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Ser Soropositivo

O Diagnóstico do HIV é Coisa Simples

Basta algumas gotas de Sangue. Se fosse só este o problema

by Claudio Souza DJ, Bloqueiro

 

Muito simples a maneira como se descobre que é soropositivo. Ou, ao menos, parece…

Vejamos então

Como fica a sexualidade e o amor depois do diagnóstico

Krishen Samuel

  • O estigma do HIV pode afetar como você se sente em relação ao sexo.
  • Tanto os sentimentos positivos como os negativos em relação ao sexo são uma parte normal da adaptação ao HIV.
  • Sua condição sorológica não retira o seu direito à intimidade e ao prazer.
  • Desfrutar da vida sexual contribui para a sua qualidade de vida.

Seus sentimentos sobre sexo podem ser afetados por seus pensamentos sobre o vírus, como o seu diagnóstico afeta o modo com você se vê e como esses aspectos se unem para influenciar a sua vida sexual como pessoa soropositiva.

Embora as atitudes negativas em relação ao HIV tenham mudado ao longo do tempo, muitas delas permaneceram e contribuíram para a abundância de estigma vivenciado por pessoas que vivem com HIV. 

O estigma é constituído por atitudes negativas, medos e preconceitos sobre o HIV. Pode fazer com que as pessoas que vivem com o HIV sejam insultadas, rejeitadas e alvo de fofocas.

O Estigma É o de quem enxuga gelo

Em alguns casos, quando as pessoas que vivem com o HIV sofrem estigma, começam a ver-se de forma negativa e isso pode ter impacto nas suas vidas sexuais. Isto também é conhecido como estigma internalizado e autoestima – quando as pessoas que vivem com HIV começam a ter pensamentos e crenças de que são infecciosas, não desejáveis ​​e indignas de experimentar prazer e intimidade.

Embora muito das ideias negativas sobre as pessoas que vivem com HIV ainda não tenham sido acompanhadas por descobertas médicas importantes, tais como I=I, uma importante consequência da TARV que você conheça os fatos sobre como o HIV é transmitido (e como não é) para se sentir fortalecido em relação à sua vida sexual.

Reações iniciais ao seu diagnóstico

A vida sexual de diferentes pessoas é afetada de diferentes maneiras pelo seu diagnóstico de HIV. Uma forte reação inicial a um diagnóstico de HIV é muitas vezes a sensação de “sair” do sexo. 

Ser SoropositivoA maioria das pessoas infectadas contrai o HIV por via sexual e, portanto, o sexo pode estar associado a sentimentos negativos. Não querer transmitir o HIV a um parceiro sexual é também muitas vezes uma razão para evitar completamente o sexo. Estes sentimentos podem ser atenuados sabendo que após iniciar o tratamento e a sua carga viral permanecer indetectável durante seis meses ou mais, você não é capaz de transmitir o HIV.

Enquanto isso Em 1997

Que digo eu, Cláudio. Bem, em 1997 consegui um trabalho na Boate Scorpions, uma pocilga chique, mas uma vez pocilga, sempre pocilga. Não aguentei muito, por conta da forma como a gerente, que não era gente boa, tratava as mulheres. O problema ali eram os quartos, eles tinham quartos e isso configura exploração de lenocínio que é a promoção e facilitação da prostituição. 

Gravíssimo o que acontecia lá, eles ainda retinham 100% do pagamento para o sábado de manhã, ou nenhuma delas trabalharia o sábado… O “cachê” era pago no sábado, sempre após as quatro da manhã, literalmente pagando no domingo; para piorar eles retinham consigo, para sempre, 60% de tudo que elas faturaram.

Casamento e relações homoafetivos sim

O casamento homoafetivo vem para estabelecer por força de lei aquilo que sempre existiu, de fato. E me causa espécie que as pessoas, em geral, “pobres de direita”, que vivem a se incomodar com algo que em nada lhe diz respeito. Se ele usasse este tempo, desperdiçado em ódio, em algo construtivo, este mundo seria melhor até para ele. Né não!?

Tinha sido contratado há menos de três semanas e o gerente disse a mim, claramente:

— Se você se envolver, mesmo que só sexualmente com qualquer uma “das minhas mulheres”, te ponho na rua —– Leitora amada, eu jamais me envolvi, pois sabia que quando esta ameaça vem, ela se cumpre. Um pouco mais adiante expliquei para Maria (a gerente) que estava difícil ir trabalhar, pois pegar um ônibus as 17:30 rumo a Guarulhos era bem complicado, quase impossível descer no ponto certo e ela concordou que eu dormisse ali e me disse:

Ser Soropositivo tem destas coisas

-”Se eu pegar você com mulher aqui, mando embora os dois, na hora. Dito isso, ela disse que eu usasse o quarto número um, havia nove lá e eu estava quase dormindo quando a fechadura virou (estava em TARV) e uma moça, apelidada de Índia, entrou em meu quarto e eu disse:

— Pera aí, disse para ela, você não pode ficar aqui, se a Maria nos pegar é os dois para a rua! E ela emenda

— É nada, só quero você um pouquinho… com 31 anos era impossível controlar uma reação biológica e ela disse:

— Ta vedo, você está animado

— Animado está o car**** (literalmente) e eu não quero você aqui, saia, saia, saia…

Tudo isso a boca miúda enquanto eu pensava, se digo que tenho AIDS ela dá um pulo na cama e sai gritando para a roda dos ventos, mas disse assim:

— Você não sabe!!! Posso ter HIV — Como ela já havia o tocado com a boca, me disse, se tem, já peguei mesmo, então, dane-se.

