Doutor Drauzio Varella é, literalmente falando, uma das testemunhas oculares da chegada e “auto-implantação” da AIDS no Brasil. Este é um video sério e eu aconsenho que este video seja visto por completo.
O fim da epidemia HIV/AIDS está próximo? Engano seu – e poderia ser pior
A conferência sobre HIV/AIDS realizada em Durban chocou o mundo em ação. Agora uma nova crise amorfa, alimentada por resistência a drogas, dispendiosos tratamentos e a falta de poder de muitas mulheres têm dificuldades multiplicadas por não conseguirem impor relações sexuais protegidas.
Há dezesseis anos, um menino de 11 anos e um juiz alertaram o planeta, que ficou chocado com a triste realidade da AIDS no continente Africano, onde os hospitais estavam superlotados de pessoas entre a vida e a morte e a lista interminável de crianças que, de chofre, ficaram órfãs.
A conferência internacional sobre a AIDS realizada em Durban em 2000, KwaZulu-Natal – uma das regiões mais flageladas pela AIDS do mundo – inicialmente imaginada como uma reunião científica se tornou uma longamente vibrante e apaixonada manifestação, com cantos, danças e tonitruante marcha de ativistas de todo o mundo! A neutralidade científica desapareceu e pesquisadores também se tornaram ativistas e defensores da “causa”, O fim da epidemia HIV/AIDS.
O clamor foi pela distribuição universal por medicamentos para salvar vidas humanas.
Era, infelizmente, demasiado tarde para o menino de onze anos, Nkosi Johnson, o rapaz que falara na cerimônia de abertura. Ele morreu no ano seguinte. Judge Edwin Cameron deixou todos atordoados na África do Sul por se declarar gay e HIV positivo, e disse que era injusto que ele pudesse comprar a própria medicação, importando-a a partir da Europa ou dos EUA para salvar a sua própria vida enquanto seus compatriotas e mulheres morriam aos milhares, talvez dezenas de milhares e Nelson Mandela conclamou o mundo a agir.
O seu chamado foi ouvido! Ativistas, unidos com os fabricantes de medicamentos genéricos derrubaram o preço do coquetel de três drogas para suprimir o vírus e manter as pessoas com boa saúde, o custo de imersão no tratamento que começou a ser custeado a partir de $10.000 por ano para US$ 100 (£ 76) nos dias de hoje, quase duas décadas depois. Na semana passada a conferência voltou a Durban, com 17 milhões de pessoas sob Terapia Antirretroviral. Mas não é sobre isso que falaremos. Bem longe disso.
É uma crise total. A mensagem da conferência é que há toda esta esperança – e que não é sustentável, declarou Deenan Pillay, virologista.
Existem cerca de 38 milhões de pessoas com HIV, e mais de vinte milhões de outras que ainda não estão em tratamento. Cerca de 2 milhões de outras pessoas são colhidas pela pandemia a cada ano. Nota do editor: E há quem diga que não se morre mais de AIDS e que basta tomar um comprimidinho…(…)… e ainda afirma que a saúde da pessoa que contrai HIV acaba se tornando melhor do que antes, os bossais, que também dizem que O fim da epidemia HIV/AIDS já chegou.
Alienados e alienadores na minha visão objetiva
Medicamentos antirretrovirais não podem “apenas” manter as pessoas bem, mas também impedir que sejam infecciosas. A Organização Mundial de Saúde aconselha agora que qualquer pessoa diagnosticada soropositivo para HIV deve iniciar o tratamento o mais rapidamente possível, não apenas quando sua saúde venha a degringolar, mas para, também, proteger seus parceiros sexuais. Em setembro, África do Sul introduziu o testar e tratar e, mesmo assim, este sonho, o fim da epidemis HIV AIDS é algo infelizmente ainda muito distante!
No entanto, da conferência deste ano ouviu notícias inquietantes de pesquisadores da Wellcome- Financiados pelo Centro Africano de Saúde em KwaZulu-Natal, que tem sido a experimentação e tratamento em uma população onde numa taxa próxima de uma em três pessoas porta HIV.
Eles descobriram que, enquanto a maioria das pessoas concordou em serem testadas pelos trabalhadores de saúde, em visita às suas casas, apenas metade das pessoas que foram diagnosticadas soropositivas para HIV iam, em seguida, a uma clínica para receber o tratamento que evitaria a infecção de seus parceiros.
Um agricultor de cana-de-açúcar testado para o HIV por um trabalhador de saúde em Gwegwe MSF nos arredores de Eshowe, 2014.
Em Eshowe, uma cidade de 14.000 pessoas, situada entre colinas e plantações de cana-de-açúcar, Médicos Sem Fronteiras foram pioneiros na testagem entre com profissionais de saúde que vão
de porta em porta. MSF também abriu testes cabines ao lado do açougue e na Praça de Táxis, onde homens trabalhadores passam no dia do pagamento. Eles descobriram a mesma coisa que os pesquisadores em KwaZulu-Natal. Eles podem obter a alta proporção de pessoas testadas – mas isso não determina visita imediata ao ambulatório para obter o tratamento.
“Damos-lhes cartas de encaminhamento para a clínica. Então descobrimos eles não foram, “diz Babongile Luhlongwane, que caminha milhas sem fim, todos os dias, nas faixas ásperas com seu kit de uma mochila para alcançar aqueles que vivem nesta comunidade rural. “Na segunda-feira passada tive três homens que deram positivo. Dois foram à clínica. O outro disse que não teve tempo.”
Dr Carlos Arias leva a iniciativa da MSF para configurar clínicas mensais em plantações de cana-de-açúcar, trabalhadores de testes para o HIV e o fornecimento de medicação.
Orientações da África do Sul dizem que as pessoas devem ser tratadas quando sua contagem de CD4 – uma medida da resistência de seu sistema imunológico – caísse abaixo de 500. “Vimos contagens de CD4 com menos de 100 células CD4s, cerca de cinco ou seis”, diz ele. Dois anos mais tarde, ele foi testado novamente e tinha uma contagem de células CD4 em oito. Isso significa que a presença e replicação viral em seu corpo estava ‘galopante’ e ele era alarmantemente infeccioso para um parceiro sexual. “Aqui a prevalência do HIV é enorme”, diz ele. “Em KwaZulu-Natal, entre as mulheres com idades entre 15 a 29, é 56,8%.”
