Teste para HIV de farmácia” chega em breve ao “mercado” (…)

Luiz Felipe Silva, jornalista do Vix, ex bolsa de mulher publicou ontem, 31/05/2017 que, em breve, estará disponível nas farmácias um teste para detecção de anticorpos contra o HIV. O que me chamou à atenção à matéria em si foi que, no clipping que eu assino, havia a afirmação que tal teste daria “maior privacidade à pessoa”…

Eu fico me perguntando se não se elevará a taxa de suicídios em todo o pais, baseado num teste que, segundo a matéria, orienta que se faça o teste em até cento e vinte dias, o que, para mim, versado e reversado em reações de pessoas que me procuram pelo ZAP que muitas vezes eu tive de ligar para o serviço de socorro da cidade da pessoa (quando isso existia) por conta da pessoa pensar em praticar suicídio diante da simples hipótese de poder ser portadora de HIV ou reagente.

É mais ou menos assim que se sente a pessoa que, desavisada, rcebe um diagnóstico “reagente”, mesmo dentro de um CTA. A diagnose rápida vale isso. Eu sugiro mais empenho por arte da mídia que demonizou o soropositivo nas décadas de 80 e 90 do século XX, fazendo um mea culpa agora. Factoidistas…

Se a ANVISA já deu uma bola na trave maior que esta, eu não me lembro.

O teste é impreciso (120 dias explicitamente recomendados na matéria – ver imagem abaixo) e, para o bem da verdade, é muito mais adequado que a pessoa se encaminhe, entre medos e sussurros, até um CTA e faça o teste lá.

Se o pior sobrevier, há pessoas em torno desta pessoa e, sobretudo, pessoas preparadas para estas situações.

Qualquer um pode ligar para 0800 16 25 50, no Disque AIDS da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo, que atende a todos os estados e nosocômios deste imenso País com e ratificar o que eu sempre informo aqui.

Janela imunológica é de 30 dias para 99% das pessoas e recomenda-se, com ênfase da minha parte, um segundo teste aos 60 dias.

O teste que se nos apresentam pode dar errado em até mesmo 119 dias e eu não sei por quanto ele será vendido.

Eu me posiciono, mesmo eu isoladamente, se for o caso, o que não creio, em desacordo com esta decisão da ANVISA.

E aconselho o CVV a duplicar o número de atendentes nos seus dolorosos plantões dos quais eu, um dia, fui um atendido, pensando que tinha tudo acabado para mim, vinte e dois anos atrás, quando me prognosticaram seis meses de vida, com escárnio nos olhos…