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A FDA aprovou o AZT em um recorde de 20 meses, um movimento que continua controverso hoje.
O HIV foi relatado pela primeira vez em 1981, mas foi até seis anos depois – em março de 1987 – que uma droga para combater o vírus foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA). No 30º aniversário deste marco, a revista Time dá uma olhada na história por trás da controversa medicação azidothymidine, comumente conhecida como AZT.
Também conhecido como Retrovir ou zidovudina, o composto AZT não foi originalmente criado com HIV em mente, mas foi desenvolvido na década de 1960 para combater o câncer. Décadas depois, cientistas da gigante farmacêutica Burroughs Wellcome fizeram uma versão do AZT para combater o HIV.
Para acelerar a aprovação do medicamento, a farmacêutica conduziu um estudo com 300 pessoas que tinham AIDS. Após 16 semanas, foi interrompido o teste porque aqueles que tomavam AZT estavam muito melhor do que aqueles que não estavam tomando. Os resultados foram considerados um avanço, e a FDA aprovou a droga em 19 de março de 1987, em um recorde de 20 meses, de acordo com Time.
A aprovação foi concedida apesar de muitas perguntas permanecendo sem resposta – por exemplo, quanto tempo os benefícios durariam? – e apesar de outras questões envolvendo o próprio julgamento. De fato, observa Time, a trilha permanece controversa hoje.
Então veio uma controvérsia maior: o preço. Com cerca de US $ 8.000 por ano (US $ 17.000 em dólares de hoje), o AZT era inatingível para muitos.
Hoje, temos mais de 41 medicamentos para tratar o HIV, muitos em combinação e com muito menos efeitos colaterais.
Eu, Cláudio Souza, lembro-me bem deste “remedinho”…
Eram 6 comprimidos a cada quatro horas.
A primeira dose eu tomei e apesar de meu estômago ter me dado um coice eu aguentei.
Depois, quatro horas mais tarde eu tome e 10 minutos depois eu vomitei.
O terceiro eu tomei, bateu no estômago e voltou, a enfermeira na casa de apoio veio me dar, eu não quis tomar… Ela xavecou, xavecou e xavecou… Eu tomei e vomitei instantâneamente! Disse a ela que não voltasse a me trazer aquilo; e ela veio eu não tomei. Pow! Eram seis comprimidos a cada 4 horas!
No dia seguinte eu voltei ao médico que me deu a medicação e pus a mesma sobre a mesa e disse para ele:
“Olha só… Se é para eu morrer em seis meses, conforme me foi preconizado, é melhor que eu os viva sem vomitar.
Levantei-me, ele me chamou e eu nem olhei para trás, desapareci e quase dois anos e meio depois, muito além dos seis meses ue me foram preconizados, surgiu o coquetel, que não era como o AZT. Mas eu tomei uma combinação que usava o DDI, aquele que era maior que uma pastilha de sal de frutas e, na bula, que eu jurei a mim mesmo nunca mais ler uma bula estava lá arrolada, na lista de reações adversas a pouco sugestiva expressão:
- Pancreatite fulminante
E eu o tomei, com o c… na mão, por seis meses, numa rotina que exigia um jejum prévio à tomada de uma hora e posterior à tomada de mais uma hora, porque, por uma “questão de biodisponibilidade”, era necessário que eles fossem recebidos em um ambiente de “hiper-acidez gástrica” que gerou uma úlcera e determinou a mudança.
E, no último domingo uma pessoa, contrafazendo todos os preceitos de educação, pegou meu número onde eu disponibilizo o WHATSAPP e me LIGOU.
“Desesperado”, ele se sabia portador do vírus há dois anos, mas não tomava a medicação porque, segundo ele, a medica disse que a medicação era “muito forte”. E que não haveria ganho, haja vistas para o fato de el ter uma contagem de CD4 alta e uma carga viral que se mantinha estável num “limite seguro” e, agora, ele tinha e tomar o medicamento (o três em um) e estava desesperado com isso. Tinha pleno conhecimento de causa sobre sua situação clínica! Desespero eu vejo nas pessoas que chegam aqui aparvalhadas com um resultado reagente na mão, recebido num laboratório onde tudo, inclusive as cores das paredes são pasteurizadas e todas as atendentes tem unhas bem feitas (eu tenho a impressão que esta é, para obter a vaga, uma condição Sine Qua Non (…), onde só falta a humanidade caridosa de uma psicológa e plantão, para ajudar na absorção do primeiro impacto!
Deus sabe como eu fiquei e quantas coisas eu pensei naquele triste dia
Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar eu cheguei a cantar
Hoje eu dou graças a Deus, porque eu vi no que você se tornou! Arre!
“Muita sintonia… a violeta que vc roubou para mim é a única que floresce”… Acho que, em verdade, esta era a única coisa a florescer perto de você
Pense nele vivendo o que eu e centenas de milhares vivemos 20 anos atrás…
Moral da história:
Domingo… Celular desligado
Um pouco mais sobre o AZT pela Wikipedia
Histórico
A zidovudina foi a primeira droga aprovada para o tratamento da infecção do VIH/SIDA. Jerome Horwitz do Barbara Ann Karmanos Cancer Institute e Wayne State University School of Medicine sintetizou o AZT em 1964[1][2], usando uma bolsa Federal do US National Institutes of Health (NIH). O AZT foi originalmente pensado como uma droga anticancro, mas foi arquivada quando se concluiu que não era suficientemente efetiva contra tumores em ratos.[3]
Em 1974 W. Ostertag do Instituto Max Planck na Alemanha obteve indícios que o AZT era ativo numa cultura de retrovirus de ratos [4]. Em 1984, pouco após a confirmação de que o HIV era a causa da SIDA/AIDS, os cientistas na Burroughs Wellcome Co. (BW) começaram a pesquisar novos compostos para tratar a doença. Burroughs Wellcome já tinha experiência nas doenças virais, liderada por cientistas que incluíam Gertrude Elion, David Barry, Phil Furman, Marty St. Clair, Janet Rideout, Sandi Lehman entre outros. O seu esforço de investigação focou-se na enzima viral Transcriptase reversa. A Transcriptase reversa é uma enzima que os retrovírus, incluindo o VIH, utilizam para se replicarem. Os cientistas na BW começaram por identificar e sintetizar compostos e desenvolver um teste de despistagem para actividade contra retrovírus nos ratos. Um composto com o código BW A509U foi testado e demonstrou uma potente atividade contra os vírus destes roedores.
Na mesma altura, Samuel Broder, Hiroaki Mitsuya, e Robert Yarchoan do National Cancer Institute (NCI) dos Estados Unidos da América tinham começado também o seu próprio programa independente para desenvolverem uma terapia para a SIDA/AIDS. Os cientistas na BW não estavam trabalhando diretamente no VIH, e como tal os dois grupos decidiram trabalhar em conjunto. Em Fevereiro de 1985, os cientistas da NCI demonstraram que o BW A509U tinham uma atividade potente contra o VIH no tubo de ensaio, e alguns meses mais tarde, começaram a fase 1 inicial de ensaios clínicos do AZT na NCI, em colaboração com cientistas da Burroughs Wellcome e da Duke University [5][6] [7]. Este ensaio demonstrou que a droga podia ser administrada com segurança a pacientes com VIH e que podia aumentar as contagens de CD4 em doentes com VIH incluindo os com SIDA/AIDS… Continuar lendo na Wikpedia.
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