O centro de estudos na África, ao norte de KwaZulu-Natal, comparado ao que aconteceu em 22 agrupamentos de 1 mil pessoas: metade fora aleatoriamente escolhidos para testar e tratar, metade disse destes seria dada a TARV droga quando sua contagem de CD4 caiu abaixo de 350 (500 quando as diretrizes do governo mais tarde alterado). Se o tratamento imediato levou a uma queda nos números de infectados. A resposta, para seu desgosto, foi não.
“Lamentavelmente, nós não encontramos nenhuma diferença no número de novas infecções entre estes dois conjuntos aleatórios de agrupamentos,” diz Deenan Pillay, diretor do centro de África e professor de virologia na University College London.
Sexo nas cidades foi um problema. As pessoas estavam viajando longe de casa em Durban e Joanesburgo muito mais do que o esperado e transando. Mas mais problemático são os costumes sociais e culturais e que há muito tempo afligem resposta HIV na África. Muito menos homens foram para as clínicas para o tratamento do que mulheres”.
Ele tem vindo a trabalhar com esta comunidade há mais de dez anos, diz ele, e viu a enorme mudança quando as pessoas deixaram de morrer. “Tratamento foi usado pela primeira vez para as pessoas que estavam muito doentes e moribundas – e viviam. Agora vamos falar sobre pessoas que aparecem bem e olhar bem e você está pedindo a eles próprios medicarem-se, para ir para esta clínica governamental onde você tem de ficar na fila durante todo o dia e ver outras pessoas que você conhece também lá…” (…).
Pillay pensa que mais deve ser feito para o destino de “paizões ou benzedores”, – os homens mais velhos, que dão presentes e dinheiro para adolescentes, pobres e mesmo para menores púberes, em troca de sexo. Cerca de 60% dos novos casos são mulheres.
Em nosso meio, um jovem com 15 anos de idade tem, hoje em dia, 80% de chance de serem infectados”, diz ele. Em clínicas com tratamento pré-natal” onde as mulheres grávidas são todas testadas para HIV…Metade são positivas.
O governo lançou uma campanha informando os adolescentes a não dormir com homens mais velhos. Mas, diz Pillay, “o problema real são os homens que não estão sendo testados e tratados”.
O custo é um enorme e crescente problema. Se o teste e tratar funcionasse, seria reduzir as faturas pela prevenção de novas infecções. Mas esta hipótese parece agora prematura e financiamento de doadores tem caido pela primeira vez. Um relatório pela Kaiser Family Foundation e a UNAIDS diz que deram US$ 7,5 mil milhões no ano passado, em comparação com US$ consagrou 8.600 em 2014.
A fatura dos medicamentos vai aumentar dramaticamente, não apenas devido ao aumento de infecções e o fato de que toda a gente deve ter a terapia anti-retroviral por toda a vida, mas também porque a resistência está se espalhando para a combinação de três drogas de base disponível na África para tão pouco como US$ 100,00 por ano. As camas hospitalares são mais uma vez tomadas por pacientes com AIDS cujo tratamento falhou. A África não pode arcar com os medicamentos mais recentes disponíveis na Europa e nos Estados Unidos.
MSF encontrou os níveis de resistência à combinação de base de 10% nos seus projetos na África do Sul. Houve piores notícias em outras partes da África. Um estudo abrangendo o Quênia, a Malawi e de Moçambique encontrou 30% de pessoas em tratamento de segunda linha, que custa pelo menos US$ 300, porque foram resistentes. O tratamento de terceira linha ou tratamento de “HIV selvagem” para um tratamento com drogas de terceira linha na África é de $1,859 por pessoa/ano.
“Eu acho que estamos vendo a ponta do iceberg”, afirma Drª Vivian Cox de MSF. “Muitos países não estão fazendo rotina de monitoração de carga viral pela primeira vez. Eles estão se movendo em sua direção e então você pode imaginar o que eles vão encontrar.”
Sob a sombra do HIV são tomadas por ‘sujas’, crianças sul-africanas ofereceram um refúgio.
Ninguém da conferência deste ano foi falar sobre o final da AIDS, como eles foram apenas há quatro anos, quando a conferência foi realizada em Washington DC. Bill Gates expressa preocupação real. Se for difícil agora para o tratamento e prevenção de infecções pelo HIV, disse Gates, a protuberância demográfica poderia tornar as coisas piores.
“Se temos de fazer “apenas” tão bem como temos vindo a fazer, o número de pessoas com HIV irá até mesmo para além do seu pico anterior”, disse Gates.
“Temos de fazer uma quantidade incrível de esforços em reduzir a incidência do número de pessoas a infecção. Para começar a escrever a história do fim da AIDS, novas maneiras de pensar sobre o tratamento e a prevenção são essenciais.”
O Fim Da Epidemia HIV AIUDS depende, principalmente, de uma vacina
Uma vacina é ainda uma maneira muito distante. Profilaxia pré-exposição funciona apenas para os parceiros de pessoas com HIV no norte global. Tomar um medicamento anti-retroviral os protege contra a infecção. Mas isso parece muito difícil de implementar para mulheres jovens na África, que quase não possuem seus próprios corpos e poderiam enfrentar acusações e serem julgadas criminalmente por portar HIV ou ser uma prostituta.
Existem tentativas corajosas para mudar o comportamento e a subserviência das mulheres e dos adolescentes. Este seria um caminho melho na busca pelo fim da epidemia HIV/AIDS, mas…
O ator Charlize Theron is funding projects de educar, ajudar e apoiar os jovens. MTV Staying Alive Foundation está tentando alcançar os jovens através de sua campanha de mídia de massa Shuga, partilhando a vida sexual dos mais abastados jovens africanos. Depois de duas séries no Quênia e duas na Nigéria, o quinto será filmado na África do Sul.
Charlize Theron visits a project to create youth ambassadors in KwaZulu-Natal in 2013. Pesquisa realizadas em escolas sul-africanas para determinar as questões voltado para 14 a 20-anos antes que a nova série oferece um vislumbre dos perigos que enfrentam. Um terço das meninas disse que uma menina não tem o direito de pedir a um rapaz para parar de beijá-la. Um quarto dos meninos disse que eles tinham ” forçado alguém sexualmente “. Um quinto das meninas disse que eles eram sexualmente ativos e a maioria das pessoas tinha sido forçada a atividade sexual em algum momento.
