A infecção pelo HIV está ligada a um risco bem mais acentuado de AVC, segundo informa pesquisa realizada na América do Norte, publicada numa edição eletrônica do Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes.
A associação entre infeção pelo vírus da AIDS e o AVC manteve-se numa patamar significativo após alguns estudos e opções de controle do mal. Dos fatores que se relacionam à infecção pelo HIV, a carga viral mostrou-se o fator mais importante de todos.
A possibilidade de AVC cresceu num nível paralelo ao crescimento da carga viral, sugerindo que um controle viral inadequado e as sequelas inflamatórias e imunológicas inerentes a este fator podem agravar o risco o risco vascular/cerebral.
Nos dias de hoje é de conhecimento comum que o Vírus da Imunodeficiência Humana esta associado à acentuação de riscos de doenças cardiovasculares. Apesar disto, o efeito trombogêncio do HIV ainda não é claro e tudo fica no campo das teorias; entretanto, o risco existe.
Foi com o fico de melhor mensurar este elo que cientistas de Boston delinearam um estudo, em que comparou-se o índice de incidência de AVC em 4 308 pessoas soropositivas entre 2005 e 2007 e 32 000 pessoas soronegativas como grupo de controle para a análise.
Observou-se uma vasta prevalência de fatores de risco para AVC em pessoas com HIV, tais como a pressão alta, o diabetes, o hábito infeliz de fumar, cardiomiopatias, doença da válvula esquerda do coração e insuficiência coronariana.
Foram anotados 132 AVC em pessoas portadoras de HIV e 782 em pessoas não portadoras do vírus. O Índice foi de 5.27 por mil doentes/ano entre as pessoas soropositivas e 3.75 a cada mil doentes/ano em pessoas que nao são soropositivas.
Dentro desta análise dos investigadores, a infecção pelo HIV mostrou-se ligada a um ganho de aproximadamente 40% no risco de Acidente Vascular Cerebral (HR = 1.40; 95% IC, 1.17-1.69, p < 0.001).
E mesmo levando em consideração que os fatores de risco tradicionais tenham mitigado este valor,o risco de AVC permaneceu notavelmente elevado em pessoas portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)(HR = 1.21; 95% IC, 1.01-1.46, p = 0.046).
“O hábito de fumar e a Hiper Tensão Arterial foram fatores de risco com maior prevalência entre as pessoas com HIV e significativamente associados a AVC”, enfatizam os autores do estudo “Estes fatores podem, por isso, constituir alvos de intervencões deveras importantesjunto à comunidade soropositiva.
Esta ligação entre a infecção pelo VIH e o risco aumentado de Acidente Vascular Cerebral, foi bem mais significativa entre as mulheres (HR = 2.16; 95% IC, 1.53-3.04, p < 0.001), do que nos homens (HR = 1.18; 95% IC, 0.95-1.47, p = 0.14).
Além disso, o risco agravado de AVC em pessoas sorologicamente positivas para virus mostrou-se mais restrito às pessoas mais novas (18 a 49 anos). Como exemplo, as pessoas soropositivas na faixa etária compreendida entre os 18 e 29 anos apresentavam um risco quatro vezes maior que as que não portam o vírus no mesmo grupo etário usado para controle (RRA = 4.42; 95% IC, 1.56-11.09).
A função do HIV como fator de risco para Acidente Vascular Cerebral pode ser muito mais pronunciada em pessoas mais jovens, antes que os fatores comuns de de risco relacionados à idade começarem a desempenhar um papel importante neste quadro, analisam os autores da pesquisa.
Quanto à análise dos fatores especificamente relacionados à infeção por HIV e seu peso real no risco de AVC, esta demonstrou que a carga viral ampliava o perido de AVC (p = 0.001).
Por outro lado lado, a duração prolongada da terapia antirretroviral ( o famoso coquetel) (p < 0.001) e uma carga viral menor que 400 cópias/ml (p = 0.008) reduziam aquele risco sensivelmente.
Demonstramos, assim, um novo achado: O risco de AVC se demonstra ampliado em pessoas portadoras de HIV com relação aos pacientes do grupo de controle, e que este risco permanece, de forma relativista, depois de introduzir-se o peso dos fatores de risco tradicionais, finalizam os pesquisadores.
A associação observada entre o o vírus e o AVC deveria fazer com que os responsáveis e cuidadores a ver o HIV como um fator plausível de risco para, em poucas palavras, um derrame cerebral (AVC), e baixar ainda mais o limite de uma intervenção mais agressiva, com o fito de minorar o risco do trípe sistema vascular, risco coronário e risco de AVC, especialmente em mulheres e em jovens – Grupos normalmente não tipificados para o risco tratado neste estudo.
Referência
Chow FC et al. Comparison of ischemic stroke incidence in HIV-infected and non-infected patients in the U.S. health care system. J Acquir Immune Defic Synr, onine edition. DOI: 10.1097/QAI.0b013e31825c7f24, 2012.
Michael Carter
Traduçãopara o Portugues de Portugal:
GAT – Grupo Português de Activista sobre Tratamentos VIH/SIDA
Adaptação para o Português do Brasil: Claudio Santos de Souza
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