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Um homem que contraiu HIV talvez cinco dias antes de iniciar esquema de profilaxia pré-exposição (PrEP) e que, em seguida, recebeu tratamento com a terapia antirretroviral (TARV – estima-se que não mais de 12 dias após a infecção) ainda não apresentava nenhum sinal do vírus alguns meses mais tarde. O homem foi inscrito no projeto de demonstração da PrEP, num programa que visava proteger da infecção por HIV homens que fazem sexo com homens (indivíduos com alto risco de contágio). As informações deste estudo de caso foram apresentadas durante a Conferência sobre retrovírus e infecções oportunistas (DÉCIMA-PRIMEIRA) em Boston.
O homem testado por meio de um teste ELISA de 4.ª geração, mais os testes rápidos de anticorpos de amostras em 21 e 13 dias antes que ele começasse a tomar Truvada (tenofovir/emtricitabina) como PrEP. A amostra do dia em que começou a PrEP mostrou que sua carga viral foi de 220 exemplares por mililitro de sangue, enquanto os outros dois testes de HIV realizados na amostra foram negativos, indicando uma infecção muito precoce, de uma faixa de tempo estimada de cinco dias de idade.
Ele fez PrEP por sete dias. Tendo tomado apenas dois medicamentos antirretrovirais, como são incluídos na PrEP, em vez do padrão de três drogas como é o protocolo de tratamento se alguém for diagnosticado soropositivo para HIV. Entretanto ele não pode voltar a tempo de fazer uma genotipagem de seu RNA viral e, por isso, os pesquisadores não sabem se ele teve uma infecção aguda pelo HIV durante a sua primeira semana de PrEP ou não.
Uma vez que sua infecção por HIV foi descoberta, ele foi colocado em um tratamento do HIV convencional coquetel de Prezista (darunavir), Norvir (ritonavir) e Truvada.
Os níveis de RNA do HIV neste homem caíram da taxa inicial de 220 para uma leitura de 120 uma semana depois ele começou PrEP, e, em seguida, abaixo de 40 no 27º dia após a infecção. Desde então, os pesquisadores não foram capazes de detectar o HIV em seu corpo, mesmo usando testes altamente sensíveis.
Pesquisadores pretendem tentar retirar-lhe a TARV depois de um ano.
Os cientistas não são capazes de concluir, neste momento, como a PrEP pôde ter contribuído para a aparente dispersão do vírus no corpo do homem. Eles sugerem que os programas que prescrevem PrEP devam considerar os testes para HIV agudo tanto antes quanto durante o uso de PrEP e, em seguida, considerar a mudar imediatamente para um esquema completo TARV e observar .
Traduzido por Cláudio Souza do original em Man Who Began HIV Treatment 5 Days In Appears Virus-Free
Nota do animadíssimo Editor de Soropositivo.Org:
Este é um fato interessantíssimo e devia servir, para quem lê este artigo, para pensar se a relação de ontem à noite, em que eventualmente tenha-se faltado, não importando o porquê, o uso do preservativo, se não seria aconselhável imprimir esta página e leva-la até o CTA mais próximo e pedir a rápida apreciação de um “protocolo” como este.
Infelizmente eu ainda não consegui encontrar o texto que se refere à resposta após a retirada da TARV, mas, prometo, estou à procura e, quem sabe, aguardando ainda a resposta, uma vez que, admito, ela pode não ter ainda saído.
O protocolo, conforme eu o entendi, é relativamente simples:
Faz se um teste Elisa de 4ª Geração e inicia-se a PrEP
Faz-se uma contagem de carga viral
Espera-se 7 (em PrEP) dias e faz nova carga viral e, por fim
Inicia-se a TARV adequada (talvez devesse ser considerada a hipótese de uma genotipagem logo no início do protocolo -SIC- para evitar prováveis frustrações facilmente evitáveis).
Cláudio Souza
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