“Afigurasse que 86% das meninas sexualmente ativas disseram ser sexualmente forçadas por seus namorados,” dizem os pesquisadores. “Estes números… refletem uma necessidade de compreender o que está acontecendo dentro de relações heterossexuais e a experiência e a posição de risco dentro dessas relações. Ele também chama para os esforços de prevenção à infecção por HIV, buscando ajudar a criar normas de segurança e apoio dentro de relacionamentos.”
Das meninas entre os 3 mil alunos pesquisados em três províncias ao longo de dois anos, 15% disseram que tinham engravidado – o que equivale a 70% deles estão sexualmente ativos. Quase metade dos jovens – 46% – disse um jovem casal que acessou os dados de seu público sobre HIV se um deles se tornasse HIV positivos seriam abertamente julgados e 4% achavam que seriam fisicamente prejudicados.
“Isto indica o medo ambiente cheio de jovens da África do Sul ainda estão crescendo em quando se trata de HIV”, diz o relatório. “O medo mantém as pessoas em silêncio e o silêncio alimenta os riscos para o HIV e para não receber os cuidados e o apoio de que necessitam para lidar com a infecção por HIV.”
“Onde vemos que mudança de comportamento funciona muito bem é quando o público se consulta sobre as suas próprias vidas refletidas nos enredos”, diz a Geórgia Arnold, Diretora executiva da MTV Foundation, que diz que ela quer para obter verbas para criar um DVD para cada um dos 6 milhões de estudantes do ensino médio na África do Sul.
Mudanças de comportamento poderiam parar a epidemia – embora não o faça na Europa ou nos EUA – e iniciativas poderiam contribuir para melhorar a vida dos jovens. Mas é difícil e lenta esta conscientização. A AIDS será conosco para irmos mais longe do que ninguém imaginava. O professor Peter Piot, o primeiro chefe da ONUSIDA e diretor da Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical, diz que o maior desafio é manter as pessoas não infectadas. “É como se nós estivéssemos em um barco a remo com um orifício grande e estamos apenas tentando levar a água para fora. Estamos em uma grande crise com o prosseguimento deste número de infecções e de que não é uma questão de apenas fazer algumas intervenções.
“Nós não vamos exterminar o HIV como uma epidemia apenas por meios médicos. As pessoas não são robôs. Sexo acontece em um contexto. É uma questão de potência. As adolescentes e mulheres jovens da África Austral são infectadas por homens que são muito mais velhos. É sobre a pobreza. Também se trata de uma cultura do machismo. Existem também homens gay em todo o mundo que são vítimas de discriminação e de medo, e não há nenhuma maneira para você poder evitar as infecções se algo é subterrâneo”.
Ele acredita que foi um erro prever o fim da epidemia há alguns anos. “Eu não acredito que o slogan “final de Aids por 2030″ seja realista e que poderia ser contraproducente. Ela poderia sugerir que tudo está bem e é bom, e que podemos passar para outra coisa, não…”
Traduzido Por Cláudio Souza do Original em: Think the Aids epidemic is over? Far from it – it could be getting worse
Revisado por Mara de Macedo – Esposa, amante, mulher, amiga, cúmplice, confidente e tudo o mais que um homem sonharia para si. I’m the lucky one that have fond it
Muita gente nasceu nesta data e, se você que está me lendo agora, tiver nascido exatamente neste dia pare e pense: “Quanta coisa eu vivi desde que nasci”!
E certamente você se lembrará de, em algum momento, ter tido vontade já ter 18 anos e não ser um “di menor” para poder, por exemplo, entrar num hotel com aquela pessoa especial, que provavelmente não terá sido a primeira, mas…, mas foi a primeira conquista que você fez depois ter se “Consagrado Homem”!
Depois, reflita sobre mim. Mas não com os olhos da piedade, porque piedade é o pior sentimento que alguém pode sentir por mim, especialmente se eu assim o perceber…
Olhe-me com os olhos da razão e veja que eu parei de contar as pneumonias quando estava já pela oitava e que tive uma pneumocistose, uma pneumonia causada por um agente etiológico particularmente agressivo e que, em regra geral, mata em três dias; e, a despeito disso, eu sobrevivi!
Na lista de incidentes que eu tive com minha saúde há um diagnóstico de Trombo embolia pulmonar de repetição (eu tive duas), um enfarto, duas meningites, uma delas causada por criptococo, outro agente etiológico deveras agressivo e, a despeito disso tudo, eu ainda estou aqui escrevendo.
Mas isso tudo não é nada. Quando eu fui diagnosticado, eu era um DJ e tinha uma agenda eletrônica com mais de trezentos contatos e, para ser honesto, eu creio que liguei para uns vinte deles e quando as respostas começaram a se tornar repetitivas eu compreendi que seria gasto inútil de tempo e telefone neste “lance de tentar encontrar ajuda”.
Eu voltei para as ruas com trinta anos de idade; e digo voltei porque, dos doze aos dezessete e um pouquinho eu fui morador de rua. Mas isso já foi contato e basta procurar na sessão de depoimentos (histórias positivas (sic)) e procurar por Cláudio Souza. Eu acho que está só Cláudio ou Claudius (nome de imperador) e sinônimo de “o manco”. É, eu sei, eu dei muita mancada… 🙁
Também há o relevante detalhe a ser informado aqui:
Provavelmente em março, em data ainda não determinada será lançado o livro de minhas memórias (ou a parte publicável dela) intitulado: Memórias de um Homem da Noite, que é uma versão diversa daquela dada pelas mulheres da noite (…) e, talvez, tão loquaz como a delas… (…)…
Dos “amigos daquela época” restou apenas um, que só fala comigo quando eu ligo e, uma vez que o custo da ligação é igual, devia haver alguma reciprocidade, que não há e eu fico meses e meses sem telefonar para ele.
