falha do tratamento.

Blipes também não são necessariamente associados com o surgimento de  resistência às drogas.4 No entanto, alguns estudos sugerem que os aumentos transitórios da carga viral possam ser um sinal de esporádica a ativação do sistema imune e pode ajudar a reabastecer os reservatórios virais latentes.5

A relação entre os blipes e a carga viral e recuperação imunológica é clara.3 6 Mesmo com a melhor terapêutica disponível e óptima aderência, blipes virais podem ocorrer. Por esta razão, orientaça-se aconselhar que a carga viral deve ser verificada pelo menos duas vezes para ver se o aumento é uma tendência contínua antes de decidir se mudar de tratamento.

Traduzido do original em Viral blips por Cláudio Souza

References

  1. Nettles RE et al. Intermittent HIV-1 viremia (blips) and drug resistance in patients receiving HAART. JAMA 293: 817-829, 2005
  2. Miller LG et al. Episodes of transient HIV viraemia (blips) are not associated with drops in medication adherence. Antivir Ther 8: S396, 2003
  3. Martinez V et al. HIV-1 intermittent viraemia in patients treated by non-nucleoside reverse transcriptase inhibitor-based regimen. AIDS 19: 1065-1069, 2005
  4. Lee PK et al. HIV-1 viral load blips are of limited clinical significance. J Antimicrob Chemother 57: 803-805, 2006
  5. Jones LE and Perelson AS Transient viremia, plasma viral load, and reservoir replenishment in HIV-infected patients on antiretroviral therapy. J Acquir Immune Defic Syndr 45: 483-493, 2007
  6. Hunt PW et al. Continued CD4 cell count increases in HIV-infected adults experiencing 4 years of viral suppression on antiretroviral therapy. AIDS 17: 1907-1915, 2003

 

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