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Ferida aberta para o HIV? O que seria?

O contato com o fluxo sanguíneo parece ser a maior ferida aberta

por Claudio Souza DJ, Bloqueiro
Publicado Atualizado em 0 Comentários 110 visualizações 4 minutos leitura
Ferida aberta para o HIV

Estimando o risco de transmissão por tipo de exposição

Como ocorre a transmissão do HIV

Qualquer pequena ferida ou fissura na pele é considerada um potencial ponto de entrada para o sangue ou certos fluidos corporais – fluidos vaginais, sêmen, fluidos pré-seminais ou fluidos retais – para transmitir o HIV. Para reduzir o risco de contrair o HIV, é importante compreender completamente como ocorre a transmissão, como avaliar uma ferida aberta e como pode reduzir o risco de exposição.

Ao discutir o risco de HIV, é importante estabelecer primeiro as quatro condições que devem ocorrer para ocorrer a transmissão do HIV:

  1. Deve haver fluidos corporais em que o HIV pode prosperar. Isso inclui sêmen, sangue, fluidos vaginais ou leite materno. O HIV não pode prosperar ao ar livre ou em partes do corpo com alto teor de ácido, como estômago ou bexiga.
  2. É necessário existir uma via de transmissão pela qual os fluidos corporais possam se trocarem. As principais vias de transmissão incluem certas atividades sexuais, compartilhamento de agulhas, exposição aos cuidados de saúde, ou transmissão de mãe para filho.
  3. Deve haver um meio para o vírus atingir células vulneráveis ​​​​dentro do corpo. Isso pode ocorrer mediante ruptura ou penetração da pele, ou através dos tecidos mucosos do ânus, ou vagina. O HIV não consegue penetrar na pele intacta.
  4. Deve haver níveis suficientes de vírus nos fluidos corporais. Se devendo a  isso que saliva, suor e lágrimas não sejam fontes prováveis ​​de HIV, tendo em vista a concentração do vírus nestes fluidos, é considerada insuficiente.

Determinar se uma atividade é de “alto risco” ou de “baixo risco” depende, portanto, da eficiência com que uma atividade satisfaz cada uma destas quatro condições.

Avaliando feridas abertas

O HIV se transmite quando sangue infectado, fluidos vaginais, sêmen ou fluido pré-seminal, ou fluidos retais, entram em contato com qualquer ferida ou tecido danificado, incluindo pequenos cortes, arranhões ou feridas abertas. Isso significa que qualquer lesão na pele ou feridas nos órgãos genitais aumenta o risco de transmissão do HIV durante a atividade sexual.

O HIV não se transmite pela saliva durante o beijo, mas em casos raros, pode se transmitir através do beijo se ambos os parceiros apresentarem feridas ou sangramento nas gengivas.

Prevalência do HIV no Brasil

O Brasil continua a enfrentar desafios significativos em relação à epidemia de HIV, com variações marcantes entre as diferentes regiões do país. Em 2022, foram registrados 43.403 novos casos de HIV, sendo 73,6% desses em homens e 26,3% em mulheres.

Além disso, as taxas de incidência de Aids nas capitais brasileiras destacam áreas que enfrentam desafios particularmente graves. Entre as capitais com maior incidência estão Porto Alegre (99,8 casos por 100 mil habitantes), Florianópolis (57,9) e Manaus (50,9). Outras capitais como Boa Vista (46,4), Curitiba (41,8) e Belém (41,3) também apresentam números preocupantes. Esses dados ressaltam a importância de continuar os esforços de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento em todo o país.

Reduzindo o risco de exposição

Ao tentar atribuir uma percentagem real ao “risco” de uma determinada atividade ocorre uma complicação. Muito embora as estatísticas possam sugerir que há apenas uma chance em 200 (ou 0,5%) de ser infectado por uma atividade específica, isso não significa que você não possa ser infectado após apenas uma exposição imediatamente nesta situação. O risco é aleatório.

O objetivo de compreender o risco relativo é estabelecer os meios pelos quais reduzir o seu risco pessoal de infecção ou o risco de transmissão do HIV a outras pessoas. Muitas vezes, é preciso pouco para mitigar o risco. O uso consistente de preservativos, por exemplo, está correlacionado com uma diminuição de 20 vezes no risco de HIV. Além disso, a profilaxia pré-exposição (PrEP) oferece uma forma eficaz de prevenção para aqueles em maior risco.

Provavelmente o fator mais importante na avaliação da probabilidade de transmissão do HIV é a carga viral da pessoa infectada. Os dados sugerem que o risco de uma pessoa que vive com HIV e tem carga viral indetectável transmitir o vírus é essencialmente zero. A estratégia de tratamento como prevenção (TasP) apoia fortemente o uso de terapia antirretroviral para reduzir a infecciosidade de uma pessoa com HIV.

Traduzido do original em  What Is Considered an Open Wound for HIV Transmission? por Claudio Souza em 27/08/2024


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