Uma amiga, Elisabete Castro, -Bete, me procure…-, que conseguiu, para mim, uma vaga na Casa de Apoio Brenda Lee e lá eu pude, em três meses, recuperar meu peso normal, daquela época, que era de 100KG. Mas o ambiente na casa de apoio era péssimo e, para não enlouquecer lá dentro, haja vista que eu não podia sair para procurar emprego (eu era um dado estatístico que servia para garantir mais verba). Se alguém puder me explicar como um cabo da policial, naquela época, podia ter um Gol GTI 2.0 eu ficarei muito satisfeito, pois era ele que, depois de uma série de “Golpes de Estado”, assumira a presidência da casa e aí sim, foi foda…
Mas, para mim, não era muito, porque eu tinha de acompanhar uma pessoa, Waldir, que era fisicamente incapaz de cuidar de si e, como eram pequenas as necessidades dele, eu sempre tinha tempo para ajudar no amparo a outros pacientes, a darem a eles alguma esperança (que eu mesmo não tinha, haja vistas que o coquetel, como vocês gostam de chamar, ainda não tinha sido “inventado”!
Eu fiz muitos amigos e amigas lá e me lembro de um período de mais ou menos um mês em que eu não passei um só dia sem participar de um funeral enquanto pensava quando viria a ser o meu… (…) …
Ele, o funeral, ainda não veio.
É certo que virá, mas eu não me preocupo com isso.
Antes de me descobrir portador de HIV eu era, assim, uma espécie de “delinquente emocional”, que não media esforços para conquistar uma mulher, mesmo que isso significasse ter de contar “alguma mentira para ela”…
Isso mudou. Na primeira paulada que eu levei com a Dra. Guadalupe me dizendo que eu teria de ir até o CRT-A para fazer um exame de confirmação para o HIV, pois meu primeiro teste dera positivo.
Passei, desde então, por uma imensa reforma íntima e ousaria dizer, de mim, agora, que sou uma pessoa melhor e em especial agora, que encontrei uma analista que conseguiu, inclusive, ajudar-me a recuperar coisas que minha consciência escondera de mim por não poder lidar com elas, a Maíra. Sim, eu sou impaciente, às vezes duro com as palavras e, em determinadas situações minha verborragia parece-se mais com a de um estivador do cais de Santos, do que o de uma pessoa que, enquanto morou na rua, pela primeira vez, as vezes ficava sem ter o que comer para comprar um livro, lê-lo, conseguir dinheiro para outro. Lê-lo e troca-los por um terceiro e assim por diante eu fui me instruindo, em meio à selvageria das ruas, onde, muitas vezes, eu comi do lixo do MC Donalds…
Isso não faz parte desta história, mas eu, depois de ter passado por duas casas de apoio, me convenci que não haveria casa de apoio para mim e fui para as ruas.
Catei papelão, puxei daquelas carroças, tinha de escolher entre comer ou dormir, mas fui fazendo o meu. Um dia eu tinha R$ 15,00 no meu bolso, fui à galeria Pajé, comprei dez daqueles bichinhos virtuais, conversei com uma pessoa, e ela me liberou para trabalhar naquela rua e eu fui.
Gritei: “Olha o bichinho virtual a cinco reais”!
E vendeu como água. Em pouco tempo eu consegui alugar um quarto numa pensão e, em mais algum tempo eu estava morando numa casa lá no Jardim Maria Dirce, em Guarulhos. Conheci uma pessoa que, em tese, teria aceito a minha condição, “por me amar” e eu vi que não era bem assim no dia em que ela disse:
Eu a conhecera numa discoteca e logo no início eu temi pelo futuro daquela relação, e, mesmo assim, eu tentei tudo o que podia, até mudei poara a cidade de origem dela, no interior de São Paulo e, com o tempo eu vi que o relacionamento não progrediria eu depois de brigas e mais brigas, cansei, e, um dia, num momento em que eu nem na mesma cama com ela dormia, acordei, e bem me lembro, era um sábado de manhã e eu a vi sentada à mesa e disse:
“Bom dia”.
Ela não respondeu e eu fui mais assertivo:
-“Eu disse bom dia”
E ela me saiu com está:
–“COMO POSSO TER UM BOM DIA SE A PRIMEIRA PESSOA QUE EU VEJO É VOCÊ”?
Eu já havia tomado a decisão de separar-me dela e rebati àquela bola de voleio:
“Não se preocupe mais com isso, em menos de uma semana não haverá mais vestígios de minha presença em sua vida”
Agravou-se o caso porque uma pessoa da família dela perguntou se tal coisa (sorologia positiva para HIV) era real e o demônio disse não saber de nada.
Isso só recrudesceu minha ira e na mesma anoite eu me abalei a São Paulo e fiquei um tempo num hotel, auxiliado por uma pessoa que me tinha em alta estima e, em algum momento eu claudiquei e traí a confiança dela. Em minha defesa, neste aspecto, mas eu só posso dizer que esta pessoa que me apoiava era também a causa primária de todo o desequilíbrio psiquiátrico em que eu era mantido e, numa noite de loucura… eu gastei R$ 3.000,00 em garotas de programa, tentando projetar em qualquer uma destas, àquela que eu, na época, realmente amava (Helen de Capri, estes tempos passaram, vocè é, hoje, uma lembrança as vezes doce, as vezes amarga, você sabe, eu sei que você sabe…).
Enfim, voltei para São Paulo.
Houve outros relacionamentos, é verdade e, infelizmente eu errei com uma pessoa e gostaria muito de poder saber se ela já pode ter alcançado o distanciamento dos fatos e que ela tenha visto que eu não estava centrado (eu estava completamente louco, procurando em dezenas de mulhers o que eu jamais poderia encontrar, pois cada pessoa é uma pessoa é uma pessoa e não há outra igual, com exceção de gêmeas, e que não via as coisas com clareza, que o que eu fiz em uma noite de insanidade eu não faria jamais se estivesse em sã consciência e Deus sabe o que eu perdi com isso, e que tenha me perdoado!… Mas não sei se, algum dia, ela poderá ver isso e, se viu, também creio que não poderei saber… (…) …
Oque eu não sei se você sabe é o buraco em que eu fui obrigado a me internar, uma kit com menos de 30 metros quadrados, de disposição quase triangular, onde, apesar de ter tido bons momentos, foi um dos piores lugares em que eu morei, incluindo nisso as ruas…
Enfim, depois de um pouco mais de um ano de loucura eu me decidi acabar com tudo, a loucura em que eu estava começando a me destruir, num contexto impublicável, eu peguei meu celular e liguei para a pessoa que, há mais de 15 anos, tem sido minha amiga, amante e companheira; “uma cúmplice”
OI!
