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Ninguém Com Carga Viral Indetectável Transmitiu o HIV Em Estudo!

Ninguém com carga viral indetectável transmitiu o HIV no Estudo Partner

HIV cells

 

O segundo maior estudo para observar se as pessoas com HIV se tornam não-infecciosas se eles estiverem sob terapia antiretroviral (ART) não encontrou casos onde alguém com uma carga viral abaixo de 200 cópias/ml do HIV transmitido por sexo anal ou vaginal.

Uma análise estatística mostrou ser mais provável a transmissão via sexo anal. E de alguém em tratamento bem-sucedido para HIV era de 1% ao ano. E de 4% para o sexo anal com ejaculação onde o parceiro HIV-negativo era passivo.

No entanto, a verdadeira probabilidade é provavelmente muito mais próxima de zero do que isso.

Quando perguntada o que o estudo nos dizia sobre a chance de alguém com uma carga viral indetectável.

A conferencista Alison Rodger disse: “Nossa melhor estimativa é que é zero.”

Entretanto, eu Cláudio, não me sentiria tranquilo assim! Eu precisaria, sempre e necessáriamente do preservativo.

Reconheço, inclusive, que para mim, já é um “pudor tardio”.

Os participantes Tinham Carga Viral Indetectável

Condom safe sex sign icon. Barrier contraceptive

O Estudo HPTN 052, Carga Viral Indetectável e Transmissão do HIV

Tendo em vista que o estudo anterior HPTN 052, estabeleceu, em 2011, que a eficácia da terapia antiretroviral em reduzir a transmissão do HIV do parceiro HIV-positivo para o HIV-negativo era de pelo menos 96% em casais heterossexuais, mas tinha muito poucos casais gays no estudo para, assim, estabelecer se o mesmo se aplicava a eles (ou em vez do sexo anal).

O estudo PARTNER foi criado para remediar esta lacuna no conhecimento. E, até agora, ele recrutou 1110 casais, onde os parceiros têm status sorodivergentes, e aproximadamente 40% deles são casais gays. E eu sugi você pode aproveitar e abrir em outra aba esta matéria: Quanto Tempo Até Começar a Passar HIV para Outras Pessoas?

Para participar deste estudo, os casais têm que estar fazendo sexo sem preservativo pelo menos parte do tempo.

O parceiro HIV-negativo não pode estar usando a profilaxia pré ou pós exposição (PEP ou PrEP).

Eo parceiro HIV-positivo tem que estar em Terapia Antirretroviral (TARV), com a carga viral mais recente abaixo de 200 cópias/ml.

Este estudo é diferente do HPTN052 que media a eficácia dos parceiros HIV-positivo iniciando a terapia (versus parceiros que não haviam iniciado).

No total, 767 casais participaram nesta análise interina de dois anos e houve um total de 894 acompanhamentos anticonceptivos.

Entre os casais heterossexuais, o status sorológico para HIV foi dividido em parte iguais.

E na metade dos casais o homem tinha o HIV e na outra metade, a mulher.

Casais Gays estavam Mantendo Sexo Sem Preservativo Com Carga Viral Indetectável

Alguns casais foram excluídos da análise. Na maioria dos casos, isto aconteceu porque eles não apareciam nas consultas de acompanhamento. Mas, em 16% dos casos, foi porque o parceiro HIV-positivo desenvolveu uma carga viral acima de 200 cópias/ml.

E em 3% dos casos porque o parceiro HIV-negativo tomou PEP ou PrEP.

Houve diferenças significantes entre os casais gays e os casais heterossexuais. Na linha de base, os casais gays estavam fazendo sexo sem preservativo por um período em média mais curto:

1,5 anos versus 2,5 para os homens heterossexuais e 3,5 para as mulheres.

Os Parceiros Hiv-negativo Heterossexuais Com Carga Viral Indetectável Relataram Ter Feito Sexo Vaginal Sem Preservativo, 72% Com Ejaculação

Durante o período de acompanhamento, todos os parceiros HIV-negativo heterossexuais relataram ter feito sexo vaginal sem preservativo.

  • 72% com ejaculação;
  • 70% dos parceiros gays HIV-negativo relataram sexo anal passivo,
  • 40% com ejaculação,
  • Enquanto 30% relataram apenas ser o parceiro ativo.

Uma proporção significante dos casais heterossexuais relatou ter feito sexo anal (será relatado depois).

Desta forma, o sexo sem preservativo fora do relacionamento foi muito mais comum entre homens gays!

Um terço dos parceiros HIV-negativo relataram isto, versus 3-4% dos heterossexuais.

Não há duvida de que por causa disto, infecções sexualmente transmissíveis (STIs) foram muito mais comuns nos casais gays.

E assim, surpreendentemente, um índice com 16% dos homens gays desenvolvendo uma STI (principalmente gonorréia ou sífilis) durante o acompanhamento.

Estes números versus 5% dos heterossexuais.

Os resultados das relações sexuais desprotegidas com Carga Viral Indetectável

 

A principal notícia é que no PARTNER até agora não houve transmissões em casais com um parceiro com uma carga viral indetectável, no que foi estimado como 16.400 ocasiões de sexo nos homens gays e 28.000 nos heterossexuais.

