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Herpes: Muito comum, mas quase desconhecida

por Claudio Souza DJ, Bloqueiro
Publicado Atualizado em 0 Comentários 680 visualizações 5 minutos leitura

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Ninguém duvida que um bom beijo na boca pode trazer inúmeros benefícios para o corpo e para a mente.

Às vezes, porém, essa manifestação de carinho representa um perigo à saúde, principalmente agora, quando o “ficar” tornou-se um modelo de relacionamento cada vez mais comum entre os jovens. Com a moda de beijar várias pessoas em uma mesma balada, aumenta o risco de voltar para casa com mononucleose infecciosa ou com o vírus da HERPES, o que não é nada divertido.

Em apenas 1ml de saliva de alguém contaminado estão presentes 500 mil exemplares da bactéria Streptococus mutans, responsável pelas cáries, além de 250 outros organismos nocivos à saúde bucal.

Entre esses males está a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a doença do beijo.

Trata-se de uma síndrome que atinge, principalmente, pessoas entre 15 e 25 anos. Ela é causada pelo vírus Epstein-barr, e os sintomas mais comuns são febre, dor de garganta, inflamação dos gânglios linfáticos e mal-estar generalizado. Presente em gotículas de saliva, o vírus invade as células que revestem a garganta e o nariz e ataca os linfócitos B -glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos. A partir daí, ele pode desencadear uma série de infecções pelo organismo. A doença fica incubada entre 30 e 45 dias, e o período de transmissão chega a durar um ano ou mais.

Estima-se que atinja grande parte da população, mas, segundo o infectologista Alexandre Cunha, do Laboratório Sabin, é muito comum confundir a patologia com um resfriado forte, sendo que, em alguns casos, o paciente não apresenta sintomas.

“Muitas pessoas tomam antibióticos e saram por completo sem ao menos desconfiar de que se tratava de outra doença, pois a inflamação na garganta é semelhante à amigdalite causada por bactérias”, explica. A duração da doença varia e pode chegar a três semanas na fase aguda.

A doença do beijo, em algumas pessoas, é manifestada de forma mais rigorosa. “O paciente pode apresentar inflamação no fígado, levando à hepatite”, acrescenta Cunha. Nesses casos, o baço aumenta de volume, surgem icterícia e edemas em volta dos olhos. Mais raramente, alguns pacientes podem ter inflamações no tecido e revestimento cerebral (encefalite e meningite), convulsões e alterações nervosas. “Existem casos em que os sintomas chegaram a esse ponto, mas por se tratar de uma doença benigna, é muito difícil se apresentar de uma forma tão grave”, esclarece. O tratamento é repouso e a administração de corticoides, em situações mais complicadas. O médico conta que a mononucleose confere imunidade permanente, ou seja, só se pega uma vez.

Vários males Assim como a mononucleose, existem doenças em que a transmissão se dá pela troca de saliva, como a cárie. O dentista Weider Silva explica: “Ninguém nasce com os micro-organismos causadores da cárie. A forma de transmissão é por meio do contato com a saliva. Mesmo na infância, pode ser passado da mãe para o filho”, afirma. Ele alerta que é possível contrair outras doenças pelo beijo, como a HEPATITE B e a SÍFILIS. “Embora algumas precisem da troca de sangue contaminado, como o HIV, podem ocorrer no caso de pequenas feridas na boca”, esclarece. Ele complementa que pessoas com piercing devem ter cuidado redobrado, pois correm maior risco de lesões.

Weider conta que atende muitos pacientes com diversas doenças e que, geralmente, elas não sabem como pegaram. “Existem casos que só se manifestam com baixa imunidade.

Por isso, é difícil detectar quando foi contraído”, ressalta. É o caso da HERPES bucal. Causada pelo vírus HERPES simplex, a doença pode ser desencadeada por estresse, exposição excessiva ao sol, febre ou infecções, e só é visível quando está ativa.

“Surgem bolhas e pequenas feridas avermelhadas, com secreção amarelada nos lábios”, ilustra. De acordo com ele, sem os sintomas não há risco de contágio.

Micaretas Se os participantes das micaretas seguissem os conselhos da dentista Rita Trindade, ninguém mais beijava desconhecidos. Ela comenta que, como nessas festas um dos grandes objetivos é beijar o quanto for possível, as pessoas não têm critério.

“É imprescindível conhecer o parceiro ou parceira para saber os procedimentos utilizados na higiene bucal”, diz. De acordo com a dentista, quase tudo pode ser passado pelo beijo, inclusive amigdalite bacteriana e mau hálito. Esse último, segundo ela, serve como uma alerta para não estabelecer contato.

“O cheiro ruim pode ser causado por alguma bactéria ou infecção. Se for o caso, é melhor manter distância”, adverte.

Embora as advertências existam, os dentistas não deixam de prescrever o beijo, desde que seja seguro. Para Weider Silva, nenhuma mãe precisa deixar de fazer carinho no filho, ou as pessoas pararem de beijar na boca.

“Porém, é de suma importância que a higiene bucal esteja perfeita”, aconselha. Já Rita é imperativa: “O melhor é saber quem está beijando, assim é possível fiscalizar a higiene pessoal”, afirma.

CORREIO BRAZILIENSE – DF | SAÚDE

 

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