OI!
Dá para você passar aqui hoje?
Hoje eu não posso.
Aí eu arrisquei tudo e pensei: Alea Jacta Est:
Disse a ela que desejava viver com ela, ser um casal.
Ela perguntou o meu devaneio tinha acabado eu fui taxativo: Acabou!
Conversamos por… celular por cinco ou dez minutos talvez quinze minutos! (Pouco importa! Eu só me lembro de ter perdido a noção do tempo uma semana depois estávamos vivendo juntos! E isso já existe há quase quinze anos),
Mara T, M.: Esta música foi a idealização de Juca Chaves. Você a realizou para mim.
Te amo, hoje, mais que ontem e, tenho certeza, amanhã, amarei ainda mais…
E eu não teria podido realizar este tão pouco que eu realizes, não fora você!!!!!!!!!!!! 🙂
Fernanda ¨¨¨¨¨¨ // 27 de julho de 2016 às 23:27 //
Cláudio em primeiro lugar quero te parabenizar e agradecer por esse blog que tira e esclarece várias dúvidas que Deus te abençoe infinitamente, tive uma relação de risco e depois essa pessoa descobriu que era soro positivo já fiz dois testes rápidos um com um mês e outro com 87 dias após a exposição de risco todos deram não reagente só que agora descobri que tenho artrose vc acha que isso influencia no resultado hj ja está fazendo quase 05 meses e não tenho nenhum sintomas de HiV o que vc acha ?
Claudio Souza // 28 de julho de 2016 às 04:52 //
Oi Fernanda, here I am! I’ll rock you like a hurrycane! (vou chacoalhar você como um furação!)
Tenha em mente que todos os links desta página abrem em outras abas, assim vc pode ver tudo. Por favor, veja tudo, eu trabalhei cinco horas nesta página para ela ter mais que um sentido, mais que uma finalidade, é para ela ser útil e conscientizadora!
Obrigado por elevar seu pensamento a Deus e pedir benção por nós, para abençoar nosso trabalho. Você não imagina, ao longo destes dezesseis anos, quantas vezes eu tenha pensado em desistir…
Bem, conforme explicado no texto, cuja autoria da parte técnica do texto foi elaborada por quatro enfermeiras do CRT-A que fica nas imediações da estacão São Judas do Metro e, não satisfeito, fui ate a Casa da AIDS, um importante centro de referência no tratamento da AIDS no Hemisfério Sul do planeta e aprendi que o teste rápido tem uma acuidade de 99% dos casos num período de 30 dias e, o 1% restante precisa de dois meses (sessenta dias).
Às vezes eu brinco aqui, quando o tiro passa raspando, e digo que se eu fosse Jesus, eu diria: “Agora vá e não peques mais, para que não te aconteças coisa pior”.
Eu não sou Jesus ; sou apenas um beija-flor coletado, no rio, um pouquinho de água para tentar apagar o ensaio na floresta. Pode parecer pouco, mas é o que dá para nós fazermos. Enfim, fui a um site e peguei algum material para incorporar ao nosso conteúdo.
Assim Fernanda, foi “só” um susto. Mais é importante que você reflita na lição e no medo e, talvez, se reposicione com relação ao que você, eventualmente (assim como tantos outros), poderia pensar a respeito de pessoas “assim como eu”… Acho que todos deveriam refletir sobe isso, pondo-se, por exemplo, no meu lugar, que é o da pessoa que já passou duas noites em claro por conta da dor neuropática causada pela neuropatia periférica por HIV, uma coisa bastante incômoda! Como está sendo esta noite
Mas eu não vou deixar barato
.
Olha só, a AIDS tem sido tratada como doença crônica e, de um certo modo, ela até pode ser isso. Mas precisa de outros adjetivos:
A AIDS é
Dizem que dói a bessa. Lembro-me dele arrastando um infusor de morfina para onde quer que fosse…
Morfina pra mim, é leite de rosas, eu tomo são sessenta miligramas de Metadona, 1800 Mg de gabapentina e 150 mg de amplictil.
Com a Síndrome do envelhecimento precoce eu, aos 40 anos operei o olho direito por catarata e há outra, ainda incipiente, no olho esquerdo que, até aqui, “não tem incomodado”.
Um histórico com duas embolias pulmonares. Já vejo o médico dizendo: Isso não tem ligação. E eu ensino Padre-Nosso ao Vigário: O HIV provoca vasculite em todo o sistema vascular e proporciona o ensejo à formação de coágulos.
Além de Tromboembolia Pulmonar de Repetição (Duas injeções de clexane por dia) .
Tenho também o de tromboflebite de repetição.
Entretanto
Segundo o “Instituto Nacional da Securidade Social” eu estou perfeitamente apto ao trabalho e desde 31/12/2009 eu não recebo benefício e tenho vivido, muito mal das pernas, do que vendo no mercado livre, neste e-shopp: http://eshops.mercadolivre.com.br/SUPORTE-MAXIMOSe não fosse uma doação aqui e outra ali, sabe Deus do que viveria. Sim, minha esposa é aposentada, recebe um benefíico… Mas eu, depois que saí de casa, com doze anos e tinha vergonha de pedir esmolas tão logo completei dezesseis anos, comecei a descarregar caminhões no Mercado do Parque Dom Pedro I
Enquanto isso, alguns setores da sociedade recebem aumentos de 40%. Outros “trabalham 8 anos e se aposentam e o rombo na previdência tem de ser preenchido com as penas de galinha carijó do meu travesseiro. É a ponte que caiu.
Sim! Sim! Alvíssaras, a AIDS é uma doença crônica se você a contrair.