Embora alguns dos parceiros HIV-negativo tornaram-se HIV-positivo (o número exato será revelado em uma análise posterior), testes genéticos do HIV revelaram que em todos os casos o vírus veio de alguém que não o parceiro principal.

Alison Rodger disse à conferência que se os parceiros HIV-positivo não estivessem em tratamento neste grupo, 50-100 (média: 86) transmissões teriam sido esperadas nos casais gays, e 15 transmissões em casais heterossexuais.

Carga Viral Indetectável e Nenhuma transmissão não é o mesmo que zero chances de transmissão

Nenhuma transmissão não é o mesmo que zero chances de transmissão. Os pesquisadores calcularam os intervalos de confiança de 95% para os resultados observados.

O que isto significa é que eles calcularam as probabilidades de zero transmissões sendo o fato ‘verdadeiro’ e qual era o risco máximo de transmissão.

Dadso os resultados observados.

Eles estabeleceram que houvesse uma chance de 95% que (em um casal em que a atividade sexual é mediana para o grupo estudado) a maior possibilidade de risco de transmissão de um parceiro era 0,45% por ano e de sexo anal de 1% por ano.

Em uma conferência de imprensa, o Dr. Jens Lundgren, investigador principal do estudo PARTNER, ressaltou que isto significava que houve uma chance máxima de 5% que em um período de 10 anos.

Um em cada 10 parceiros em um casal gay que fazia sexo anal sem proteção poderia adquirir o HIV;

Igualmente, assim, era mais provável que sua chance de contrair o HIV de seus parceiros era bem próxima de zero, e de fato poderia ser zero.

Probabilidade Máxima De Chance De Transmissão De Alguém Em Terapia Supressora Do Hiv Em Seu Maior Grau Era De 2% ao Ano

Conforme o grupo o grupo estudado se torna menor, tão maior tornam-se os intervalos de confiança e a certeza de um resultado se torna ‘vago’.

Isto significa que a probabilidade máxima de chance de transmissão de alguém em terapia supressora do HIV em seu maior grau era de 2% ao ano para sexo anal com ejaculação.

2,5% para sexo anal passivo

E 4% para sexo anal passivo com ejaculação.

Este último dado implica mais que uma chance em três de infecção se o comportamento sexual permanecer inalterado por mais de dez anos, mas novamente, esta é um dos ‘piores’ cenários e a probabilidade é provavelmente menor.

Assim, nenhuma transmissão ocorreu apesar dos níveis relativamente altos de STIs, especialmente nos casais gays.

Quando a ‘Declaração Suiça’ (Swiss Statement, em inglês) foi liberada em 2008, ela declarava que pessoas com uma carga viral indetectável não transmitiam o HIV.

No entanto, fez uma exceção em pessoas com STI: o estudo PARTNER pode estar nos dizendo que as STIs (em parceiros positivos ou negativos) não aumentam a probabilidade da transmissão de HIV.

Isso se o parceiro positivo está em TARV e indetectável (embora, claro, ainda pode ser transmitido a eles).

Carga Viral Indetectável Tem Reduzido Os Riscos*

O PARTNER está recrutando casais de homens gays e, como notado acima, seu resultado completo não sairá antes de 2017. Até lá nós precisamos ser cuidadosos sobre o que ele provou, e, como Jen Lundgren ressaltou, nunca será possível mostrar com certeza matemática que o risco de transmissão de alguém em terapia HIV bem sucedida é absolutamente zero. Além disso, estes resultados excluem situações onde a TARV falhou no parceiro HIV positivo, embora houve poucos destes casos.

Gus Cairns

Tradução: Rodrigo Sgobbi Pellegrini

Uma Observação pessoal:CTRL+C CTRL+V 

Estes resultados excluem situações onde a TARV falhou!

* A simples possibilidade, com tudo isso que foi dito, escrito, publicado em toda a parte, mesmo agora, depois de anos, eu me sentiria impedido, tanto do ponto de vista ético como moral de me relacionar com alguém sem preservativo só porque estou indetectável há mais de dez anos, pois a “TARV poderia falhar”!

Eu ainda me recordo de como me senti com o resultado, o terror, o medo, o desconhecido. O “velho problema dos outros”. Se eu fechar a acústica de meu Espírito ao meu próprio passado, eu deixo de ser quem sou. É surreal!

Após a publicação deste texto há mais a ser visto neste link e eu aconselho a leitura

carga viral
Insisto: Observe bem esta matéria. Está praticamente concluído o raciocínio que diz que pessoas soropositivas em tratamento não são vetores de infecção. Disso pode se tirar muitas conclusões. E uma delas é que é ridículo e infundado o preconceito que faz com que pessoas portadoras do HIV (soropositivos) sejam discriminadas no mercado de trabalho. Outra coisa, é que se você ainda não fez o exame, deve fazê-lo o mais rapidamente possível.  Mas eu digo: Eu, indetectável há mais dez anos, não imporia este risco a ninguém

Referência:

Rodger A et al. HIV transmission risk through condomless sex IF HIV+ partner on supressive ART: PARTNER study. 21st Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections, Boston, abstract 153LB, 2014.

 


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