O que me traz paz?

O que te traz paz? O WordPress e por consequência Automattic Vai ser interessante em sistema onde eles propõem um tema escreve quem quiser. Isso fica publicado em meu blog, mas vai para um feed onde todas as respostas podem ser vistas; isso é interessante porque aumenta a interatividade, divulga nossos blogs entre nós da comunidade WordPress e dá espaço a alguma criatividade e com certeza alguma diversificação dentro de nossos blogs, muitas vezes tão centrados.

O WordPress pergunta o que te traz paz.

Como grande consequência da partida de minha mãe foi a aplicação de um deplorável mecanismo judicial conhecido como abandono de lar que levou minha mãe a perder direito à pensão e mesmo à guarda dos filhos… Felizmente, esta figura jurídica deplorável foi abolida do uso diário da aplicação da lei no caso da lei civil!

O Recrudescimento das Surras

Contudo, e meu pai batia em mim quando minha mãe estava presente de maneira terrível e extremamente violenta, isso só fez recrudescer depois que ela foi embora! Meu pai me batia tanto e fazia outras coisas como tomar o dinheiro que eu ganhava da minha mãe ou da minha avó e depois até de alguns pequenos trabalhos que comecei a fazer e mesmo de um emprego, pois comecei a trabalhar com 11 anos (naquela época podia) que eu resolvi pensando por uma noite en que fui posto de castigo e considerei que minha vida estaria em risco e resolvi fugir de casa.

Eu procurei minha mãe; e o homem com quem ela vivia disse que não sustentaria o filho da puta de filho da puta nenhum na casa dele e o resto está em um livro que estou terminando de escrever e que em breve eu darei para vocês notícias dele.

O fato é que tentei abrigo em mais 2 lugares e 2 vezes eu fui negado contando uma vez que fui negado na casa de minha própria mãe são três, este é o número das aparências e desisti. Desisti, entenda bem, de procurar abrigo, não de ficar fora da casa de meu pai.

A Vida Nas Ruas

Passei a morar na rua e durante quase seis anos eu morei nas ruas. Não vou narrar a vocês seis anos de invernos gelados em São Paulo na década de 70 aqui. Isso estará em meu livro, existe um texto em meu blog intitulado depoimento de um soropositivo que fala um pouco sobre isso.

Enfim, passei tantas coisas na rua que mesmo… mesmo hoje, mais de 40 anos depois, eu ainda não consigo dormir sem ajuda de medicamentos. É de se facilmente discernir que talvez eu não encontre paz em lugar nenhum, mas essa é uma conclusão precipitada! Eu bandei muito pela vida.

Fui DJ na noite, trabalhei na boca do luxo, conquistei empregos almejados por muitos sem sucesso, tive inúmeras parceiras de cama, uma vida amorosa para lá de tumultuada e o grande erro daquela época é que eu ganhava bem, mas gastava melhor. Neste processo me envolvi com a mulher errada, mas eu a amava que poderia fazer e dei um tempo no tumulto da vida amorosa, só para descobrir que ela estava me traindo.

Me separei dela, tentei a guarda das filhas na justiça, mais de uma vez fui ameaçado de morte, desisti, fiquei vinte anos sem saber de minhas filhas e, quando as reencontrei, a mãe tinha feito um ótimo trabalho as envenenando contra mim ao ponto de elas não quererem ouvir o meu lado. Em especial a mais velha, Vivian, que hoje trato como a Medusa. Marina é mais light e diz que me perdoou, mas ela tem muitos problemas e leva meses para retornar uma mensagem, a verdade me foi dita por alguém que diz o dizer o que se pensa sem receio e disse:

— Cláudio você Já perdeu suas filhas

Quando estou em casa, sim, eu tenho uma casa, com minha mulher, Mara, sinto como se nada nesse mundo pudesse me fazer mal. Pois tenho um teto e dentro dele a proteção da mulher amada. E enquanto ela me protege eu a protejo, isso me traz paz.

Simples assim. Boa noite a todos!