Mas, infelizmente, não é como Glaucoma, (esta eu não tenho) uma doença triste e malditamente traiçoeira e que, no entanto, tem tratamento, muito caro (eu diria caríssimo) e, se descoberto a tempo, tem tratamento a base de colírios e, eu estou aprendendo isso no dia-a-dia, pois minha sogra sofre de Glaucoma e, se eu entendi bem, há a possibilidade de um tratamento cirúrgico (esta não é minha praia – posso estar falando besteira e peço perdão antecipadamente ao s que sofrem com Glaucoma e me contactem para me esclarecer e corrigir qualquer engano (concedam-e a leniência de me analisar como humano e falível). Observem que a respostas serão demoradas pois, no memento, deve haver, pelo menos, umas 140 mensagens para responder e eu não permito que ninguém responda, embora esteja pensando no Beto Volpe para fazer isso, se ele puder.
Bem, depois, ninguém diga que foi por falta de aviso. Eu não sabia nada disso e pensava que era como ser atingido por um raio: Bateu, morreu. Já tem 22 anos que “bateu e não morri”.
Se eu soubesse de tudo isso!… (…)(poutz)
Vejam só: Se você, mulher incauta e solitária, numa noite de sábado, se repletasse de simpatia por mim, cogitaria que eu vivo com AIDS? A cara da epidemia é composta por pessoas como eu.Isso tudo o que eu escrevi, é o aspecto das complicações da minha saúde pessoal. Se eu pegar outra pessoa e a por a para escrever, o relato será sempre diverso e nós tivemos, entre nós, uma amiga, Amarylis, que morreu estupidamente nas mãos de um médico que a acompanhou por 18 meses, com visão duplicada e não pediu uma tomografia computadorizada ou uma ressonância Magnética. Antes de perecer ela deixou este depoimento
Só que em outro tempos, não era assim
Depois disso, logo que eu saí do Hospital (eu fiquei três meses desaparecido e perdi entre 35 e 40 quilos) (convalesci de uma menigite viral (que a Santa Casa diagnosticou, por 28 dias como gripe) num hotel de alta rotatividade frequentado por trasvestis). E era voz corrente a “boca miúda, que eu morrera vítima (nem isso é certo, não se é vítima da AIDS, é Pessoa Vivendo Com HIV ou AIDS). Como eu cheguei magérrimo foi como se uma confirmação cósmica de que se eu não morrera, morreria em breve.
Meu patrão, sempre meu amigo, nem meus direitos pagou. Rua! Quando cheguei no hotel em que eu morava, meu quarto fora desocupado e, num ato de misericórdia, o dono do hotel me entregou as roupas sem me cobrar os atrasados. Depois disso, liguei para um amigo… (…)
Ainda liguei para outro e depois desisti.
Para encurtar, um dia eu cai na besteira (naquela época era besteira porque se você chegasse para sacar o FGTS era usado um código, digamos o 027-a e a moça do caixa gritou: Gente tem um 027-a aqui! Delação explicita e isso ia para seu histórico pessoal. Felizmente alguém mudou isso e, hoje, o código é genérico.
Há uns dois, talvez três anos, eu passei num processo seletivo e fui contratado pela CONTAX (agora veja o desespero de um homem de 50 anos tentando recomeçar a vida como atendente de telemarketing).
Pois bem, pegaram todos os meus documentos, fizeram exames médicos (não houve coleta de sangue). Recebi um formulário para abrir a conta salário e seria chamado em 15 dias para o treinamento.
Foi a Mara, minha esposa, estou ficando lesado, que se deu conta de que não me chamaram e no décimo oitavo dia eu fui até lá contestar a razão de não ter sido chamado, e ela (a atendente), até então sorridente, mudou a feição do rosto e a colega dela tentou continuar a conversa e ela. Cala a boca, estou um problemão, um problemaço aqui e ligou para não-se-quem, que apareceu, me devolveu todos os documentos e disse que assim que “as coisas se normalizassem” eles me chamariam.
Nunca mais.
Na certa, um filho de uma santa mãe, funcionário corrupto de algum órgão fornece estas informações e eu sou um homem duplamente marcado.
Marcado para, talvez, morrer de AIDS, ou sob as rodas do metrô aqui na estação Santana, que fica a cinco minutos de ônibus de casa. Já pensei e pegar o carro da Mara, sair e disparada, cada vez mais rápido, sem nenhuma consideração pelos freios, de forma quem numa curva qualquer eu me espatifasse cotra um muro. Mara pôs grades nas janelas, moro no oitavo andares, senhores, sábia esta Mara e eu desisti do projeto do carro, para não causar uma perda duplamente dura para ela e, por, fim marcado, certamente, como socialmente morto.
Morto em vida. Sim, sim, há vida com HIV! A doença é crônica! Mas, decididamente, não é fácil…
Está é parte de minha história clínica. Ponha outra pessoa vivendo com HIV ou AIDS aqui e você verá outra novela
A Revista Veja informou que a Justiça do Rio Grande do Sul determinou que a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) indenize um homem portador do vírus da aids em R$ 300.000,00 por danos morais. A decisão saiu no dia 26 de agosto e foi publicada na última quinta-feira, dia 03/02/2015. De acordo com o processo, o soropositivo foi influenciado pela igreja a abandonar o tratamento contra a doença “em nome da cura pela fé”, e que culminou com o contágio por HIV de sua mulher, haja vistas para o fato que pessoas em tratamento, com carga viral zerada tem 96.6% de chances de não infectarem seus parceiros se eles forem manidos em tratamento.
O Colegiado chegou ao sentenciamento com base no histórico de terapia do reclamante, que passou 80 dias internado , quase três meses, vale dizer, dos quais passou 40 dias em como induzido para mitigar a dor.
Entre as provas citadas estão laudos médicos, testemunhos e matérias jornalísticas. Além disso, foram considerada também as postagens de um bispo da IURD nas redes sociais sobre falsas curas da aids. O depoimento da psicóloga diz que o abandono do tratamento se deu a partir das visitas aos cultos. O desembargador Eugênio Facchini Neto avaliou que “apesar de inexistir prova explícita acerca da orientação recebida pelo autor no sentido de abandonar sua medicação e confiar apenas na intervenção divina, tenho que o contexto probatório nos autos é suficiente para convencer da absoluta verossimilhança da versão do autor”.
“A responsabilidade da Igreja Universal reside no fato de ter se aproveitado da extrema fragilidade e vulnerabilidade em que se encontrava o autor, para não só obter dele vantagens materiais, mas também abusar da confiança que ele, em tal estado, depositava nos ‘mensageiros’ da ré, disse Facchini. Ele também falou que, por causa da dimensão de “potência econômica” da Igreja Universal, o valor da indenização deverá ter caráter pedagógico. A igreja vai recorrer da decisão.