Sendo Soropositivo passei catorze meses na seca

Senhores, senhoras, eu estava prestes a dizer-que sou portador quando, após 14 meses sem ser tocado por uma só mulher, eu ejaculei. Me senti como Thanos, depois que o Stark blipou a turma dele para fora da exisatência… Pensei, danou-se tudo, esta já pegou HIV e eu não tenho escolha. Contei para ela, que não quis acreditar, mas chamei a gerente e ela veio. A moça ficou fosforescente quando ouviu o que eu tinha a dizer. Resultado? O dela, foi não reagente. O meu, demitido…

Em contraste, o seu interesse por sexo pode tornar-se mais forte e intenso. Você pode descobrir que deseja explorar os desejos sexuais sem medo de contrair o HIV. Tudo o que você está sentindo faz parte do seu ajuste ao diagnóstico e não precisa ser motivo de preocupação. O choque sentido após o seu diagnóstico é temporário e a sua resposta à vida com o HIV mudará à medida que aprender a melhor forma de o gerir.

Ser Soropositivo Não Implica que você  não pode Sentir-se bem em praticar sexo

Para muitas pessoas que vivem com o HIV, tornarem-se indetectáveis ​​e saberem que não podem transmitir o HIV tem sido um ponto de virada na forma como encaram as suas vidas sexuais. Permitiu-lhes deixar de pensar no sexo em termos de infecção e risco e concentrar-se, em vez disso, nos aspectos prazerosos do sexo.

Agora temos inúmeras maneiras de prevenir a transmissão do HIV durante o sexo. Adotar um método de prevenção comprovado, seja utilizando preservativos de forma consistente e correta ou permanecendo indetectável, significa que você deve se sentir seguro em fazer sexo agradável e livre de preocupações. É importante saber que você pode desfrutar de uma vida sexual saudável e prazerosa sem transmitir o HIV aos seus parceiros sexuais e que pessoas que vivem com HIV podem ter filhos que não têm HIV.

Você pode ser soropositivo e ter qualidade de vida, o sonhado “bem-estar”!

Bom sexo, intimidade e prazer físico são aspectos integrantes do bem-estar. Isto não é diferente se você vive com HIV. As pessoas com HIV desejam as mesmas coisas que todas as outras pessoas – amor, afeto e o prazer e satisfação que se pode obter e dar ao ter relações sexuais.

A expressão sexual e o prazer fazem parte do que o torna humano. Fazer sexo e relacionamentos em sua vida provavelmente será tão importante para você como sempre foi, possivelmente até mais. Viver bem e manter-se saudável com o HIV significa cuidar de si – e isso significa também o seu eu emocional. Impedir-se de dar e receber prazer ou do contato humano não é bom para você. Você pode ficar isolado ou deprimido, o que também não é bom para sua saúde.

O sexo pode ser bom, aproxima-se de outras pessoas e satisfazer sexualmente um desejo poderoso. Isso é motivo suficiente para continuar a aproveitá-lo quantas vezes desejar. Mas também existem outros benefícios de saúde reconhecidos: o sexo pode ajudá-lo a relaxar e dormir, melhorar; o sexo pode ser um exercício ótimo; o sexo pode aliviar a dor, melhorar a circulação e diminuir os níveis de colesterol. Ter uma vida sexual saudável contribui para a sua saúde e bem-estar geral.

No final disso acabei me envolvendo com outra mulher. Esta segunda tinha algumas diferenças e não a deixei me tocar enquanto ela não soubesse a verdade, e ela me sacou o seguinte coelho da garrafa:

— Puxa vida, você poderia fazer o que quisesse de mim, e eu não ia negar. E você me contou isso. Agora que eu te amo mesmo.

Pensei comigo: “Amar é mostrar vivendo”…

Amar… Tanta gente conjuga este verbo na primeira pessoa do singular. Não sei de onde ela tirou esta ideia de que eu precisava dela, de fato eu o precisava, mas jamais pediria. Durante a semana ela conversou com a irmã e uma colega de trabalho. Resultado: Bem, ela terminou comigo sem direito a uma explicação que fosse… 

Ela TERMINOU COMIGO sem uma só razão palpável. Era o preconceito agindo mais uma vez.

Esta cantinela toda para mostrar para vocês um determinado cenário dos anos 90 e 80. Nos anos oitenta, os cronistas me contaram que a comida era deixada em uma bandeja, do lado e fora do quarto. Nem vou por esta linha.

Hoje em dia, já alguns anos, chegou-se a uma descoberta fantástica. A pessoa que porta HIV e mantém uma adesão ótima ao tratamento não transmite HIV a seu/sua/sxu, sxa Perfeito/parceira/parceirx.

Vejam bem, dada a minha história de vida e, em especial, tudo o que passei vivendo com HIV me tornei uma pessoa excessivamente meticulosa em minhas publicações e durante muito, muito tempo mesmo fui meticuloso com estas publicações. Acabei de rir sozinho aqui por me lembrar que a @fabianamesquisa me chamou de “tão meticuloso” quando faço som, ela não imagina o quanto sou meticuloso aqui neste blog.

Prosseguindo, de alguns anos para cá, mais ou menso 2014/2015 ficou evidente que o TasP “Tratamento como Proteção” funciona, que a PEP, com boa adesão não soroconbere (isso me foi informado pelo DiskAIDS que, curiosamente, parece esta fora do ar já há alguns dias. Não quero ser radical mas, já pendendo um pouco mais à esquera, não me lembro de nenhum outro período desde que o serviço começou a exister, que e

Traduzida por Cláudio souza do texto original no AIDSMAP


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Cláudio Souza, 60 anos, 30 deles com HIV

Não desista! Resista, persista e insista!

A Resiliência é fruto cotidiano da luta diária. No ponto em que você se rende, termina ali, também, a resiliência

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Não dá para parar! Desistência é sentar para esperar a morte, com a licença do poeta Raul Seixas, com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar".

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