A IURD, bem como outras franquias, digo, igreja, tem cometido este tipo de crime, fomentando o abandono do tratamento com base em mistificações de exames de carga viral indetectável, falando que isso é resultado a intercessão divina e, quando os pacientes caem doentes, e muitos vão a óbito, eles dizem que a culpa é dos pacientes, que tiveram “pouca fé”.
A mim, editor do site, estes milagres já foram oferecidos e, felizmente, tenho sido refratário a este tipo de “cura” haja visto que estas curas acabam rapidamente, em cerca de seis meses ou um pouco mais, um pouco menos e eu considero os homens e mulheres (“pastores” e “bispas” (sic)) que não se detém nem mesmo diante de uma doença onde é sabido que o tratamento precisa ser mantido rigorosamente e, como disse um ativista da ONG Hipupiara, Beto Volpe, não é raro que estas “curas milagrosas” venham a acabar justamente no IML.
É preciso por um freio na boca destes pastores (sic), mercadores da fé, que representam claramente tudo o que Jesus, em sua época condenou, os vendilhões do tempo.
Penso que deve ser estabelecida uma lei que responsabilize e puna, não apenas civilmente mas, também, no âmbito da criminologia, pois charlatanismo é crime e deveria render penas mais pesadas, com alguns “aninhos” na cadeia. Tivéssemos alguns exemplos destes e estaríamos livres desta chaga viva em nosso pais, que são esta “Igrejas Neo Pentecostais” onde todos falam sim, mas em dinheiro fácil (para eles) mediante a exploração de crentes de boa fé que, inadvertidamente, dão tudo o que podem e, às vezes, o que não podem.
Importa notar que eles ainda tem a ousadia de alegarem que “vão recorrer da sentença” quando, na verdade, deveriam converterem-se em obedientes da Lei, sem buscar, na justiça dos Homens, aquilo que eles não encontrarão nem mesmo na Justiça Divina.
É como repúdio que publico está nota
Em Fevereiro de 2014 foi diagnosticado com HIV após ser internado com O PCP (pneumocystis pneumonia). Meu diagnóstico foi um choque completo para mim, e eu sabia que teria que tomar a medicação dali em diante. Fui enviada a uma clínica onde o médico receitou-me Isentress (o raltegravir) e Truvada (tenofovir/FTC) para tratar o HIV e Bactrim (co-trimoxazol) para evitar que o PCP voltasse. Quando eu comecei este esquema, eu fiquei pensando, “o que são estas drogas e o que vão fazer com o meu corpo?” e “Eu realmente não gostaria de tomar medicamentos com receita ploo resto da minha vida? “.
Para mim, a minha primeira tomada de comprimidos foi psicologicamente desafiadora. Eu não acreditava que esses comprimidos iam me salvar, mas, sim, que iriam prejudicar-me. Isto é principalmente devido ao fato de que eu sou um pouco contra tomar remédios quando possível. Eu sou uma pessoa que acredita no poder da natureza para nos curar, e que a comida é remédio. Além disso, eu estava lendo sobre como estes comprimidos podem causar danos a minha função hepática ou renal. Cada dia era uma batalha para eu engolir os comprimidos.
Como se pôde ver, o esquema Isentress/Truvada não funcionou para mim. O carga viral do HIV continuou a aumentar, e a minha contagem de CD4 continuou a diminuir para números perigosos. A minha médica não tinha executado testes de resistência em mim quando comecei a TARV e fiquei na expectativa de ver como meu corpo iria reagir. Além disso, eu havia retirado o Bactrim devido às coceiras que ele provocava, que eram tantas que chegou-se ao ponto de desenvolver, em minha pele, pequenas erupções por conta dos arranhões. A minha médica decidiu executar os testes e suspendeu os medicamentos. Esperei por mais de um mês pelos resultados e fiquei sem tratamento por um longo período de tempo.
Uma vez que o resultado veio, ela me disse que queria começar com o Edurant (rilpivirine), Retrovir (zidovudina, AZT), Norvir (ritonavir), Truvada ( Prezista darunavir) e Dapsone. Como poderia ela querer prescrever tantos drogas potentes para mim? Eu estava em estado de choque, e cheio de temores do que todos aqueles medicamentos poderia fazer com meu corpo. Eu literalmente pensei que iria destruir-me e ela desanimou-me de tomar quaisquer suplemento alimentar.
Nesse momento, procurei uma segunda opinião, como eu tinha perdido a maior parte da confiança em minha médica, e não me parecia que fosse necessário que eu tomasse tantos medicamentos. O novo médico me viu e fez seus próprios testes e concluiu que seria bom tomar Prezista, Norvir e Truvada para tratar o HIV, e a Dapsona para substituir o Bactrim. Revelou-se também que eu era resistente ao Edurant, e minha ex-médica tinha prescrito para mim. Escusado será dizer que fiquei encantado, pois eu não teria que tomar muitos comprimidos como o minha antiga médica tinha prescrito. Tenho estado sob esta medicação desde Agosto. Desde então, os comprimidos têm funcionado e minha carga viral tem diminuído rapidamente bem como a minha contagem de CD4, que aumentou bem. Infelizmente, tenho experimentado diarreias periódicas desde o início da TARV (Terapia Antirretroviral), mas o probiótico tem me ajudado a combater.
Além disso, os desafios psicológicos têm continuado para mim.
TENHO NOJO dos comprimidos que eu tomo todos os dias, e muito receio dos danos que eles podem estar fazendo para o meu corpo. Essa atitude pode parecer estranha, uma vez que a ideia é que, a longo prazo, os comprimidos ajudem a “domar” o vírus e permitir-me a viver uma vida mais longa e mais saudável, mas não posso controlar o medo que tenho deles.
Tenho tentado tudo o que eu posso para cuidar de meu corpo desde o início do meu esquema de Terapia Antirretroviral contra o HIV. Começando pelo que diz respeito a tomar vários suplementos incluindo N-acetilcisteína (NAC), a coenzima Q10 (CoQ10), elderberry, selênio, sementes pretas, e até 15.000 mg de vitamina C por dia.
Tenho feito tudo isso para ajudar a apoiar o meu corpo no processo de cicatrização, mas recentemente descobri que a minha carga viral não diminuiu no último mês, o que colocou a mim e à minha médica em alerta. Pergunto-me, agora, se eu posso ter feito algo que eu não deveria… e uma vez que eu já tenha tido um esquema de medicações que não funcionou, gostaria de sublinhar pergunto-me se o meu regime atual vai continuar a fazer o “truque”. Nota do Tradutor: Mantive a palavra _truque_ porque ela diz muito à respeito da psiquê do autor do texto e porque simpatizei com o enfoque)
Tudo o que posso fazer por agora é manter a esperança que meu esquema de TARV atual, não tenha parado de funcionar e que tudo vai dar certo, independentemente dos meus sentimentos pessoais sobre os comprimidos.
Eu estou realmente grato a todos os homens e mulheres que lutaram e morreram para garantir que as pessoas como eu tenham estes comprimidos para ajudar-nos a viver vidas saudáveis. Não se passa um dia em que eu não pense em todas as pessoas que sucumbiram à AIDS devido a não ter qualquer tipo de tratamento para isso. EU preciso parar de bater-me por ter de tomar essas pílulas e olhar para o bom do que elas fazem. Espero um dia ser feliz e saber quebasta tomar um comprimido por dia, ou de viver tempo suficiente para ver a real cura para este vírus.
Por Jason Q
De TheBody.com
2 De Dezembro de 2014
Traduzido por Cláudio Souza do Original em The Mental Challenge of Taking My First HIV Med em 30 de Agosto de 2015
Descobri que tinha HIV em 2013, com 24 anos e achei que meu mundo fosse acabar, eu tinha um relacionamento, planos de adoção com meu parceiro e tudo o mais, meu parceiro não havia sido contaminado e não aguentou a barra por muito tempo; tínhamos uma vida construída e que foi destruída apenas por minha irresponsabilidade.
Logo encontrei uma pessoa que me ajudou muito, mesmo sendo negativo ele foi capaz de me dar a segurança que eu precisava para iniciar o tratamento, no começo não consegui deixar ele me tocar com medo e por falta de informação, mas ele foi paciente e superamos junto a cada dia.
Quando descobri a doença minha carga viral estava bem alta, mesmo tendo descoberto logo no início, cerca de 4 meses após ter sido infectado, meu CD4 estava alto também (700) porém meu médico decidiu que deveríamos começar a medicação para evitar que o mesmo caísse. Eu tive muito medo porem tive apoio e comecei.
Li muito sobre histórias de pessoas que não se adaptaram e fiquei com medo de ocorrer o mesmo comigo, mas decidi confiar no meu médico.
Comecei o tratamento com Lamivudina, Efavirenz e Tenofovir, a única coisa que senti nos primeiros dias foi um pequeno enjoo porem nada que fosse arrebatador. Tomava tudo junto antes de dormir e logo após, cerca de uns 30 minutos sentia meu corpo mole e pedindo cama, e ia dormir como um anjo, o dia seguinte acordava um pouco enjoado mas era só tomar um café da manha
reforçado que melhorava. Estou com a medicação até hoje e raramente tenho algum efeito dela, acredito que tenha tido sorte, na minha última consulta meu médico informou que iria mudar para um novo tratamento que se constitui em apenas um único comprimido antes de dormir que engloba esses três medicamentos.
Fiz esse relato para as pessoas saberem que não é igual com todos e que o psicológico influencia muito acredito.
Eu nunca tive vômitos, desmaios ou alucinações, me adaptei muito bem e rápido a medicação. Pra mim o estigma ainda tem sido a pior parte, porem acho importante que saibam que nem tudo e tão terrível quanto lemos.
Meu maior medo é o futuro mas sei que poderia ser bem pior e o futuro não vai se concluir devido a essa doença, e sim devido as minhas atitudes e pensamentos.
Beto 👳
Enviado via iPhone
Nota do Editor de soropositivo.org: Você também pode dar seu depoimento via IPHONE ou qualquer outro dispositivo.
Você pode escolher aparecer com outro nome ou não.
Depois, nós publicaremos com carinho, mesmo que possa demorar um pouco.
Nosso maior desejo é demonstrar que há vida depois do HIV e que Há Vida com HIV
Um vídeo com o depoimentos de alguns jovens soropositivos.
A vida, como ela é. Jovens soropositivos em um vídeo de aproximadamente dez minutos falam sobre suas vidas e o novo enfoque que eles dera, às suas vidas.
O que me deixa intrigado, e preocupado, é a idade prematura em que contraíram HIV!
Alguns deles parecem ter contraído o HIV ainda na adolescência e isso é algo muito preocupante.
O vídeo é uma produção do CRTA de São Paulo e deve ter encontrado dificuldades em expor menores de idade, pois isso certamente me colocaria em dúvida, e com isso eu certamente não o publicaria, pois temeria uma ação repressora do Ministério Público ou mesmo do Juizado de Menores.
Isso deveria servir, este raciocínio, para levar um bom número de pessoas jovens que visitam este site (segundo um software que determina com relativa precisão os dados demográficos dos visitantes do portal Soropositivo.Org, cerca de 25% dos visitantes que vêm ate aqui tem uma idade média de 18 a 25 anos e estes seriam os jovens soropositivos que este vídeo poderia e poderá alcançar. As pessoas que visitam este site na faixa etária dos 15 anos ou menos é quase insignificante e eu chamaria a atenção daqueles que tem mais de 25 anos, que tem filhos menores, que se preparassem, o quanto antes, para educar seus filhos púberes ou pré-púberes com relaão ao HIV e à AIDS, não como uma coisa assassina que simplesmente pega e mata, mas como ela é, uma doença estigmatizante, que reduz as possibilidades de conseguir emprego, a vida profissional complicada e outras coisas que fazem a vida de nós, pessoas soropositivas, algo bm mais difícil do que simplesmente (…) pegar e falecer; como se isso fosse simples, mostrando que a vida com HIV pode se tornar um penoso processo de degeneração orgânica e um profundo abismo psicossocial que se cria entre o jovem que é soropositivo e o mundo (…) sorologicamente negativo ou sorointerrogativo